
Apesar das declarações de Lula da Silva e Alberto Fernández a viagem de Lula não foi para acertar a criação de uma moeda única como o ministro da Economia, Sergio Massa está dizendo. Lula foi a Buenos Aires dar uma força ao amigo que está complicado para conseguir pagar em dólar as exportações que o país faz.
Para se ter uma idéia da crise. Todas as reservas que a Argentina somam US$ 7 bilhões e o fluxo de exportações do Brasil para a Argentina é de US$ 13 bilhões, sendo o terceiro maior comprador de produtos brasileiros. Não paga as operações. Então, o Brasil vai ajudar garantindo que os exportadores brasileiros recebam dos importadores argentinos. Mas com a garantia de que a Argentina entregue ao Brasil os recebíveis decorrentes dessas operações desde que estejam depositadas nos Estados Unidos ou Londres.
O problema da Argentina não é ter o que exportar. O problema é o governo argentinio na ter dólares para trocar o valor desses contratos. Então o governo brasileiro está usando Fundo Garantidor das Exportações que já existe como seguro para quem não paga. Isso no Brasil é impensável porque o País tem US$ 376 bilhões em reservas. Mas com a Argentina é complicado.
A proposta é simples: Garantido, pelo FGE, o banco que financiar essas operações passa a correr o risco soberano do Brasil, do Tesouro Nacional. Como o governo brasileiro não vai correr o risco do importador argentino, o Brasil vai exigir garantias reais (colaterais) do governo da Argentina ou seja, os contratos de commodities como trigo e outros grãos, por exemplo.
No fundo, o Governo brasileiro se garante para que a Argentina não tenha acesso aos reais para vender depois a moeda brasileira no mercado secundário e comprar dólares. Os reais obtidos pelo importador argentino com essas operações serão destinados diretamente para o exportador brasileiro. Não é o melhor caminho, mas é uma forma de manter o comercio entre os dois países.
As operações de importação e exportação são feitas pelo Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML), esse mecanismo de pagamento internacional é administrado pelo BC em parceria com os bancos centrais da Argentina, Uruguai e Paraguai. O problema é que a Argentina tem baixa liquidez em reais, o mecanismo se tornou ineficiente para operações de importação com o Brasil. A proposta de usar o FGE é uma maneira de contornar essa situação.
Aproveitando-se dessa situação, a China transformou-se em um parceiro econômico indispensável da Argentina nos últimos anos, enquanto governos e empresas dos EUA e da União Europeia têm adotado cautela em relação ao país sul-americano.
O gigante asiático agora é o segundo maior comprador das exportações da Argentina e também seu segundo fornecedor de importações, embora a relação comercial resulte muito deficitária para Buenos Aires e esteja concentrada principalmente em uma troca de soja por bens industriais.
Crédito podre
Objeto de analises do governo Lula, o negócio de carteiras de carteiras inadimplentes é um negócio que interessa até o banco. O Itaú, que comprou a Recovery, pioneira na cessão de carteiras de crédito no Brasil, revela que o mercado desses ativos podres encerrou 2022 com R$ 62 bilhões e cresceu 40% sobre 2021. O pacote de ativo ruim é dominando por bancos e administradoras de cartão de crédito. Mas em 2022, o varejo representava 12,95% em 2021 passou a ter de 19,44%. O problema é que 2022, o número de empresas com dívidas sob gestão da Recovery passou de 818 mil CNPJs para 1.9 milhão.
Fraude no nome
Estudo da Serasa Experian revela que os consumidores brasileiros sofreram 283.051 tentativas de fraude de identidade em novembro de 2022, o que representa 1.315 tentativas por milhão de habitantes. No ranking estadual, o Distrito Federal apareceu em primeiro lugar, com 2.175 tentativas. Mas São Paulo, que foi o Estado com o maior número de tentativas em novembro 87.117.
Sem opinião
O governo do Estado não sabe o que fazer com a questão do terreno do Espaço Ciência. Ontem, o Estado mandou dois procuradores para a reunião com as entidades, mas eles não apresentaram nenhuma solução. Passou a impressão aos demais participantes de que as equipes ainda não estudaram o assunto.
CNI com Josué
A CNI deu apoio irrestrito e incondicional ao empresário Josué Gomes da Silva na presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) através do presidente, Robson Braga de Andrade, que defendeu o processo democrático de direito e os processos legais de escolhas de presidentes e líderes e reiterou a confiança no atual dirigente para conduzir o desafio da reindustrialização do país junto ao Sistema Indústria.
Povo Mongubá
Idealizado pela Aeris Energy líder na fabricação de pás eólicas na América Latina e uma das maiores produtoras no mercado mundial - o projeto Ventos Solidários chega dia 28 ao povo indígena Mongubá, de Caucaia, no Ceará com serviços como vacinas, exames médicos, corte de cabelo, orientação profissional, entre outros às 100 famílias da comunidade local.
Energia Solar
A Neoenergia Pernambuco fechou 2022 com parcerias. Instalou usinas solares no Hospital de Câncer de Pernambuco e na AACD possibilitando uma redução na conta de energia de cerca 30% no valor das suas faturas.
Sem IPVA
O estado de São Paulo quer mudar o tratamento tributário do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) dando isenção do imposto de pessoa com transtorno do espectro do autismo em grau leve, moderado ou severo, ou com deficiência física, sensorial, intelectual ou mental. Mas o valor do carro não poderá passar em 2023 de R$ 214.330,56.
Troco Solidário
A rede Havan destinou o primeiro quadrimestre de 2023 do projeto Troco Solidário para ajudar instituições voltadas para a causa da mulher num total de 170 entidades beneficiadas em todo o Brasil. Criado em 2010 ele já beneficiou mais de duas mil entidades reconhecidas pela empresa.
Hidrogênio verde
A Unigel uma das maiores empresas químicas da América Latina e maior fabricante de fertilizantes nitrogenados do país anunciou novos investimentos relacionados a este que é o primeiro projeto em escala industrial do país, com projeções que chegam a US$ 1,5 bilhão (R$ 7,8 bilhões, na cotação atual). Entre eles os projetos-piloto de produção de hidrogênio verde nos estados do Ceará e do Rio de Janeiro, todos em caráter experimental.
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