Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
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Coluna JC Negócios

Número 2 de Haddad viu banco que dirigiu dar lucro depois de sua saída.

Gabriel Galípolo é formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e é pesquisador sênior do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri)

Fernando Castilho
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Fernando Castilho
Publicado em 13/12/2022 às 17:00 | Atualizado em 13/12/2022 às 18:34
Ana Paula Paiva/Valor
Economista Gabriel Galípolo - FOTO: Ana Paula Paiva/Valor
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No mercado financeiro, ganha prestigio quem entrega. Um executivo muda de patamar e passa a interessar à concorrência quando a instituição que dirige dá lucro e, conseqüentemente, o bônus de desempenho é pago. No novo governo do presidente essa performance não conta muito, e o jovem economista Gabriel Galípolo (39), acabou de ser indicado para secretário-executivo do Ministério da Fazenda.

Ele deve coordenar um time de secretários onde já estiveram nomes como Bernard Appiy, Joaquim Levy, Arno Agostin, Jorge Rachid, sem falar em Henrique Meirelles, no Banco Central. 

Gabriel Galípolo era presidente do Banco Fator, instituição financeira controlada pelo empresário Walter Appel, e deixou o cargo após dois anos de prejuízo. Ele dirigiu o banco entre 2017 a 2020. João Antonio Lopes Filho, que assumiu a presidência do Fator no lugar fez o banco voltar ao azul, com a instituição tendo lucro de R$ 5 milhões, em 2021, impulsionado pela venda da sua corretora para o BTG.

Lopes Filho agora cuida da uma reestruturação, enquanto na área de banco de investimentos o plano é reforçar as operações nos mercados de capitais. Na gestora há projetos para criar novas unidades. Galípolo ficou fora do mercado até começar a fazer parte do grupo de economistas que se engajaram na campanha de Lula.

Insucessos na carreira de executivos de finanças são comuns. Algumas empresas até valorizam isso como uma experiência de crise. Certamente, esse deve ser o conceito que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deseja quando o escolheu para ser o seu número 2. E sempre é bom lembrar o sucesso de Gustavo Montezano, no BNDES, que quando foi indicado muita gente o chamou de fedelho.

E, normalmente, quando alguém é indicado para uma cargo tão estratégico, o que conta são as boas informações. É da prática das instituições apresentarem o currículo do escolhido recheando as boas performances. E não fica bem lembrar fatos ruins.

O que está sendo destacado é que formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e pesquisador sênior do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) desde janeiro de 2022, ele já foi professor de graduação na Faculdade de Economia da PUC-SP de 2006 a 2012.

E antes de trabalhar no Banco Fator teve uma consultoria responsável por estudos de viabilidade econômico-financeira de projetos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs).

Mas isso é passado. Galípolo foi convidado por Haddad, no final de semana, até apresentou resistências em aceitar o cargo. Na verdade ele sonhava mesmo era presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas deverá ficar com o coordenador do programa de governo, o economista Aloizio Mercadante.

A questão que se coloca é quem alem de Galípolo, Haddad vai levar. A própria indicação do secretário executivo pode ser vista como um sinal positivo ou negativo. Bolsa, por exemplo, não se entusiasmou muito apesar de ter fechado no positivo. Todo jovem executivo deseja ter uma experiencia numa secretaria do setor publico. Mais ainda no ministério da Fazenda. Daí a expectativa de quem virá além de Galípolo.

O que vai ser determinante é como será formado o grupo do pessoal que vai tocar o barco. Vamos ver quem vai para a secretaria adjunta, Secretaria de Política Econômica, Secretaria do Tesouro, secretária de Assuntos Internacionais, Assessoria de Assuntos Estratégicos e para a Receita Federal.

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