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Para CSN, Transnordestina só vai até Porto de Pecém e opera em 2027; Empresa descartou Suape em 2022

Transnordestina afirma que o projeto, de acordo com o termo aditivo firmado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e aprovado por unanimidade no tribunal pleno do TCU só vai até Pecém.

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JC

Publicado em 19/07/2023 às 16:50 | Atualizado em 02/08/2023 às 10:01
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Apesar do entusiasmo do novo superintendente da SUDENE, Danilo Cabral e do presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara o projeto da ferrovia Transnordestina, para o grupo da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) que detém a concessão do projeto através da Transnordestina Logística S/A (TLSA) continua com um foco bem definido: chegar ao Porto de Pecém em 2027.

Nesta terça-feira, numa entrevista coletiva à Imprensa do Ceará, em Fortaleza, o novo superintende da Sudene, Danilo Cabral garantiu que a estrada de ferro, que já deveria ter sido concluída, retomará a obra de construção do trecho Salgueiro-Porto de Suape, em Pernambuco, que havia sido "abandonado, por dificuldades financeiras", pela empresa que a está implantando. E que obra estava sendo retomada pelo governo do presidente Lula.

TLSA CONTESTA DANILO

"Nós vamos avançar para concluir essa obra, tanto o trecho de Salgueiro até Pecém, remanescente do contrato anterior quanto do trecho paralelo, que liga Salgueiro a Suape. São dois portos importantes. Os dois trechos serão retomados", disse Danilo Cabral.

A notícia foi divulgada pelo colunista de Economia, Egídio Serpa do jornal Diário do Nordeste com a informação de Danilo Cabral dando conta de "o governo do presidente Lula vai concluir essa obra, tanto o trecho de Salgueiro até Pecém, remanescente do contrato anterior quanto do trecho paralelo, que liga Salgueiro a Suape".

Danilo garantiu que os dois trechos serão retomados. "Estamos fechando uma discussão em torno, digamos assim, da equação de recontratação de aditivos que precisam ser feitos, de avaliação do que precisa. Há um número que fala em torno ainda de R$ 7 bilhões para concluir o trecho daqui (do Ceará) e R$ 5 bilhões para concluir o trecho de Pernambuco" garantiu a jorrnalistas cearenses.

“Neste exato momento, disse o superintendente, o governo está discutindo isso para encontrar as formas de financiar a conclusão dessa obra. Mas já há a vontade política janunciada por vários interlocutores do governo de que nós vamos fazer essa obra, que faz parte das (três) prioridades que foram apresentadas pelo Consórcio Nordeste (que reúne todos os governadores da região) ao presidente Lula.”

Nesta quarta-feira,  a TLSA enviou à Imprensa uma Nota de Esclarecimento onde afirma que “Conforme já amplamente divulgado pela TLSA, o projeto, de acordo com o termo aditivo firmado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e aprovado por unanimidade no tribunal pleno do TCU (Tribunal de Contas da União), foi dividido em duas fases, sendo a fase 1 de São Miguel do Fidalgo, no estado do Piauí, até o Porto de Pecém, no estado do Ceará, e a fase 2, de São Miguel do Fidalgo até Eliseu Martins (PI).

Segundo a empresa neste momento 2.000 funcionários atualmente trabalhando, podendo chegar a mais 4.000, a depender das liberações. “A fase 2 será concluída na seqüência. E finalmente escçarece que “o valor do Km construído pela TLSA é sem nenhuma dúvida o menor do Brasil e um dos menores do mundo.”

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O acordo com o termo aditivo firmado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) a que a nota se refere foi assinado no dia 23 de dezembro de 2022, quando a governadora ainda não tinha, sequer, anunciado sua equipe de governo.

No dia 1º de fevereiro, em Brasília, a governadora Raquel Lyra foi surpreendida com a articulação dos governadores Rafael Fonteles (Piauí) e Elmano de Feitas (Ceará) para a costura do Termo Aditivo onde a Transnordestina S.A. desiste do trecho Salgueiro-Suape. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra tenta uma solução política no sentido de uma modificação no documento de modo a viabilizar o acordo que o Estado de Pernambuco assinou com a Bemisa, dona a mina de minério de ferro que seria exportado pelo Porto de Suape.

Nesse aditivo, a TLSA, uma empresa controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional não apenas pleiteia uma indenização pelo que já construiu como define que isso deverá ser abatido pela União do que já gastou em toda a obra. Será feito um encontro de contas mas só seja feito quando concluir todos os trecho a obra entre Eliseu Martins (PI) e Pecém(CE). Finalmente, que isso se dê depois da assinatura de uma nova concessão assinada no trecho Salgueiro-Suape.

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