Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

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Por Fernando Castilho
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Renda

A tabela do IR bate no piso do salário mínimo

O Governo precisa corrigir a tabela porque, se não o fizer, quem ganhar um salário mínimo e meio como está previsto no OGU 2023 vai ter desconto em folha

Fernando Castilho
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Publicado em 03/08/2022 às 0:10
THIAGO LUCAS/ ARTES JC
Imposto de Renda - FOTO: THIAGO LUCAS/ ARTES JC
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Aqui para nós e o povo da rua, mas essa conversa do presidente Jair Bolsonaro dizendo que já acertou com ministro Paulo Guedes a correção da Tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física é pura prosa. O Governo precisa corrigir a tabela porque, se não o fizer, quem ganhar um salário mínimo e meio como está previsto no OGU 2023 vai ter desconto em folha.

Ou seja, a defasagem ficou tão grande que bateu no piso da pirâmide salarial. Hoje, a legislação diz que a cobrança começa em R$ 1.904. Mas, com o novo mínimo proposto pelo Governo (R$ 1.294), quem ganha um e meio R$ 1.941 entrará na lista de pagadores.

O ruim dessa falta de correção é que, segundo Associação Nacional dos Auditores Fiscais (Unafisco), a defasagem chegou a 134,44% em janeiro, último é que ele gera uma quantidade absurda de processamento de pessoas com devolução.

Este ano, por exemplo, a Receita Federal processou 36,2 milhões de declarações, quando a expectativa era de 34,1 milhões. Esses mais de 2,1 milhões não aumentaram a renda, mas é decorrente da defasagem da tabela. Se não tiver correção em 2024, serão mais de 40 milhões.

Então tem que corrigir mesmo. Claro que Bolsonaro na vai zerar a defasagem que faria um trabalhador que ganha R$ 4.465,34 estar isento. No máximo ele deve ajustar para dois salários mínimos (R$ 2.588). O Brasil é um país tão competente em cobrar imposto do contribuinte pessoa física que isso ajuda ao próprio governo a se financiar, já que só devolve o cobrado a mais em até 18 meses depois.

Americanos e tilápia brasileira

O Brasil está colocando uma nova proteína na lista de suas exportações. A tilápia responde por 98% do faturamento e 99% da quantidade de peixe exportada pelo Brasil. No primeiro semestre de 2022, as exportações da piscicultura brasileira dobraram em valores financeiros e aumentaram 14% em toneladas. Comparado a bovinos, frango e suína, é nada. Mas foram U$ 14,35 milhões entre janeiro e junho especialmente para os Estados Unidos que compraram 63% da quantidade e pagaram 76% do faturamento. Exportar tilápia é um negócio bem interessante. Em média, o filé congelado U$ 5,46 por kg.

Quem investe hoje no Brasil

Os investimentos dos brasileiros cresceram 2,8% no primeiro semestre deste ano e chegaram a R$ 4,6 trilhões, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. Quem investe pouco (140 milhões de contas) tem R$ 1,6 trilhão. O chamado varejo de alta tenda tem R$ 1,3 trilhão. Por sua vez o private gente que tem ao menos R$ 3 milhões em aplicações financeiras tinham R$ 1,7 trilhão em junho deste ano.

Rio Ave há 54 anos no mercado

A Rio Ave comemorou, nesta segunda-feira, 54 anos no mercado. A empresa liderada por empresários de origem portuguesa especializou-se em empreendimentos de alto padrão está investindo em novas tecnologias e no conceito de sustentabilidade para suas construções. Seu próximo lançamento será um retrofit no edifício do antigo Recife Hotel, no bairro do Pina, pertencente ao empresário Samuel Oliveira.

Conceito da Iron House no Paiva

A Iron House, empresa de desenvolvimento imobiliário do Grupo Cornélio Brennand (GCB) inaugura a sua loja conceito, na Reserva do Paiva, bairro em que é responsável pelo desenvolvimento do condomínio de lotes Quintas da Praia.

Brasil: Produtividade em baixa

Estudo da CNI revela que a produtividade do trabalho na indústria de transformação brasileira caiu 1,5% no primeiro trimestre de 2022. É o sexto trimestre consecutivo de queda do indicador que atingiu o nível mais baixo da série desde o terceiro trimestre de 2012. Os impactos da guerra afetaram diversas cadeias produtivas como a de alimentos, eletrônica e automobilística.

Nota fiscal eletrônica de MEI

Agora e oficial. A partir do dia 1º de janeiro de 2023, os MEI poderão emitir Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) em todo o território nacional. Eles poderão emitir a nota pelo Portal do Simples Nacional, via computador ou app do celular. As NFS-e são obrigatórias quando da prestação de serviços para pessoas jurídicas.

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