Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

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Por Fernando Castilho
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Na Assembleia, Raquel promete devolver protagonismo que Pernambuco perdeu nos últimos anos

Governadora disse que nos últimos 16 anos Pernambuco conheceu ciclos diferentes em sua trajetória, indo do entusiasmo ao mais profundo desalento.

Fernando Castilho
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Fernando Castilho
Publicado em 01/01/2023 às 19:00 | Atualizado em 01/01/2023 às 19:42
Breno Laprovitera/Alepe
Raquel Lyra foi empossada governadora de Pernambuco neste domingo (1º), na Alepe - FOTO: Breno Laprovitera/Alepe

No discurso de sua posse na Assembléia Legislativa, a nova governadora de Pernambuco, Raquel Lyra resumiu numa frase o sentimento que levou a milhões (2.757.782 de votos) de eleitores a escolhê-la para comandar o Estado: “Pernambuco deixou de ser uma postura para virar uma lembrança”.

Deixamos mesmo. Como lembrou a governadora, nos últimos 16 anos Pernambuco conheceu ciclos diferentes em sua trajetória, indo do entusiasmo ao mais profundo desalento.

E nessa trajetória ao mesmo tempo em que viu grandes conquistas se perdendo viu o aumento da miséria, da violência e... a perda do protagonismo que virou uma marca.

No Nordeste, Pernmabuco certamente foi o Estado onde as conquistas mais se perderam diante do quadro social agudo. Ou como ela pontuou: quase metade da população do estado está vivendo na pobreza.

De fato, saímos da liderança dos índices de crescimento para lideramos o ranking de miséria. E esse pacote de desigualdade está em todos os cantos do Estado.

Raquel usou no discurso aos deputados a frase “Do lado de fora desta Assembleia, pernambucanos seguem sem acesso a água potável. E que violência e a criminalidade fazem novas vítimas nas esquinas das nossas casas todos os dias.”

A análise faz sentido porque na vizinhança da sede do Poder Legislativo como do Poder Executivo, tem gente sem teto e crianças passando fome e sujeitas ao ataque da violência.

O que não quer dizer os deputados tenham feito muita coisa com o Governo do Estado para construir soluções que pudessem ir além da simples retirada das cercanias dos dois palácios.

Raquel Lyra disse que “Precisamos olhar para frente”. E lembrou a reconhecida característica de sonhar grande. Ou, como disse “Ser pernambucano é sonhar grande.” Para prometer trazer de volta o orgulho de ser Pernambucana e de ser Pernambucano.

O desafio de Raquel Lyra no Governo do Estado é saber quais escolhas vai precisar fazer primeiro.

Claro que a questão da desigualdade será seu maior desafio. Mas também precisará priorizar a saúde, a distribuição de água, a mobilidade urbana, a segurança e a habitação aplicando os recursos com eficiência.

E voltou a abordar uma questão que esteve presente na sua campanha eleitoral que é a necessiade de um Governo que chegue mais rápido na vida das pessoas e não se perca em si mesmo.

Esse parece ter sido uma marca do Governo Paulo Câmara. Aplicou mais do que a Lei de Respomnsablidade Fiscal manda, mas isso não aconteceu na ponta.

É o conjunto grande de hospital publico que falta remédio e tem corredor cheio. Assim como a Educação que tem a maior plataforma de escolas de ensino integral, mas que sem receber os alunos da rede muncipal melhor preparadas foi perdendo eficiência e visibilidade nacional.

Razão pela qual avisou que vai fazer uma Reforma Administrativa para reorganizar a máquina do estado para que ela se torne mais eficiente.

Ela disse aos deputados ter consciência de que não pode errar e nem perder tempo com erros que já vimos os outros cometendo. E por isso pediu um voto de confiança aos deputados, prefeitos e todos aqueles que sabem da importância de fazer com que Pernambuco viva um novo tempo.

Como era dia de festa, os deputados certamente gostaram do discurso da nova governadora. Mas a partir de fevereiro - quando esse pedido de votos de confiança será testado - é que saberemos se eles se sensibilizaram.

O carinho de ontem não serve como referência e Raquel Lyra (pela forma com compôs seu secretariado) sabe que a fatura vem a seguir.

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