Ainda sem um pacote de investimentos de grande com o que poderá marcar seu governo, a governadora Raquel Lyra optou por no primeiro encontro com o presidente Lula levar três reivindicações que fazem parte de todas as listas de obras que ela defendeu na campanha eleitoral e que precisam, mais de ações de continuidade do que anunciar iniciativas que sequer foram desenhadas internamente por sua equipe.

Assim como Geraldo Júlio não deixou projeto de impacto para João Campos a quem ajudou eleger, Paulo Câmara - que foi adversário de Raquel Lyra – não deixou nada de importante que ele pudesse defender já na partida da gestão. Se ela pensa em algo nesse nível, terá que começar do zero. Importa pouco que possa tomar emprestado até R$ 3,45 bilhões como lhe autoriza o Capag B. Hoje não tem projeto pronto para isso.

Certamente foi por isso que a governadora listou o término das obras da Transposição do São Francisco, como a Adutora do Agreste, que levará água para 68 municípios de Pernambuco que pode ser feita ainda este ano se Lula ajudar; o destravamento de verbas para habitação de interesse social que pode contratar se tiver verba federal para juntar com a estadual e questão do Metrô do Recife, um problema que ela já percebeu que a despeito de ser um equipamento gerido pelo governo federal impacta diretamente na questão do transporte da Região Metropolitana.

Lula disse na reunião que gostaria de ouvir três demandas de cada governador e depois mais outras que pudessem gerar financiamento de porte no BNDES. Passou a impressão de que substituir as empreiteiras dos seus dois governos anteriores com aquela idéia velha de “campões nacionais” por alguma coisa como "governadores em ação". Naturalmente sem as travessuras dos empreiteiros na gestão dos recursos, para ficarmos no uso de uma plavra moderada.

Mas no caso de Pernambuco o problema não é só dinheiro. O desafio da governadora é com questões básicas como a violência - que exige um novo plano de ataque da SDS. A questão da saúde que igualmente exige uma nova abordagem com busca de resultados imediatos. Assim como a questão da habitação que é diretamente associada às duas anteriores mais a questão da fome de metade da população. Ou seja: antes de pensar coisas estruturadoras, a governadora terá que responder a dia-a-dia da gestão e de modo que a população perceba seu governo de alguma forma.

Claro que o clima com o governo Lula ajuda. É bem mais fácil conversar porque há uma atitude de ajudar e encontrar soluções. Mas isso também quer dizer ser eficiente na hora de apresentar e cuidar do projeto. E de qaulquer forma ela tem 47 meses para fazer isso.

Origem do medo

Uma pesquisa da KPMG com CEOs de bancos (141 líderes bancários globais) e instituições financeiras de todo o mundo explica por que as BIG Techs e por conseqüência as empresas do setor de TI estão cortando pessoal, as vezes apenas para se proteger. Mais de 85% dos lideres acreditam que haverá uma recessão este ano. Pouco mais da metade (59%) espera um breve e leve retrocesso. E a maioria (70%) afirma que uma crise como essa acabaria com o crescimento previsto nos próximos três anos. Como as empresas de TI são fortemente dependentes de crédito, a proteção foi inevitável

Sucesso na TI

Um estudo publicado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom) aponta demanda de 797 mil profissionais de tecnologia até 2025. Entre as carreiras que terão mais procurar estão das de Especialista em Segurança da Informação; Gestor de TI; Especialista em Cibersegurança; Desenvolvedor de softwares e gestor de Data Protection Officer (DPO).

Água demais

Esqueça as bandeiras da Aneel. O Boletim do ONS sobre a energia armazenada revela que ate o final de fevereiro apontam que os níveis médios dos reservatórios ficarão acima de 70% em todo o Brasil com a Energia Natural Afluente (ENA) estimada em 100% ; o Sudeste/Centro-Oeste 109%; o Norte 129% e o Sul 142%. Esses números são referentes a 161 hidrelétricas em 22 bacias hidrográficas.

PE Industrial

Produzido em 2013, ainda no Governo Eduardo Campos, e reformulado durante o ano de 2022, o documento Política Industrial de Estado foi entregue à governadora Raquel Lyra. Elaborada Ceplan Consultoria a pedido da Fiepe o texto reúne sugestões de melhorias para o ambiente de negócios e estímulo à competitividade de um dos segmentos que mais emprega no estado.

Cepe Doc

A Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) vai armazenar, catalogar e digitalizar processos de aposentadoria, fichas funcionais e financeiras, anotações patrimoniais, entre outros registros da Prefeitura do Recife. A prefeitura vai pagar R$ 5,1 milhões para manter na CEP a guarda, inventário e digitalização de 8,5 milhões de documentos até dezembro. Acondicionado em 70 mil caixas, num galpão da prefeitura, o material está sendo transportado para a Cepe Doc, unidade da empresa no Cabo de Santo Agostinho.