Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
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Coluna JC Negócios

Preso a promessas de campanha governo quase pede desculpas por aumentar a gasolina e etanol

Posição de Haddad só reforçou a ideia que só conseguiu fazer a reoneração porque a Petrobras anunciou a redução dos seus preços no dioesel e na gasolina.

Fernando Castilho
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Fernando Castilho
Publicado em 01/03/2023 às 0:05
Renato Ramos/JC Imagem
Postos de combustíveis em meio a discussão sobre volta dos impostos federais - FOTO: Renato Ramos/JC Imagem

Em dois meses de governo, o presidente Lula já percebeu que aquilo que chamou de “herança maldita” de FHC era coisa de criança comprada ao pacote de crise que herdou de Jair Bolsonaro. Em dois meses de 2023, já foi possível perceber que o nível de desorganização da economia herdado é de tal porte que, nem mesmo a PEC da Transição, foi suficiente para dar pista de decolagem ao novo governo. A conta da receita não fecha em nada com a conta da despesa e pronto.

O problema é que o presidente Lula e o PT assumiram com um passivo (que eles mesmos contrataram) que para o qual simplesmente não há como pagar. Ao menos, no tempo sem impacto político que ele imaginou. E o presidente já sabe que apenas na conversa e na narrativa não dá.

A “operação” de comunicação que o governo tentou montar para explicar uma coisa previsível e anunciada, desde o ano passado, que seria a reoneração dos combustíveis mostrou isso bem claro. O embate criado só mostrou o drama que o presidente se envolveu e contra o qual insiste em não querer pagar qualquer desgaste diante da opinião publica. Isso não existe.

A entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad foi um espetáculo de um gestor que tem a convicção de que precisa tomar atitudes decisivas, mas que não se sente respaldado para assumir o desgaste e tenta se equilibrar num fio de navalha. Mas o governo parece não ter percebido que, com o preço do petróleo não sobe há dois meses, esse seria o momento de anunciar a reoneração dos combustíveis. E assumir logo o desgaste que isso possa lhe causar. Faz parte do jogo de governar.

A posição de Haddad passou a sensação que, no novo governo do PT, não há espaço para reajustes e que a uma nova política de preços de Petrobras será para reduzir os preços, independentemente, do que acontece no mercado internacional, no mercado interno, com a inflação e com os custos dos itens administrados como se fosse possível congelar os preços até 2026.

Isso não existe no mundo real. Com inflação de 6%, dificuldades no crédito para as empresas e pessoa física, taxas de juros absurdas e necessidades gigantes de arrecadação das despesas não têm como “brincar” de congelamento espontâneo de preços. Não tem como achar que não haverá desgaste. Isso tem que ser contabilizado e assumido com o adequado e necessário. Até porque o cidadão já sabe que o bicho está pegando mesmo é com a inflação real.

O que sobra da interminável explicação de Fernando Haddad é que o governo só decidiu pela voltada cobrança dos impostos federais porque a Petrobras usou a margem que tinha para reduzir os seus preços.

O que nos leva a pergunta: E quando a Petrobras precisar reajustar os preços? O governo Lula da Silva vai repetir o modelo Dilma Rousseff?

Governar é ter desgaste e esforço de sucesso. Não dá para achar que a realidade não se impõe. Ele se impõe, não permite erro e cobra caro quando se tenta apenas contorná-lo. O custo sempre vem maior.

Pagamentos

A Secretaria da Fazenda divulgou ontem que no primeiro bimestre pagou R$ 756 milhões de dívidas do governo anterior; Empenhos de obras, serviços e contratação de pessoal registrado e realizado em 2022. E que pagou 66% dos R$ 950 milhões de dívidas herdadas. Ué! E não era para pagar? Todo governo tem resto a pagar de um ano para outro. Passa a imagem de de algo extraordinário quando é o normal. Até porque governo não pode pagar antecipado.  

Petróleo em terra

A PetroReconcavo, produtora independente de óleo e gás em bacias terrestres, concluiu hoje a aquisição da Maha Energy Brasil, empresa de exploração e produção com sede no Rio de Janeiro e operações em terra na Bahia e Sergipe. A PetroReconcavo é uma operadora independente de petróleo e gás natural já opera 60 campos de petróleo e gás natural, sendo 32 campos e 1 bloco exploratório na Bacia Potiguar, 27 campos e 5 blocos exploratórios na Bacia do Recôncavo, além de 75% da concessão de Tartaruga, na Bacia Sergipe-Alagoas.

Mais confiança

No mês de fevereiro, a confiança nas empresas do setor industrial avançou em 21 de 29 setores consultados pela CNI em relação a janeiro deste ano através do Índice de Confiança do Empresário Industrial. Mas o indicador segue negativo para pequenas e médias empresas. Foram consultadas 1.979 empresas de todo o Brasil.

Produto novo

A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil concluiu o levantamento dos dados referentes ao desempenho da indústria de transformação em 2022. Segundo o Índice GS1 Brasil de Atividade Industrial as indústrias solicitaram 9,9% mais códigos de barras para lançar produtos no ano passado que em 2021. O Índice mede a disposição da indústria em aumentar suas linhas de produtos.

Celular Antártica

A empresa é a nova operadora de telefonia móvel a atender a Estação Antártica Comandante Ferraz e parceira do Programa Antártico Brasileiro. A empresa integra missão da Marinha que levou ao continente 40 militares e pesquisadores para atuação em diferentes projetos. A Estação Antártica Comandante Ferraz é a mais importante centro de pesquisa brasileiro, responsável por estudos sobre fontes renováveis de energia, clima, vida marinha e animal, entre outras.

Visto mais rápido

O governo dos Estados Unidos estendeu até o fim deste ano a autorização para que consulados e embaixadas dispensem, quando necessário, a realização da entrevista presencial para a emissão de certos tipos de vistos. O motivo é que o tempo de espera de brasileiros não imigrantes na obtenção de vistos, que está chegando a 16 meses o que acaba impactando no setor de turismo o maior motivo para o pedido de vistos para aquele País.

Vulcann na EPI-USE

A Valcann, especializada em Computação em Nuvem embarcada no Porto Digital foi adquirida pela EPI-USE Brasil e que faz parte do faz parte do groupelephant.com especialista em Recursos Humanos e Folha de Pagamento com mais de 40 anos no mercado e a mais de 14 anos no Brasil.

Marcos Baptista

O ex-presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape e ex-secretário de Planejamento e Gestão, Marcos Baptista é o Diretor Presidente da Oficina Francisco Brennand. Marianna Brennand assume a presidência do Conselho Deliberativo da instituição.

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