O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), revelou nesta quarta-feira, 11, a jornalistas dois nomes escolhidos para compor o segundo escalão de sua pasta: de Fabrizio Pierdomênico, que cuidará da secretaria de Portos, e de Roberto Gusmão, para ser o secretário-executivo do ministério.
Pierdomênico já atuou na autoridade portuária de Santos como diretor nos primeiros mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também nos governos petistas foi Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Portuário.
Roberto Gusmão, engenheiro, foi secretário de infraestrutura do Recife durante as gestões do PSB em Pernambuco. Em fevereiro de 2021, ele assumiu o cargo de presidente do Complexo de Suape (PE).
O trabalho de Roberto Gusmão foi marcado pela renegociação para a retomada das obras de dragagem do Porto, possibilitando a atracação de embarcações de grande porte, como navios petroleiros, e tornando o local ainda mais atrativo para o mercado internacional.
A obra de dragagem foi interrompida em maio de 2013, quando o então governador Eduardo Campos não chegou a um acordo com o governo federal da época. Apesar da paralisação do contrato, a dragagem já estava com 85% das obras realizadas.
Gusmão atuou para que o passivo de R$ 782 milhões fosse reduzido para R$ 480 milhões, sendo R$ 140 milhões para finalização da obra e R$ 340 milhões para quitação da dívida com os Países Baixos (Holanda).
Ele também esteve à frente da negociação que levou a instalação dos terminais de containers da dinamarquesa Maersk e de minério da Bemisa, sendo uma alternativa à Transnordestina, além da retomada da autonomia de Suape.
O projeto visa a instalação de um Terminal de Uso Privado (TUP) da APM Terminals, subsidiária do Grupo A. P. Moller-Maersk, de origem dinamarquesa. Com o início das obras até o final do próximo ano e operação prevista para começar em 2026, o novo terminal de contêineres representa um investimento de R$ 2,6 bilhões, gerando cerca de 350 postos de empregos diretos.
Roberto Gusmão ficou à frente do porto pernambucano um ano e sete meses, o gestor agradeceu aos colaboradores pela dedicação e atribuiu o sucesso da empresa, nos últimos dois anos, ao empenho de todos os envolvidos na administração e operação do porto, numa época de restrições sanitárias impostas pela pandemia de covid-19.
Ele deixou a presidência de Suape e tencionava voltar à iniciativa privada. Com anos de dedicação ao serviço público, ele ressalta a importância de Suape para o Estado de Pernambuco, para o Nordeste e para o Brasil, e acabou sendo requisitado por Márcio França.
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