Por 28 votos a favor e oito contra, a Câmara Municipal autorizou a Prefeitura da Cidade do Recife a vender um pacote de 12 terrenos alocados dentro da área de 38 mil m² do antigo Aeroclube de Pernambuco que, devido ao coeficiente de construção, permite edificações num total de até 114 mil².
Isso quer dizer que, na prática, a PCR está colocando no mercado um conjunto de imóveis com o preço médio de R$ 3.280, o metro quadrado. Com essa venda, a Prefeitura do Recife (que obteve autorização para vender outros dois imóveis na cidade) deseja obter um total de R$ 124,6 milhões que serão ser investidos no entorno do imóvel, especialmente, na construção de infra-estrutura e habitações de interesse social.
Consultados, sob condição de anonimato, corretores e investidores consideram alto o valor estimado pela Câmara Municipal uma vez que a venda dos ativos deve ser, em primeira opção pela venda de cada um dos terrenos. Atualmente, a prática no mercado é por permuta de área o que reduz o valor do preço por metro quadrado em até 50% quando o incorporador precisa pagar ao vendedor em dinheiro. Ou seja, para ser pago à vista o valor seria R$ 62 milhões para ficar dentro do mercado.
Segundo esses profissionais, um pacote como esse reunindo os 12 lotes, com 38.000 m2, dificilmente poderia suportar o preço final na ponta. A conta não fecha se mantido o que recomenda o processo de venda. Porque o mercado praticamente só trabalha por permuta de área vendável ou condomínio.
Ainda para analistas do mercado dificilmente se usará todo o potencial de três vezes do tamanho do terreno devendo chegar, na média, a 2,8. E também haverá os custos das chamadas ações mitigadoras que são pagas pelos incorporadores.
VGV alto para área
Para os consultores, considerando-se 70% de área de venda dos 114 mil m², o mercado pode obter um conjunto de edifícios com Valor Geral de Vendas de R$ 800 milhões com o preço do imóvel sendo vendido a R$ 10 mil, o m² considerado alto para aquela região da cidade.
Investidores também consultados preferem a idéia de que um incorporador compra do imóvel e, a seguir, fazer uma troca de área com construtoras com preços acima de R$ 10 mil o m², igualmente considerado alto. E que um terreno à vista custando mais de 15% do VGV não viabiliza para esse tipo de produto naquele local.
As dificuldades do projeto Aeroclube vêm sendo colocadas desde a o final da gestão Geraldo Júlio quando, após concluir todo o processo de legalização da área, a intenção era fazer novos habitacionais e, a seguir vender os terrenos de modo a viabilizar a construção de um parque.
Mas na gestão João Campos, graças a uma articulação com o Governo Federal, a Caixa aprovou os dois residenciais no local. Depois, a Prefeitura do Recife alocou nas proximidades da Rua Tomé Gibson uma creche e um Compaz.
Entretanto, ainda segundo empresários do setor, esses equipamentos deveriam está na antiga cabeceira da pista. Com os habitacionais, a creche e o Compaz osofertdos terrenos ficaram encaixados no final do terreno. Isso sob a ótica do mercado desvalorizou a área.
De qualquer forma é importante que a partir de hoje, a cidade do Recife tem uma oferta de 38 mil m² próximo ao Shopping Rio Mar, margeando a Via Mangue e acesso para o bairro de Boa Viagem. Resta saber se vai ter procura de investidores do mercado imobiliário.
Sem patrocínio
O Carnaval do Recife saiu da rota de investimentos das companhias de cerveja. Mesmo no Galo da Madruga os investimentos são pontuais e bem específicos. Na verdade, a Prefeitura do Recife só conseguiu, em janeiro, uma colaboração de R$ 800 mil da TIM. Ou seja, o Carnaval do Recife é, essencialmente, pago pelo poder público.
A questão da falta de interesse em patrocínio no Carnaval de Pernambuco parece ser estrutural. O estado abriga plantas de todas as grandes cervejarias, mas não consegue captar recursos de nenhuma delas. Algo bem diferente da Bahia onde a Prefeitura de Salvador obteve, este ano, através da arrecadação de cotas de patrocínios R$ 45 milhões.
O Carnaval de Salvador segundo a prefeitura dará lucro de R$ 10 milhões. São empresas como a Gerdau (que também fábrica em Pernambuco) que será parceira do Bloco Coruja 2023, comandado pela cantora Ivete Sangalo.
Na Bahia, a Itaipava patrocina o Bloco da Lexa no circuito da Barra Funda. Aliás, a marca estará ainda em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, no Oba Festival e nas cidades como Juiz de Fora (MG), Sorocaba (SP), Olímpia (SP) e Ubá (MG). Finalmente, temos caso do Camarote Nº1, tradicional evento de Carnaval patrocinado pela Brahma que agita a Marquês de Sapucaí há 33 anos.
A Índia voando
A melhoria da economia da Índia nos últimos cinco anos fez o setor aéreo explodir em termos de ocupação de assentos com a população voando mais. Ontem, a empresa Air India anunciou que comprará 290 aeronaves da Boeing, incluindo 737 MAX, 787 Dreamliner e 777X Serão 190 aeronaves 737 MAXs, com opções para mais 50. A aérea planeja expandir suas rotas internacionais com 20 aeronaves 787-9 Dreamliner e opções para mais 20 aeronaves e 10 unidades 777-9.
EaD aumentou
O Censo da Educação Superior 2021, feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), revelou mais de 3,7 milhões de estudantes universitários optaram por cursos à distância. Esse número é 41,4% do total de alunos de graduação. Numa década, as matriculas em EaD aumentou 274,3% e mudou completamente o eixo do negócio que ainda está tentando se reorganizar para sabe o que vai ter que ser presencial e o que vai ser apenas EAD.
Estácio 25
A Estácio Recife completou 25 anos de atuação na capital pernambucana. Fundada em 1998, a instituição de ensino superior se credenciou em 2017 como Centros Universitário e hoje reúne mais de oito mil alunos.
Urbanização
A Construtora MRV, do Grupo MRV&CO, investiu mais de R$ 5 milhões em obras e ações de melhorias de infra-estrutura urbana em 2022 no estado de Pernambuco. O dinheiro foi utilizado para obras de infra-estrutura viária, drenagem, construção, revitalização de praças e parques.
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