Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

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Por Fernando Castilho
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Tendência de vida saudável faz mundo comer menos carne de boi, mas Brasil exporta mais para novos mercados

Ano passado, o consumo de carne bovina nos Estados Unidos teve uma queda de 5%, no Reino Unido de 5,8% e a Argentina 2%.

Fernando Castilho
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Publicado em 01/02/2023 às 0:05
FERNANDO CASTILHO
PRATO Em 2022 o consumo anual de carne bovina caiu para 24,8 kg por brasileiro; menor nível desde 2006 (42,8 kg) - FOTO: FERNANDO CASTILHO

Para quem se assustou com a queda do consumo de carne bovina do Brasil, hoje um dos líderes mundiais na produção de proteínas animal, uma informação do USDA, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos é surpreendente. Ano passado, o consumo de carne bovina nos Estados Unidos teve uma queda de 5%, no Reino Unido de 5,8% e na Argentina 2%.

Ao contrário do Brasil, onde a desaceleração acumulou queda de 26,8% em cinco anos, essencialmente, pelo aumento dos preços no mercado interno devido às exportações, as justificativas para a redução do consumo são muitas. Elas passam pela busca por uma alimentação mais saudável (público mais jovens), a fuga dos altos preços que a carne bovina atingiu durante a pandemia de Covid-19 e até uma substituição das proteínas bovina pelo frango e pelo de suíno.

A perseguição de novos mercados no comércio internacional de carne bovina não vem de agora. É um trabalho de longo prazo e ainda está em plena transformação, em um cenário que começou a se desenhar em 2022 e deve se acentuar ao longo deste ano.

Países conhecidos pelo alto consumo de proteina bovina estão reduzindo o alimento nas suas novas dietas enquanto outras nações que tinham uma dieta baseada em outros tipos de proteína, como a China, têm expandido sua participação neste mercado, ampliando seus volumes de importação.

Recentemente os países árabes e de religião mulçumana estão olhando para a carne bovina desde que sejam entregues dentro dos padrões de abate Halal e, em alguns casos, como a Arábia Saudita, ampliando suas importações de animais vivos.

O Brasil é considerado hoje um dos grandes produtores de carne bovina do mundo, responsável por 24% de todo o volume exportado globalmente. Mas ainda assim, três de cada quatro quilos de carne bovina disponível no Brasil fica no país. E esse volume não é maior porque conforme dados do Ipea o custo da carne bovina para o consumidor subiu mais do que o dobro da inflação no período.

De março de 2020 até abril do ano passado, a alta da carne bovina chegou a 42,6%, frente a 19,4% da inflação geral. E ainda que os preços estejam caindo o consumo na está aumentando. Na verdade, em 2022 tivemos o índice mais baixo dos últimos 26 anos. Em 12 meses, o preço da arrouba (15 quilos) caiu de R$ 344,71 para R$ 285,97.

O resultado disso foi que a desaceleração do mercado interno e a redução do apetite dos tradicionais países consumidores, o Brasil foi atrás e ampliou sua presença na Ásia em 2022, se consolidou a China como principal destino da carne bovina brasileira e agora quer chegar em praças como os Estados Unidos e, especialmente, na Rússia um tradicional cliente de carne suína.

O consultor Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza avalia que o Brasil tem uma demanda reprimida que pode fortalecer nossa pecuária, mesmo com a diminuição da demanda no mercado interno, na Europa e América do Norte e lembra que o comércio exterior é movido pela lei da oferta e da demanda. Ganha quem chega primeiro quem se mantém na prateleira e tem preços e qualidade. E buscar permanentemente novos mercados.

Concessão pequena

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) levou para o ministro dos Transportes, Renan Filho, uma proposta abertura de processo de concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) de baixo investimento, obras paralisadas e antecipação de reajuste de contratos. A CBIC entende que os trechos grandes licitados não estão despertando atratividade das empresas e vêm apresentando dificuldade de financiamento e operação e que lotes menores podem aumentam a competitividade.

Novos baianos

De acordo com o Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian, durante o mês de outubro, a Bahia foi o estado da região Nordeste com o maior número de novos negócios (14.245). Em todo o Brasil, 293.371 empresas foram criadas, sendo 7 em cada 10 (219.154) registradas como Microempreendedores Individuais (MEIs).

Mercado livre é isso

O consumo de energia elétrica no Brasil aumentou 1,5% em 2022 na comparação com 2021 e alcançou 67.275 megawatts médios. Foi o segundo ano consecutivo de alta, sinal da retomada de setores da economia que, no começo da década, atravessaram os desafios impostos pela pandemia de COVID-19. Mas o que chama a atenção é o crescimento do mercado livre, no qual as grandes indústrias e redes de comércio e serviços podem escolher o seu fornecedor de energia compraram 7,2% mais energia que em 2021, um total de 24.496 MW médios.

Consultor financeiro

O negócio de orientar a quem tem dinheiro a investir de forma profissional está cada vez mais sofisticado. Segundo dados da Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), no ano passado, o número de profissionais com a certificação CFP (Certified Financial Planner) para atuar como planejador financeiro no Brasil chegou a 8.630 com um avanço de 16,8% em relação a 2021 que foi de 7.384.

Frevo Mídia OOH

Líder no setor de Mídia OOH, a empresa pernambucana Bandeirantes começou sua promoção de Carnaval oferecendo os melhores pontos para do mercado para os chamados Projetos Especiais e no circuito de TopLeds, TopBus e TopLight. Midia OOH é a plataforma que usa monitores digitais para exibição dos anúncios em grande formatos.

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