Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
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Coluna JC Negócios

Esgoto mostra impacto da variante ômicron no Recife e em Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Fortaleza

Dados gerados a partir dos esgotos, porém tem o objetivo de servir como uma ferramenta auxiliar de vigilância epidemiológica da Covid-19.

Fernando Castilho
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Fernando Castilho
Publicado em 27/01/2022 às 18:01
TOM CABRAL/DIVULGAÇÃO BRK
Os dados da Rede COVID Esgotos, gerados a partir dos esgotos, porém tem o objetivo de servir como uma ferramenta auxiliar de vigilância epidemiológica da Covid-19. - FOTO: TOM CABRAL/DIVULGAÇÃO BRK
Leitura:

Um relatório da Rede Monitoramento COVID Esgotos que acompanha a carga do novo coronavírus em estações de tratamento de esgotos (ETEs) do Distrito Federal e e de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza e Recife revela que a presença de cópias do SARS-CoV-2 continua alta nos detritos descartados.

A Rede COVID Esgotos é coordenada pela ANA e INCT ETEs Sustentáveis com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

E embora o material genético (RNA) do vírus SARS-CoV-2 possa ser detectado em elevadas concentrações no esgoto, é importante advertir que não há evidências de que o vírus se encontre em sua forma ativa e infecciosa neste ambiente os números mostram onde o vírus vai bater.

Os dados da Rede COVID Esgotos, gerados a partir dos esgotos, porém tem o objetivo de servir como uma ferramenta auxiliar de vigilância epidemiológica da Covid-19, disponibilizando dados sobre as tendências espaciais e temporais de circulação do vírus no esgoto de determinada região

E devido ao aumento da carga do novo coronavírus (SARS-CoV-2) nos esgotos de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza e Recife na semana epidemiológica 3 de 2022, de 16 a 22 de janeiro, a Rede Monitoramento COVID Esgotos emitiu uma nota técnica mostrando que Fortaleza teve um índice muito alto no seu esgoto.

Fortaleza teve a maior carga viral em seus esgotos na semana epidemiológica 3 (16 a 22 de janeiro) desde o início do monitoramento na cidade em junho de 2021: 2,96 trilhões de cópias por dia para cada 10 mil habitantes.

DIBULGAÇÃO/COMPESA
Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Minerva está localizada no bairro de Dois Unidos - DIBULGAÇÃO/COMPESA

O Recife foi outra capital nordestina com a maior carga do novo coronavírus de seu histórico de monitoramento, iniciado em maio de 2021.

A cidade registrou 81 bilhões de cópias do vírus por dia para cada 10 mil habitantes na semana epidemiológica 3 deste ano. Tal carga é 18 vezes maior que a registrada na semana 1 de 2022: 4,4 bilhões de cópias.

A pesquisa reflete o altíssimo índice contaminação que as cidades estão tendo. Belo Horizonte a maior carga de SARS-CoV-2 no esgoto desde o início do monitoramento nesta cidade, igual a 622 bilhões de cópias por dia por 10 mil habitantes.

Este valor foi mais de quatro vezes superior ao registrado na primeira semana epidemiológica de 2022 (04/01/2021), igual a 143 bilhões de cópias por dia por 10 mil habitantes

O aumento nas cargas virais foi acompanhado pela elevação do número de casos de COVID-19 na maioria das regiões monitoradas nas cinco capitais.

A Covid-19 é transmitida principalmente por meio da exposição a secreções respiratórias contendo o vírus, como gotículas e aerossóis gerados quando, por exemplo, um indivíduo infectado fala, tosse ou espirra.

Outro modo possível de transmissão é pelo contato direto com uma pessoa infectada (durante, por exemplo, um aperto de mão seguido de toque nos olhos, nariz ou boca), ou pelo contato com objetos e superfícies contaminados.

BOBBY FABISAK/JC IMAGEM
ESTRUTURA Projeto do governo causou discussão acalorada entre base e oposição, mas foi aprovado com folga - BOBBY FABISAK/JC IMAGEM

 

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