
Certamente entusiasmado com os salamaleques que recebeu durante a COP27, o presidente eleito Lula da Silva entendeu de desafiar as leis do mercado detonando a PEC 95/2016, que instituiu o Teto de Gastos, no meio de uma crise fiscal construída pela então presidente Dilma Rousseff. Do ponto de vista controle de despesas do Estado, a lei é ruim porque não leva em consideração as especificidades de uma economia como a brasileira e como o próprio texto prevê deveria ser reavaliada em 2024. Pode se reclamar dela, mas é o que temos para hoje.
O presidente eleito, com certa razão, critica o formato e tenta no Congresso uma forma de contornar a lei no que todos concordam. E, certamente, está preocupado em falar para o grupo de eleitores que o elegeu. Mas o problema está na forma como ele aborda a questão. E como gasta capital político quando, na prática, o dinheiro que precisa já está assegurado com a aprovação da PEC da Transição.
Do ponto de vista financeiro, o quadro rela é o seguinte: O Auxílio Brasil custa R$ 105 bilhões. Para 2023, o governo Jair Bolsonaro reservou R$ 55 bilhões, o que quer dizer um buraco de R$ 50 bilhões. Cobrir o que falta já está acertado. Mas a equipe do presidente quer que, já em 2023, Lula cumpra a promessa de pagar no novo Bolsa Família mais R$ 150 por filho com até seis anos da inscrita. Isso altera a conta em mais R$ 70 bilhões. Portanto, as necessidades de financiamento da PEC são de R$ 175 bilhões.
Se o Congresso aprovar esse valor, o presidente já tem como cumprir sua promessa e ter a folga de R$ 105 bilhões que deveria estar no OGU. Ou seja, ao inaugurar seu terceiro Governo já terá assegurado recursos para pagar outras promessas.
Mas o presidente decidiu radicalizar no discurso contra o teto de gastos a ponto de assustar não apenas o mercado, mas os apoiadores. O que nos leva à seguinte questão: Lula quer mesmo enfrentar o mercado? Ou apenas está cuidando de seus apoiadores enquanto toma posse?
Sequestro da camisa da seleção derruba vendas
As indústrias de material esportivo já sabem que a Copa de 2022 será uma das menores em termos de vendas de camisas da seleção brasileira. Os motivos passam longe do campo de futebol e tem mais relação com o uso de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro da camisa da seleção. O fenômeno desencadeou a busca por modelos branco e azul, deixando as camisas amarelas nas prateleiras. Mas o estrago nas vendas já está feito. As partidas da seleção no Catar serão acompanhadas por camisas antigas. A esperança é que a seleção de TIte tenha um bom desempenho durante a competição, o que melhoraria as vendas. Mas as vendas antes do início do primeiro jogo não decolaram.
Sucesso das empreendedoras no campo
Um estudo do Ministério da Agricultura em conjunto com a Embrapa e IBGE revelou que as mulheres administram diretamente mais de 30 milhões de hectares (8,4% das áreas rurais do país). Outro levantamento, feito pelo Sebrae, mostra que ao menos 1 milhão de mulheres se declaram no comando de propriedades do agronegócio no Brasil.
Negócio próprio não garante maior receita
O Sebrae também fez, a partir da Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), um estudo mostrando que em 2021 a taxa de empreendedorismo entre mulheres foi de 24,6%. O problema, segundo do estudo, é que 65% dos empreendedores do sexo masculino ganham mais de três salários-mínimos com seus negócios enquanto apenas 46% das mulheres alcançam essa margem.
Reitores já se articulam na transição
O Grupo Técnico de Educação, do Gabinete de Transição do Governo Lula, reuniu-se com o grupo Reitores pela Democracia, grupo formado por mais de 100 ex-reitores de universidades federais. Querem propor formulações para solucionar orçamentos de 2023.
Mercados en Línea será BTG Pactual no Chile
O BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina, lançou, no Chile, sua primeira plataforma de investimentos fora do Brasil através da Mercados en Línea, um reconhecido monitor no mercado local oferecendo acesso a diversos produtos de investimento, como ações, dólar e fundos.
Governo contrata a PPP na energia solar
O governador Paulo Câmara assinou o contrato para Parceria Público-Privada (PPP) de geração de energia com a Enerfín do Brasil, filial brasileira do grupo espanhol Elecnor, vencedora do leilão do projeto de PPP para edifícios do Estado e que investirá R$ 380 milhões em Pernambuco para a implantação de uma usina no município de Salgueiro, Sertão Central, com previsão de ficar pronta em até 36 meses. A concessão administrativa será por 28 anos. Mas além de além de gerir unidades consumidoras do Estado de Pernambuco poderá atuar no Ambiente de Contratação Livre (ACL).
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