Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

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Por Fernando Castilho
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Recife entra na rota da Globe 40 com chegada da equipe anglo-americana Ahmas à nova Marina Recife

Craig Horshield e James Oxenham concluíram brilhantemente uma etapa particularmente difícil que colocou as equipes do Globe 40 à prova.

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Publicado em 29/01/2023 às 9:40 | Atualizado em 29/01/2023 às 19:25
Jean-Marie Liot/Globe40
A equipe anglo-americana Ahmas (Class40 n° 127) cruzou a linha de chegada na capital pernambucana, Recife, às 23h48 do último sábado (28). - FOTO: Jean-Marie Liot/Globe40

Ao som de muito frevo, a equipe anglo-americana Ahmas (Class40 n° 127) cruzou a linha de chegada na capital pernambucana, Recife, às 23h48 do último sábado (28/01) na sexta etapa da Globe 40 — La Grande Route. Após 20 dias e 10 horas de travessia com 3.803 milhas percorridas (7.417 km), Craig Horshield e James Oxenham concluíram brilhantemente uma etapa particularmente difícil que colocou as equipes do Globe 40 à prova.

A Globe 40, que reúne barcos da Classe 40, é uma travessia com 30 mil milhas náuticas, com duração de nove meses e 140 dias. A partida foi realizada no dia 26 de junho de 2022, de Tânger, no Marrocos.

O fim da regata, em Lorient (França), será em março de 2023. Vale destacar que, no percurso, aconteceram paradas em Cabo Verde (África), Ilhas Maurício (Oceano Índico), Auckland (Nova Zelândia), Papeete (Polinésia Francesa), Ushuaia (Patagônia), Recife (Brasil) e Granada (Caribe).

A chegada da equipe anglo-americana Ahmas ao Recife, marcou a inauguração da novíssima Recife Marina, uma ancoradouro com 250 vagas no centro do Recife. A recepção foi marcada por muita festa, em clima de Carnaval, aos agitos da Companhia de Danças Frevança, há 15 anos fazendo história.

Nesta quarta-feira (1) haverá um jantar de comemoração (velejadores, organizadores, patrocinadores e autoridades) no restaurante Chicama (Cabanga Iate Clube de Pernambuco) e na quinta-feira (2) haverá a premiação Etapa Globe 40 - Ushuaia (Patagônia) - Recife (Brasil) no mesmo local. Na sexta-feira) estará aberta a visitação dos barcos aberta ao público na Recife Marina (Bairro de São José) das 9h às 13h.

Jean-Marie Liot/Globe40
A equipe anglo-americana Ahmas (Class40 n° 127) cruzou a linha de chegada na capital pernambucana, Recife, às 23h48 do último sábado - Jean-Marie Liot/Globe40

Desde a largada de Ushuaia, no dia 8 de janeiro, as equipes se depararam com uma situação particularmente inusitada na Patagônia, ou seja, vários dias de calmaria, enquanto na véspera da largada quase 50 nós sopravam na área.

Após a partida em meio a um tempo agitado, rapidamente o veleiro Milai, com Masa Suzuki (Japão) e Estelle Greck (França), se separou graças a uma opção muito bem-sucedida para o leste e tinha uma vantagem de 100 milhas.

Um avanço que infelizmente foi brutalmente interrompido na manhã do dia 12 de janeiro por um choque violento com um Objeto Flutuante Não Identificado (OFNI).

Com o barco seriamente danificado, mas sem feridos a bordo e sem situação de perigo, a tripulação franco-japonesa chegou ao porto argentino de Mar Del Plata no dia 16 de janeiro. Até o momento, o Milai realizou os trabalhos de reparo no estaleiro local e afirmou seu desejo de retomar as corridas o mais rápido possível.

Para as restantes tripulações, iniciou-se uma segunda fase numa zona meteorológica particularmente instável com sucessão de zonas de calmaria, depressões, rajadas, frotas pesqueiras com até 100 unidades num raio de 30 milhas constituindo um obstáculo formidável para não falar da devastação de recursos marinhos. Um episódio difícil para os competidores que seguiram até a latitude do Rio de Janeiro com mudanças brutais na classificação.

O veleiro Sec Hayai, que também havia conseguido uma vantagem de cem milhas sobre seus adversários, perdeu essa liderança em dois dias para uma opção a oeste que paga muito menos do que aquelas que permaneceram no mar, como Amhas e Gryphon Solo 2, que tiveram um grande raça.

Finalmente, não foi até que eles estivessem a apenas 500 milhas de Recife que eles atingiram o tão esperado vento alísio do sudeste da África do Sul, que impulsionou as equipes em um curso constante em direção à linha de chegada na capital pernambucana.

Jean-Marie Liot/Globe40
A equipe anglo-americana Ahmas (Class40 n° 127) com Craig Horshield e James Oxenham cruzou a linha de chegada na capital pernambucana, Recife, às 23h48 do último sábado - Jean-Marie Liot/Globe40

 

RUMO A GRANADA 

Gryphon Solo 2 e Sec Hayai são esperados para este domingo (29/01), enquanto o competidor canadense no Whiskey Jack deve chegar a Recife na terça-feira (31/01). Esta curta escala terminará no domingo, 5 de fevereiro, com o início da 7ª etapa em direção à ilha de Granada, nas Índias Ocidentais, duas mil milhas em 8 a 10 dias. A última etapa de um retorno transatlântico a Lorient será dada em 24 de fevereiro de Granada.

Uma conclusão final para a epopeia da primeira edição do Globe 40. E um primeiro vencedor que provavelmente só será conhecido no final da 8ª e última etapa ao final do duelo que se anuncia entre os americanos da Amhas e os holandeses da Sec Hayai muito provavelmente separados apenas por dois pontos para o final da o estágio atual e enquanto ainda restam três coeficientes a serem distribuídos - Recife, Granada e Lorient. Uma viagem fantástica de volta do mundo, o Globe 40 mostra que é também uma competição que nos mantém de pé desde o passado mês de junho.

PREVISÃO DE CHEGADA

1º - Amhas (Craig Horsfield (EUA) e James Oxenham (ING)) - 28/01 - 23h48

2º - Gryphon Solo II (Joe Harris (EUA) e Roger Junet (ITA))

3º - Sec Hayai (Frans Budel (HOL) e Ysbrand Endt (HOL))

4º - Whiskey Jack (Mélodie Schaffer (CAN) e Tom Pierce (EUA))

REGATA INAUGURA MARINA

Capital do estado de Pernambuco, a grande metrópole do Nordeste, a "Veneza do Brasil" construída sobre ilhas, Recife oferece às tripulações do Globe 40 um destino particularmente atraente com seu clima equatorial, suas extensas praias como Boa Viagem e seu papel de pólo cultural capital do Brasil; perto da cidade Olinda, classificada como Património Mundial da Unesco, com a sua bela arquitetura portuguesa do século XVI e também conhecida pelo seu Carnaval, como o do Recife, que atrai vários milhões de pessoas.

Com o apoio da Federação Pernambucana de Vela (FPVela), do Cabanga Iate Clube de Pernambuco e da parceira QAIR, esta etapa contou com a novíssima Recife Marina, inaugurada no último sábado (28/01) com a chegada do Amhas, com os seus 250 lugares e o seu hotel, oferecendo uma excelente ferramenta para a realização de grandes eventos  náuticos.

Com Informações de Maurício Júnior, Marcos Leandro e Daniel Lima da Assessoria de Imprensa da Federação Pernambucana de Vela (FPVela), apoio do Cabanga Iate Clube de Pernambuco.

 

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