Confiante no desejo de uma grande parte da sociedade em ajudar seu futuro governo, o presidente eleito Lula da Silva decidiu testar os limites desse apoio "quase geral" com um discurso de confronto ao controle de gastos públicos. E não fez por um arroubo matinal. Falou de manhã, numa quinta-feira, quando o mercado está no auge dos pregões e prestando atenção. O resultado, como se viu, ficou claro que Lula superestimou seu prestígio.
Uma coisa é o debate no Congresso para tapar o buraco que o Governo Bolsonaro deixou no texto do Orçamento 2023, que a realidade impõe ser corrigido. Outra, muito diferente, é colocar o valor do Bolsa Família fora do teto de gastos daqui para frente e, mais ainda, quando pergunta: "Por que as pessoas falam que é preciso cortar gastos, fazer superávit e teto de gastos?"
Transcritas, o conjunto de frases (antes do choro emocionado com a questão da fome) não derrubou o Ibovespa - que não iria subir mesmo já que um pacote de empresas revelou resultados péssimos no terceiro trimestre. O impacto foi a mensagem de soberba.
Tudo bem que na campanha eleitoral Lula se envolveu com Bolsonaro em um frenético torneio de promessas econômicas irresponsáveis. Mas o PIX que os apoiadores estão dispostos a passar tem um teto, como o fixado pelo BC durante a noite.
Quando Lula diz que "regra de ouro é garantir que nenhuma criança vá dormir sem tomar um copo de leite" fala o certo na hora errada. Quando pergunta por que "toda hora as pessoas falam que é preciso cortar gasto, fazer superávit e manter o teto de gastos?" Sinaliza uma rebeldia cujo cacife, obtido nas urnas, não lhe permite falar tão alto. Portanto, existe um recado de "menos, Lula, menos" na queda da Bolsa e na subida do dólar.
É verdade que todos querem que a questão da PEC da Transição seja resolvida. Pouca gente acha que o OGU de 2023 não precisa contemplar a armadilha do ministro da Economia, Paulo Guedes, em não prever dinheiro de vários programas de transferência de renda. Mas isso é para o OGU 2023. Não dá a Lula o direito de afundar o "pé na jaca", porque dinheiro não dá em árvore. Muito menos dinheiro público.
O discurso passou uma mensagem de ressentimento e revanchismo. Então quando diz que "vamos mudar alguns conceitos, muitas coisas consideradas como gasto têm que passar a considerar em investimento", a leitura dos agentes econômicos é que ele vai seguir a cartilhas das nulidades do PT em governos anteriores. E fazer bobagens em nome de um política focada na população pobre.
O mercado cheira o amanhã. E "precifica", hoje, o prejuízo dos próximos meses. Lula poderia fazer tudo isso sem anunciar. Mas quando inaugura uma ideia ruim afasta quem estava querendo ajudar. E ele sabe que não dá para fazer um governo ouvindo os "gênios" do seu PT.
Dinheiro não aguenta desaforo de ninguém. Lula tem 50 dias para tomar posse. Mas se começar a gastar seu capital político com arrogância vai chegar a 1º de janeiro com meia pilha. Aí é ruim.
Felicidade nas empresas em debate
O Instituto Feliciência realiza, hoje, de forma inédita, o primeiro encontro entre especialistas da área no Brasil, com palestra de 8h30 às 13h, no site. O encontro será em formato de videoconferência e terá a participação de nomes como Sarah Metcalfe (ING), co-diretora da Woohoo - certificadora CHO Internacional. O CHO Summit Internacional tem como proposta apresentar programas de felicidade reais nas empresas debatendo seus desafios e conquistas.
Um espumante que só se vê em Japaratinga
A Amarante, administradora dos três maiores resorts de Alagoas (Salinas Maragogi, Salinas Maceió e Japaratinga Lounge Resort) fechou uma parceria com Vinícola Rio Sol, que está localizada no Vale do São Francisco, na cidade de Lagoa Grande, para oferecer exclusivamente para os hóspedes do Japaratinga Lounge Resort, o espumante "Japaratinga Moscatel Rosé by Rio Sol", desenvolvido como marca de referência no resort.
Roupa para festa de fim de ano
Liderada pela empresária Edryenne Freitas, a Bye Bye Vestidos investiu em trajes formais de aluguel e terá nova loja na Madalena, na Avenida Caxangá, 412. O acervo tem duas mil peças.
Orçamento de Caruaru crescerá 50% em 2023
O orçamento da Prefeitura de Caruaru será de R$ 1,64 bilhão 2023, com estimativa é de que a receita supere 2022, que foi de R$ 1,08 bilhão. Foi aprovado pela Câmara, mas podendo ser revisto anualmente, para ser adequado à realidade atual.
Bahia retoma seu Festival Virada Salvador
Considerado um dos maiores eventos gratuitos de réveillon no País, o Festival Virada Salvador, promovido pela Prefeitura de Salvador, será entre os dias 28 de dezembro e 1° de janeiro, na Arena Daniela Mercury, na Boca do Rio, orla da capital baiana. Com show de Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Xand Avião, Jorge e Mateus, Gusttavo Lima e Alok. Com previsão de 2 milhões de presentes.
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