Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
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Informação e análise econômica, negócios e mercados

Coluna JC Negócios

Brasileiro bebeu quase 16 bilhões de litros de cerveja em 2022

O Brasil é o terceiro maior produtor do mundo de cerveja e a cadeia produtiva representa 2% do Produto Interno Bruto.

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Publicado em 18/02/2023 às 0:05
DIVULGAÇÃO
Mercado de cervejas artesanais - FOTO: DIVULGAÇÃO

O brasileiro voltou a tomar muita cerveja. O consumo de cerveja cresceu 8%, em 2022 e alcançou o volume de quase 16 bilhões de litros (15,4 bilhões de litros) mais que os 7,7% de 2021, segundo levantamento da empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International, para o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja -- Sindicerv.

Naturalmente, parte disse se deve ao retorno dos grandes eventos, festivais musicais, festas tradicionais e torneios esportivos que impulsionou o consumo fora do lar. Mas com se pode observar, a verdade é que o Brasil voltou a beber cerveja para comemorar.

Segundo, o presidente Executivo do Sindicerv, Márcio Maciel “mesmo em um período tão desafiador para a economia e a indústria, marcado pelo cenário de alta inflacionária, somado a restrições impostas pela pandemia de Covid-19 e o impacto do conflito entre Rússia e Ucrânia, o resultado consolida a relevância e o compromisso do setor cervejeiro no desenvolvimento econômico e social do Brasil”.

Segundo o Sindicerv que representa as empresas responsáveis por cerca de 80% da produção de cerveja no Brasil esse é um mercado dominado por Skol e Brahma que permaneceram na liderança das seguida da Antarctica, Itaipava, Nova Schin e Kaiser

O Brasil é o terceiro maior produtor do mundo de cerveja e a cadeia produtiva representa 2% do Produto Interno Bruto e gera mais de 2 milhões de empregos diretos, indiretos e induzidos, com massa salarial de R 27 bilhões.

Isso em termos de faturamento, a projeção das vendas da cadeia cervejeira apresentou alta de aproximadamente 19,8% em comparação a 2021, totalizando R$ 277,4 bilhões ante R$ 231,6 bilhões no ano anterior.

O relatório revela que entre os brasileiros, a categoria de cerveja mais popular continua sendo a Lager (97% do volume total de vendas de cerveja no varejo) mas já é detectado uma boa performance de venda das cervejas Premium entre os consumidores.

Outra coisa interessa que o levantamento revelou foi que a categoria da cerveja não alcoólica foi uma das mais bem-sucedidas em 2022, impulsionada pelo aumento da busca pela saúde e do consumo consciente com a oferta e inovação dos produtos pelas fabricantes.

A projeção do volume por litros para os proximos anos é de aproximadamente 390 milhões, o que corresponde ao crescimento de 37,6 % nas vendas em comparação com 2021 (284,6 milhões/litro).

Frank Bitencourt
Cervejas Premium em crescimento - Frank Bitencourt

MUDANÇA DE PERFIL

Segundo o relatório Consumer Insights, feito pela Kantar, no terceiro trimestre de 2021, a cerveja está entre as bebidas preferidas pelos brasileiros, fator que impulsionou o seu consumo durante a pandemia de covid-19. O fato novo está no público feminino que passou a ter grande participação nesse resultado.

O perfil que mais contribuiu para o aumento do consumo de cerveja foi o composto por mulheres de 40 a 49 anos e pertencentes às classes A e B. Por outro lado, os homens que fazem parte das mesmas faixas etária e classe social.

Tem mais. Uma pesquisa de Mintel em 2018 identificou a mudança do comportamento entre consumidores das classes AB (68%), nas demais classes isso também é maioria (52%). Mais da metade (53%) dos jovens entre 18 e 24 anos se mostraram motivados a experimentar novos tipos de cerveja, especialmente as com “novo sabor” ou “sabor inovador”.

Pelo tamanho o setor cervejeiro é um dos mais pesquisados. A Consumer Insights, realizado pela Kantar, apontou que a preferência do público agora é por rótulos Premium, impulsionados por latas (de até 349 ml) e garrafas, que podem ser consumidos individualmente ou entre duas pessoas.

A Heineken, que abocanha 16,8% do mercado de cerveja nacional (atrás da Ambev, com 61,4%), de acordo com dados da Euromonitor International atualizados em setembro de 2022, é líder no segmento de cervejas premium, com 46% de participação no mercado,

O segmento das chamas “cervejas premium” continua trajetória de crescimento no país, o que tem se refletido no aumento do faturamento representado por essa categoria, como revelaram recentemente dados da empresa de pesquisa de mercado Euromonitor.

É da indústria de vidros no Brasil, que só deve melhorar no segundo semestre do ano que vem. “Há um problema estrutural. Sempre que o ritmo de produção de cerveja passa dos 14 bilhões de litros por ano, falta vidro”, diz o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Cerveja (Cervbrasil), Paulo Petroni.

GARRAFA DE VIDRO

Foto: Arquivo/ABr
Nesta sexta-feira (4) comemora-se o Dia Internacional da Cerveja - Foto: Arquivo/ABr

A embalagem de vidro é a mais sustentável do planeta, por ser a única que pode ser reutilizada, retornada, reciclada e transformada em uma nova sem nenhuma perda de matéria-prima e, ainda, gerando menor consumo de energia com menor emissão de resíduos e partículas de CO2.

Por outro lado, atualmente no Brasil, apenas 47% das embalagens de vidro são recicladas, de acordo com a Abividro (Associação Brasileira das Indústrias de Vidro).

Segundo Daniel Jekl, gerente de Marketing Americas South da Owens Illinois, de fato, o mercado de embalagens de vidro no Brasil cresce a taxas bastante elevadas, principalmente impulsionado pela “premiunização” (marcas de puro malte envasadas em garrafas long-neck) das cervejas e pela adoção de hábitos mais saudáveis, o que inclui o consumo de alimentos e bebidas de maior qualidade, naturalmente envasados em vidro.

E como resultado dessas movimentações, os mercados mais afetados no que se refere a abastecimento de embalagens são, respectivamente, o mercado de vinhos e cervejas, ambos com grande concentração de suas produções nas duas regiões.

Foto: AFP
Segundo o Grupo Heineken no Brasil, parte dos insumos envolvidos na produção das cervejas é importada - Foto: AFP

 

Johnnie Walker

A ID Logistics Brasil, uma multinacional pertencente ao Grupo ID Logistics, presente em 18 países, inaugura seu primeiro centro de distribuição em parceria com a Diageo, líder mundial no segmento de bebidas alcoólicas premium. Fica na cidade de Extrema, sul de Minas Gerais, possui área de 18 milhões de m² de área construída e 21 mil posições palates para a distribuição do Johnnie Walker, Tanqueray, Smirnoff e Ypióca.


Melhorou

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) desde 2011 subiu 1,3% em fevereiro, descontados os efeitos sazonais, o maior nível (95,7 pontos) desde o início da pandemia de Covid-19. Na variação anual da ICFhouve crescimento de 23,3%.

Genéricos da EMS

A EMS, maior laboratório farmacêutico no Brasil fechou 2022 com R$ 7,2 bilhões de faturamento crescendo16% sobre 2021 e sua a unidade de negócios de Genéricos da EMS comercializou 238 milhões de unidades (caixas) de medicamentos com expectativa de crescer 20% em faturamento. Hoje, a EMS tem 17% de marketshare deste mercado.

Catadores

Uma iniciativa da Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (ANCAT) com a Ambev programa recolher 60 toneladas latinhas de alumínio em São Paulo e 25 toneladas em outras Recife no período de amanhã (Hoje) e o dia 23, e 26 e 27, período que costuma ser o mais lucrativo para a categoria. Os resíduos serão pesados na hora em centrais de coleta instaladas em locais estratégicos dos circuitos carnavalescos. Os trabalhadores receberão EPIs (Equipamento de Proteção Individual), sacos apropriados para coleta, bonés, camisetas e crachás.

Consumidor

No ano passado, o e-commerce brasileiro registrou faturamento de R$ 722 milhões com a promoção do Dia do Consumidor, celebrado em 15 de março, o que num crescimento de 22% em comparação a 2021.

Negócio rápido

O Mapa de Empresas elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços em parceria com o Serpro. Recife apresentou o prazo mais ágil do Brasil para a abertura de uma nova empresa em janeiro de 2022, com tempo médio de apenas 2 horas. A capital pernambucana ficou “empatada” no topo do ranking com Aracaju (também com 2 horas).

 

 

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