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Por Fernando Castilho
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AUXÍLIO BRASIL: programa que virou guarda-chuva social de Bolsonaro para vencer eleições inclui até 13º em 2023

Nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu o pagamento do 13º para mulheres que recebem o Auxílio Brasil

Fernando Castilho
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Publicado em 04/10/2022 às 17:01 | Atualizado em 04/10/2022 às 21:40
MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL
REPASSES Caixa fará coletiva nesta terça-feira (4) sobre Auxílio Brasil; calendário também foi antecipado - FOTO: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL
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Desprezado até o final da pandemia do coronavírus, o Auxílio Brasil virou o principal instrumento do presidente Jair Bolsonaro para tentar se aproximar das famílias abaixo da linha de pobreza nas eleições de 2022, transformando-se num guarda-chuva social, que além dos R$ 600 pode incluir desde empréstimo para os inscritos e, até 2023, ser o veículo do pagamento de mais um mês com título de 13º.

Nesta terça-feira, o governo Jair Bolsonaro (PL) anunciou que vai “zerar” a fila do Auxílio Brasil, com a inclusão de cerca de 500 mil novas famílias no programa de transferência de renda de modo que, até o fim de outubro (dia 30, ocorre o segundo turno das eleições presidenciais), os novos inscritos já recebam o benefício.

Ao todo, 21,13 milhões de famílias (17,2 milhões encabeçados por mulheres) receberão o benefício de R$ 600 neste mês. Em setembro, foram 20,65 milhões de famílias contempladas pelo programa.

Nesta segunda-feira (3), o Governo já havia anunciado a antecipação do calendário de pagamentos do Auxílio Brasil do mês de outubro. Com a mudança, o auxílio começará a ser pago pela Caixa Econômica Federal no dia 11 e os depósitos terminarão no dia 25, de acordo com o número NIS dos cidadãos.

O calendário original previa pagamentos entre os dias 18 e 31 de outubro.

Mas o Governo quer mais. Também nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu o pagamento do 13º para mulheres que recebem o Auxílio Brasil em 2023.

O anúncio faz sentido. Por definição, as inscrições do novo Bolsa Família são feitas em nomes da mães, de modo que os pagamentos protejam o destino do dinheiro para os seus filhos.

Para que a inscrição seja feita em nome do homem é necessário que ele prove que tem a guarda dos filhos na hora da inscrição. Isso explica porque, dos 21,3 milhões de inscritos, 17,2 milhões estão em nome das mulheres.

Dentro desse cadastro existe outra classificação que inclui as chamadas mães solo que não têm nenhuma renda. Esse contingente foi o que, em 2020, acabou contemplado com duas parcelas do Auxílio Emergencial, recebendo R$ 1.200 nos primeiros cinco meses do programa.

Nesta terça-feira Bolsonaro disse que está acertado o 13º para as mulheres a partir do ano que vem, pois segundo ele não é possível para pagar ainda esse ano devido à lei eleitoral. "Mas a partir do ano que vem, 13º para o Auxílio Brasil será pago", disse o presidente sem explicar de onde virão os recursos.

Como o presidente disse que apenas as mulheres receberão, as despesas estimadas são de R$ 14,2 bilhões. De julho para agosto, mais de 2,2 milhões de famílias de todo o país foram incluídas no Auxílio Brasil, o que garantiu atendimento pleno de todas as famílias que apresentavam, no Cadastro Único, perfil para serem contempladas.

Levando em conta o histórico do programa, implementado em novembro de 2021, são mais de 7,1 milhões de famílias adicionadas ao longo dos últimos dez meses.

Na mesma frente de ações, a presidente da Caixa, Daniella Marques, exaltou a antecipação do pagamento do Auxílio Brasil este mês e a criação do crédito consignado com a garantia do benefício social como um apoio do governo para assistir pessoas em vulnerabilidade e "dar asas" para esse público "voar" na direção do empreendedorismo.

A presidente da Caixa prometeu que a taxa do consignado ficará um pouco abaixo do teto definido pelo governo, de 3,5% ao mês (51% ao ano), mais do que a taxa cobrada no consignado do INSS. “Estamos dando máxima prioridade ao consignado do Auxílio Brasil”, disse.

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