Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
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Coluna JC Negócios

Apesar da promessa de Lula, Receita Federal vai continuar a usar IR do assalariado para financiar Governo

A questão é o governo tem caixa para abrir mão da arrecadação de R$ 10 bilhões por mês garantidos pelo desconto no contracheque do assalariado?

Fernando Castilho
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Fernando Castilho
Publicado em 19/01/2023 às 0:05
Reprodução / Twitter
O presidente Lula e a jornalista Natuza Nery - FOTO: Reprodução / Twitter

Apesar do desejo do presidente Lula que mais uma vez voltou a falar em corrigir a tabela do Imposto de Renda para um mínimo de R$ 5 mil é importante verificar os numero da Receita Federal para entender a resistência dos diversos governo e atualizar a tabela e corrigi-la pelo índice oficial da inflação.

A questão é bem simples. Com a tabela sem nenhum reajuste desde 2015, chegando defasagem histórica de 148,10%, o que acontece é que o trabalhador assalariado é quem está ajudando o governo a pagar suas contas. E segundo dados da própria Receita, entre 2019 e 2022, apenas imposto retido na fonte da pessoa física passou de R$ 116,89 bilhões para R$ 158,33 bilhões numa brutal transferência de renda do contribuinte para o Fisco.

No fundo a questão se resume a uma questão central. Quem vai bancar a redução do fluxo de caixa da Receita Federal durante o exercício? Ano passado contando a arrecadação de janeiro a novembro - para uma arrecadação do trabalho assalariado de R$ 158,33 bilhões os chamados Rendimentos de Capital pagaram apenas R$ 76,09 bilhões.

Na verdade, ninguém contesta os números do Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco-Nacional), fez uma estimativa de que a tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física, que não sofreu reajuste desde 2015, chegou à maior defasagem de sua série histórica: 148,10%. Mas a questão é o governo tem caixa para abrir mão da arrecadação de R$ 10 bilhões por mês garantidos pelo desconto no contracheque do assalariado? Hoje não tem.

Então é muito bom saber que, como disse mais uma vez ontem, na sua entrevista à jornalista Natuza Nery, da Globo News, o presidente Lula afirme que vai buscar isentar quem ganha ate R$ 5 mil. O problema é quando La Davos, Fernando Haddad diz que isso será feito depois da aprovação da Reforma Tributária. Ou seja, vai ficar para 2024.

Porco Masterboi

O frigorífico Masterboi iniciou, ontem, o abate regular de suínos na sua planta de Canhotinho, no Agreste de Pernambuco. A unidade foi certificada para o abate de bovinos, caprinos e ovinos desde a inauguração, mas só agora agregou o novo produto. A Masterboi já está com abate regular de gado bovino procedente dos demais estados do Nordeste. O fluxo aumentou depois que as secretaria de vários estados reduziram a alíquota de ICMS na comercialização dos animais vivos que caiu de R$ 300 para em media R$ 10 de modo a estimular a pecuária de corte destinada ao abate industrial. Hoje a planta de Canhotinho já recebeu animais vindos do Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas Piauí e Maranhão.

Boi Gordo

A picanha pode ainda não ter chegado à mesa dos brasileiros, mas no campo a arrouba do boi gordo já caiu quase 17% em 12 meses. A arrouba (12 quilos) era cotada em fevereiro de 202 a R$ 344,71 e caiu para 286,28 em 12 meses. É um movimento de acomodação que os produtores de carne começaram a sentir. Primeiro, porque o rebanho brasileiro abrigou mais animais depois porque o consumo caiu muito no segundo semestre de 2022. E é importante dizer que mesmo que Brasil exporte até 25% de proteínas animal o mercado interno é quem dá as cartas já que consome 75% de toda a carcaça abatida.

Agro FTI 30 anos

Liderada pelo criador Marcelo Tavares de Melo, a Agro FTI, que este ano está celebrando 30 anos, está comemorando um pacote de realizações e conquistas no mercado de desenvolvimento e melhoramento genético cujo desempenho em 2022 a levou a grandes conquistas garantidas sempre pela qualidade e genética de procedência. A Agro FTI participou de oito exposições das raças Sindi e Nelore, reconhecidas no Brasil, onde conquistou mais de 95 premiações ficando em 4 delas como o melhor criador e em 5 como o melhor expositor. Esse desempenho foi reconhecido pela qualidade e genética do seu rebanho. Em 2022 a empresa comercializou mais de 215 animais que prova o seu emprenho, dedicação e compromisso ao Agro brasileiro.

Milho e ovo

De janeiro a outubro de 2022, as exportações de ovos cresceram 52,3% (US$ 19,65 milhões) contra US$ 12,90 milhões de 2021. Mas apesar da escassez de ovos nos Estados Unidos e na Europa devido à gripe aviária o Brasil os Emirados Árabes são o principal destino com 48% da produção nacional sendo enviada para o país. O setor se queixa do preço do milho que está travando o crescimento do setor que poderia não apenas ampliar a produção como as exportações.

Pátio Americano

Projeto desenvolvido pelas consultorias LMS/TGI Gestão de Empreendimentos com a MG Consultoria para a GD Empreendimentos liderada pelo empresário Rodrigo Diniz o projeto do Pátio Americano previa um investimento de R$ 60 milhões numa mall de 75 lojas, quatro cinemas e um parque gastronômico e um empresarial com 12 laminas de locação no terreno onde funcionou o Colégio Americano Batista. Mas as negociações não evoluíram mesmo depois que Conselho de Desenvolvimento Urbano. Sem acordo, os funcionários foram à Justiça do Trabalho que marcou um leilão para quitação dos débitos da instituição.

FEEF de Raquel

Por 37 votos a sete, a Assembléia Legislativa aprovou ontem o projeto de Lei Ordinária 3842/23, apresentado pela governadora Raquel Lyra (PSDB), que renovou o Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal (FEEF) com validade até 2024. O projeto tem um potencial de arrecadação de R$ 1,2 bilhão, em dois anos, se mantida a tendência que vem acontecendo nos últimos anos. A não renovação do FEEF foi uma demanda especifica da Fiepe que disse isso a candidata. Ontem, após a aprovação o secretário Guilherme Cavalcanti distribuiu uma nota afirmando que “apesar do retorno das atividades produtivas, o empobrecimento da população persiste” e que o “enfrentamento desse cenário, em 2023, exige investimentos em políticas públicas voltadas ao combate da miséria e da fome e à criação de novas oportunidades de renda.” Mas as entidades fizeram questão de dizer que não gostaram.

 

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