Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
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Coluna JC Negócios

Chuvas da Região Metropolitana do Recife só mostram ao Governo urgência de política urbana de longo prazo

Os efeito das chuvas desta segunda-feira escancara a dificuldade de alocação de recursos em tempo até mesmo para ajudar a quem foi vítima da última tragédia

Fernando Castilho
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Fernando Castilho
Publicado em 07/02/2023 às 0:05
Círio Gomes/JC Imagem
Deslizamento de barreira em Águas Compridas, Olinda - FOTO: Círio Gomes/JC Imagem

Todas as vezes que a Região Metropolitana do Recife sofre uma chuva de alta intensidade existem duas consequências. Um trágica, invariavelmente, com mortes como aconteceu, nesta segunda-feira, onde uma pessoa morreu e cinco foram salvas dos escombros. A segunda é uma tentativa de explicação das autoridades como a da Prefeitura do Recife que elas equivalem a mais de 131% do total previsto para o mês.

É verdade. Mas depois tragédias como a do ano passado com 128 mortes, a última coisa que moradores das cidade e a RMR desejam saber é um explicação que só atesta a falta de uma política de atenção com a situação dos morros.

E enquanto as famílias das vítimas planteiam e enterram seus entes queridos, sempre surge um debate sobre a atuação de prefeituras e do próprio governo do Estado no campo da prevenção. Uma consulta aos arquivos dos jornais e sites de informação invariavelmente encontra rigorosamente as mesma tentativas de justificar o descaso.

O que mais uma vez se apresenta no início do Governo Raquel Lyra é o desafio de resolver ou, ao menos, encaminhar como ação permanente políticas de proteção dessas áreas. Isso exige determinação de deslocamento de recursos expressivos. E, naturalmente, vigilância Até porque todos os anos as chuvas caem com mais intensidade em determinados meses, o que pelo histórico obriga a sistemas de atenção.

Desta vez perdemos uma vida. E a julgar pela situação das habitações poderia ser mais. A única verdade dessa nova tragedia é a constatação que a do ano passado com 128 mortes não gerou uma política de ação. Nem mesmo nas áreas que foram atingidas.

Isso revela inação do Governo do Estado e das prefeituras. E escancara a dificuldade de alocação de recursos em tempo até mesmo para ajudar a quem foi vítima da última tragédia.

Cuidar de proteção de morros e encostas como no Recife, Olinda, Jaboatão  e nos municípios da RMR exige dinheiro, desenvolvimento de tecnologias próprias para o problema e forte ação colaborativa da comunidade que precisa se sentir abrigada.

Mas as chuvas dessa segunda feira coloca uma questão central: Depois do sepultamento das vítimas, os governos estão se comprometendo a gastar quanto? A única coisa que não é mais aceitável para essas famílias é a distribuição de notas e agora vídeos das autoridades falando das ações emergências e justificando a tragédia culpando a natureza.

Ninguém, constrói no morro para apreciar a paisagem. Constrói com recursos próprios e, não raro, investe até mesmo na infraestrutura de saneamento e de proteção de encosta. Somados representa muto dinheiro.

Portanto, o mínimo que prefeituras e o Governo do Estado podem fazer é potencializar a iniciativa social e o investimento dessas populações. E, se possível, sem as conhecidas declarações que estão fazendo o que é possível para reduzir os estragos. Porque simplesmente não estão.

Correio e Uber

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho disse que se a Uber deixar o Brasil devido a proposta de regulamentação do serviço por aplicativos, o governo federal pode chamar os Correios para substituíi-la. Ironia do destino. Os Correios, origem do escândalo do Mensalão, viraram referência e de produtividade no Governo de Jair Bolsonaro com lucro reposição integral da inflação nos salários, nas funções e nos benefícios do funcionários com lucros em 2021 e 2022.

Ceará Eólico

A planta da Vestas, líder mundial em projeto, fabricação, venda, instalação e manutenção de turbinas eólicas, em Fortaleza (CE), entregou 1.189 naceles - peça fundamental para o funcionamento dos aerogeradores -, dos modelos V150, com 4,2 MW e 4,5 MW de capacidade.

Mubalala no Brasil

O gigante Mubadala Investment Company, através da subsidiária de gestão de ativos Mubadala Capital, comprou mais uma empresa no Brasil. Dessa vez foi a Américas Trading Group (¨ATG¨), empresa brasileira de tecnologia detentora de uma das plataformas mais relevantes de negociação eletrônica no mercado brasileiro. A ATG atende às principais corretoras de valores, gestores de recursos e investidores profissionais do Brasil com mando de R$ 880 milhões.

O 5G da TCL

A multinacional chinesa de eletrônicos, TCL fechou parceria com a Nagem para a venda de aparelhos telefônicos no Norte e Nordeste. Os três principais modelos disponíveis contam com reconhecimento facial, 2 e 4 GB de RAM, além da tecnologia 5G. São o TCL 30SE, com tela de 6.5”; TCL 5G com tela de 6.7” full HD; e TCL 305i com tela de 6.5” HD Cinema com entre R$1.099,00 e R$2.229,00.

Marcas e patentes

Amanhã, a Associação Brasileira dos Agentes da Propriedade Industrial (Abapi) em parceria com a Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI), realizam evento gratuito no Recife para debater a importância do registro de marcas e patentes para o crescimento de empresas no Brasil e no exterior. Com Maria Beatriz Dellore e David Kellis (USPTO); Andrea Possinhas e Leonardo Cordeiro (ABAPI) e Ticiano Gadêlha (ABPI). No C.E.S.A.R School, na Rua do Bom Jesus, às 16h.

Eólico Casa Nova

A Chesf retomará as obras do Parque Eólico Casa Nova B, na Bahia, a partir do segundo semestre O projeto junta a chef com a empresa Goldwind firmaram no valor de R$ 66,6 milhões para recuperação de aerogeradores instalados no município de Casa Nova (BA) e entrada em operação comercial em 2025.

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