Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
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COLUNA

JC NEGÓCIOS: TVs, ar-condicionado e geladeiras encalham. Falta dinheiro para comprar, e varejo amarga prejuízo

O setor de ar-condicionado registrou retração de 36% nas vendas entre janeiro e maio de 2022

Fernando Castilho
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Publicado em 13/08/2022 às 6:00 | Atualizado em 13/08/2022 às 10:14
DIVULGAÇÃO/PROCON RECIFE
Fiscalização de preços - FOTO: DIVULGAÇÃO/PROCON RECIFE
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Com a divulgação dos balanços das três grandes redes de varejo brasileiras relativas ao segundo trimestre de 2022, já se sabe que o impacto da indústria de eletroeletrônicos pegou em cheio quem vende ar-condicionado, refrigeradores, fogões e máquinas de lavar, televisores e portáteis, refletindo as dificuldades do consumidor em tempos de inflação e redução de renda.

Americanas, Magazine Luiza e Via (Casas Bahia e Ponto) tiveram juntas um resultado líquido negativo de R$ 1,62 bilhão. No Magazine Luiza foi R$ 494 milhões (crescimento negativo de 115%). Na Via R$ 574 milhões (135%) e na Americanas chegou a R$ 555 milhões (107%). E independentemente das explicações e promessas dos seus diretores, a verdade é que a própria indústria já havia avisado.

Na sua feira setorial em junho, a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) revelou uma retração de 24% nas vendas ao varejo nos primeiros cinco meses de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado. Foram comercializados 31,49 milhões de unidades de produtos neste ano, contra 38,99 milhões em 2021.

O setor de ar-condicionado registrou retração de 36% nas vendas entre janeiro e maio de 2022. Os refrigeradores, fogões e máquinas de lavar caíram 24%. O de televisores teve queda de 19% e o setor de portáteis, que abrange 29 categorias de produtos, registrou queda de 17%. A esperança do setor agora está nas datas importantes para o varejo como a Black Friday e o Natal que este ano tem Copa do Mundo. O varejo torce para que a entidade esteja certa.

Rio não paga, mas quer desconto

O Rio de Janeiro é um Estado bem particular. A Alerj acionou o STF para que o Estado seja compensado pelas perdas da redução das alíquotas do ICMS de combustíveis e energia. Argumenta que o STF prolatou decisões favoráveis a Alagoas, Maranhão, São Paulo e Piauí. Só que o Rio não está pagando nada de sua dívida, avaliada em R$ 134 bilhões, porque assinou novo acordo de Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Pediu R$ 6,2 bilhões em desconto.

Mulheres do design e do co-working

Liderado pelas empresárias Erika Serak e Mariana Moura, o Complexo Novo Mundo Empresarial, no Paiva, ganhou escritório de arquitetura e design além de co-working. O time é composto por 12 mulheres e foi inspirado no padrão americano: consultoria para repaginação para casa ou escritório.

Localiza compra quase 45 mil carros

Com a melhoria das entregas da indústria automobilística, a Localiza líder do mercado brasileiro, comprou 41.162 novos automóveis no segundo trimestre, aumentando sua frota em 22.300 unidades. Ela encerrou o segundo trimestre com 621 agências em cinco países da América do Sul, com lucro de R$ 456 milhões.

Quem aguenta pagar o Pronampe

A Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas teme pelo aumento da inadimplência do novo Pronampe. Em 2020, na pandemia, os juros ficaram em torno de 3,5% ao ano. Este ano, devido à Selic a 13,75%, esses mesmos juros agora estão chegando a 19,25% ao ano. Mas com essa taxa...

ICMS de álcool maior que gasolina

A divulgação da nova alíquota de ICMS para incidir sobre as vendas de Etanol assustou o setor sucroalcooleiro. É que a pauta está muito superior ao da gasolina. Ou seja, o setor vai iniciar a moagem nas próximas semanas sem ter quem compre etanol.

Experiência para gerir Cecon

Apesar da festa do Governo na B3, o fato é que uma micro empresa, com capital de apenas R$ 20 mil, em consórcio com duas construtoras com atuação centrada no setor de saneamento, vão administrar o Centro de Convenções de Pernambuco por um período de 35 anos após vencer concorrência de leilão promovido pelo Governo de Pernambuco, por meio da Empetur e da Secretaria de Turismo e Lazer. O arremate prevê um aporte de até R$ 570 milhões. O Consórcio CID é formado pelas empresas Dezembro Eventos Ltda., Conata Engenharia Ltda e Infracon Engenharia e Comercio Ltda. que nunca administrou nenhum equipamento do porte de nosso. Mas foi o único que se habilitou para o concurso.

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