Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
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Coluna JC Negócios

Governo terá PPP de geração de energia solar em barragens para prédios públicos do Estado

A proposta prevê que a energia venha de placas fotovoltaicas implantadas sob a lâmina d’agua em nove barragens que pertencem ao Estado.

Fernando Castilho
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Fernando Castilho
Publicado em 05/10/2022 às 8:35 | Atualizado em 05/10/2022 às 8:36
Chesf
Planta de energia solar fotovoltaica em Sobradinho - FOTO: Chesf
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Amimado com sucesso do leilão da Parceria Público-Privada (PPP) para geração de energia solar que vai atender 52 prédios do Estado consumidores do Grupo A (alta tensão), o governo de Pernambuco começou nesta terça-feira o processo de concessão de geração de energia sustentável com audiência pública virtual transmitida pelo canal do Youtube (Seplag), onde foram apresentados os detalhes do projeto da Parceria Público-Privada (PPP) que vai atender os 3.666 prédios do Estado consumidores de baixa tensão, como escolas, unidades de saúde, de segurança e de outras áreas.

A proposta prevê que a energia venha de placas fotovoltaicas implantadas sob a lâmina d’agua em nove barragens que pertencem ao Estado: Jucazinho, em Surubim; Serro Azul, em Palmares; Serrinha, em Serra Talhada; Poço da Cruz, em Ibimirim; Entremontes, em Parnamirim; Chapéu 4, em Parnamirim; Lagoa do Barro, em Araripina; Inhumas, em Garanhuns, e a de Arcoverde, localizada no município de mesmo nome.

A empresa vencedora da licitação será responsável pela construção da usina e também cuidará da gestão e da operação de serviços de compensação de créditos de energia elétrica para a redução dos custos nos órgãos do poder público do Estado. O prazo da concessão administrativa será de 21 anos.

Os estudos de engenharia abordaram a solução de energia renovável solar flutuante, pois a energia solar apresenta os menores impactos ambientais entre todas as fontes energéticas disponíveis ao homem, sem emissão de poluentes na sua geração elétrica ou efeitos negativos significantes ao meio ambiente na construção de grandes usinas, sendo estes ainda nulos em pequenos e médios projetos de geração distribuída.

O sistema de energia solar flutuante projetado utilizará as superfícies dos lagos das barragens do Governo do Estado, não necessitando ocupação de grandes extensões de terras, que podem ser exploradas para outros tipos de atividade, reduzindo ou eliminando o custo de aquisição de terrenos. Este tipo de solução apresenta uma eficiência aproximadamente 15% maior em relação às usinas de terra firme.

O modelo de operação será o de geração distribuída e representará uma economia estimada de 30% para o poder público, cujo consumo médio mensal de energia é de 72.983 MWh. O valor da contraprestação mensal por parte do Estado previsto será de R$ 3 milhões, com valor estimado do contrato de R$ 460 milhões.

No processo de licitação, vence quem apresentar o menor valor de contraprestação mensal máxima. Um verificador independente apoiará o poder público na aferição de indicadores de desempenho da empresa contratada. O projeto abrange os reservatórios de Entremontes, Serrinha, Poço da Cruz, Chapéu,Jucazinho, SerroAzul, Lagoa do Barro, Inhumase Arcoverde, barragens de propriedade do Governo do Estado.

O Consórcio formado pelas empresas Engeconsult Consultores Técnicos Ltda, Sunlution Soluções em Geração De Energia Ltda. e Ma3 Gestão Empresarial Ltda. apresenta estudos técnicos as ilhas com as placas fotovoltaicas são instaladas totalmente dentro dos reservatórios, sendo necessário apenas a instalação nas proximidades da margem, um eletrocentro com dimensões aproximadas de 100m², além de uma rede de cabos elétricos para a conexão da ilha solar flutuante ao eletrocentro junto a uma rede básica de energia já existente da concessionaria local Neoenergia-Pernambuco.

Segundo o secretário executivo de Planejamento e Gestão, Marcelo Bruto.
“Pernambuco inovou no primeiro processo, já tendo sido bem-sucedido na licitação que vai atender 52 prédios que mais consomem energia no Estado. E espera uma economia maior no custo com energia elétrica e, consequentemente, a liberação de recursos para outras áreas.

A audiência pública segue até o dia 14 de outubro e podem ser enviadas para o e-mail dialogopublico.energia@seplag.pe.gov.br.

Qualquer pessoa pode ter acesso ao material, no site (www.parcerias.pe.gov.br), e fazer contribuições que serão avaliadas pelo poder público e poderão ser incluídas no projeto.

Participaram da audiência pública os secretários executivos Marcelo Bruto (Planejamento e Gestão) e Ronaldo Acioly (Administração), o diretor de Parcerias e Concessões Marcelo Sandes e os gerentes da Seplag Ricardo Sá e Canton Wú, e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Carlos Leite.

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