Com fraqueza do pacote de redução de gastos, analistas começam a lembrar do final do governo Dilma Rousseff.
Prefeito João Campos está reavaliando a PPP para construção e gestão dos edifícios de novas creches na capital pernambucana no seu segundo mandato.

Os deputados e senadores podem se jactar que fragilizam o pacote do governo; que humilharam o ministro da fazenda, Fernando Haddad e deixaram em situação crítica toda a articulação do governo no Congresso na última semana. E, de fato, eles ganharam o embate com o governo de lavada.
Mas aqui para nós e o povo do mercado financeiro, o principal sinal do que conseguiram passar foi trazer a lembrança dos meses do segundo governo Dilma Rousseff que nos levou um segundo impedimento de um presidente quando seu governo perdeu sustentação no Congresso.
Governo humilhado
Há uma regra na guerra de que a vitória de uma batalha não pode humilhar o perdedor sob pena de fomentar o sentimento de vingança.
E para os deputados da oposição que negociaram a retirada da proteção a pobres como o SPVAT como um emparedamento do governo para aprovar a Reforma Tributária com a ajuda dos trapalhões do PT que insistem em se manter fieis votando contra a orientação do partido convém lembrar os seus “compromissos históricos” servindo muito bem aos oportunistas do PL, focados apenas na desmoralização da articulação do governo no Congresso a semana foi muito boa.
PT se alinha ao PL
Há uma obtusidade córnea de deputados do PT em resistir em reconhecer a gravidade da crise nas contas públicas. Sem perceber que o comportamento de resistência acabou por fortalecer os formadores de opinião na Câmara liderados pelo presidente Arthur Lira que manobrou para cobrar e receber um preço que está custando caro não ao governo, mas ao futuro país.
A grande lição da semana que se encerrou com a redução dos impacto do pacote fiscal é que a Câmara - cujas lideranças afirmam que as alterações feitas pelos parlamentares no pacote fiscal não teriam desidratado o plano do Executivo para cortar gastos é que os deputados - cobrou caro demais para aprovar o projeto do governo esquecendo os interesses do país.
O que nos espera
E isso deve se repetir em 2025. A começar pela análise do Orçamento Geral da União que o Senado comunicou ao governo que só tratará disso em fevereiro. O mesmo Senado que comunicou que também cuidará do projeto 108/2024 que trata do Comitê Gestor da Reforma Tributária após o recesso.
Estropiado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta sexta-feira(20) que a “ordem de grandeza” do impacto fiscal produzido pelo pacote de contenção de gastos não foi alterada com as mudanças já promovidas pela Câmara dos Deputados. E que “não houve desidratação no nível do que se imaginava” disse um resiliente Fernando Haddad rendendo-se aos fatos.
Custo da aprovação
O que o ministro não pode reconhecer de público é que o mercado financeiro cobrou tudo na taxa de juros futuros. E o que ele diz ter sido uma ‘escorregada que o dólar”, custou US$ 27,76 bilhões ao Banco Central que precisou injetar US$ 16,7 bilhões na economia em leilões de linha e mais outros US$ 11 bilhões no mercado à vista para depois das manobras do Congresso fechar a semana em R$ 6,09.
O mercado financeiro trabalha com dinheiro que não aceita desaforo de ninguém. E que a credibilidade do Executivo implodiu, como avalia o diretor da área de estratégia de investimentos de Wealth Management, Nicholas McCarthy advertindo que agora, não há mais confiança de que as contas públicas serão tratadas com seriedade. E sem controle da dívida, as expectativas para os juros e para a inflação sobem no horizonte.
Caiu na real?
O governo parece que agora entendeu isso. E o vídeo do presidente Lula da Silva nesta sexta-feira (20) ao lado do próximo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet e da Casa Civil, Rui Costa é, na verdade, uma ação desesperada para dizer que, com a aprovação do pacote desidratado, o país tem chance de controlar as contas e reduzir a inflação.
Lula enquadrado
Terá se o presidente chamar o feito à ordem de sua base (teoricamente aliada) no Congresso. Não antes de “dar uma geral” na bancada de deputados beócios da esquerda que brincam de fazer oposição ao governo que ajudou a elegê-los. Sim, ele terá que se comportar bem e ajudar ao grupo da foto acima.
Lula precisa dizer aos seus apoiadores que se eles continuarem sacando no cheque especial das emendas sem qualquer compromisso com o futuro do seu governo nas votações, as chances da direita radical se fortalecer crescer a ponto de engolir a todos aumenta.
Lira joga contra
Sim, é verdade que com um presidente da Câmara como Artur Lira que reúne 300 votos com duas mensagens de WhatsApp, o presidente do Brasil e sua equipe hoje tem cada vez mais uma margem menor de negociação. Mas não precisa, em situações críticas, partidos que têm ministérios votarem contra o Governo e os da esquerda com o PL.
Não há muito o que o governo comemorar como a aprovação dos projetos se comparado ao que foi obrigado a pagar para um grupo de deputados que tomou de assalto o orçamento.
Lembrando Dilma
O governo precisa rever toda sua estratégia de atuação nas duas casas e até no próprio Palácio do Planalto. E ler os sinais de que a economia está lhe dando como o dólar, a dívida pública e a fragilidade no Congresso.
Lula não é Dilma, Galípolo não é Alexandre Tombini e Fernando Haddad não é Guido Mantega. Mas o governo precisa mostrar isso de forma incontestável. Até para que essa comparação não comece a prosperar na cabeça de muita gente.
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Sede para a Câmara
Em 2025, a Câmara Municipal do Recife terá um orçamento de 272 milhões. Mas continua a funcionar num imóvel inadequado desde 1963, no antigo prédio da Escola Normal do Recife, cujo endereço é Rua Princesa Isabel, ao lado do Parque Treze de Maio. Mas o presidente da chamada Casa de José Mariano, Romerinho Jatobá quer marcar sua presença iniciando a construção de uma nova sede. Está procurando um terreno que possa acomodar um edifício moderno, mas que seja na mesma região de prédio antigo que é próximo ao novo edifício sede da Assembleia Legislativa.
Sem PPP das Creches.
O prefeito João Campos está reavaliando a PPP para construção e serviços administrativos de educação que cuidaria da construção e gestão dos edifícios de novas creches na capital pernambucana. Dobrar a oferta de vagas de creche em Recife foi um dos principais compromissos do Prefeito João Campos que no final de 2020 matriculou 6.439 crianças.
Ele estipulou a meta de 13.000 vagas até 2024. Em 2021 foi lançado o Programa Infância na Creche para garantir o cumprimento dessa meta dividido em quatro eixos: Construção de Creches Próprias; Ampliação e requalificação já existentes; Convênios de creches em parceria com Organizações sem Fins Lucrativos e uma ?PPP para construção novos prédios e serviços administrativos. Este ano, ele chegou a 15 mil matrículas de creches disponíveis.
Com esse quadro, o projeto de PPP para creches que está pronto é liderado pelo TCR, mas não foi necessário para essa primeira gestão ser avaliado para a segunda gestão. Em janeiro a prefeitura terá mais quatro novas creches e concluirá as ampliações de mais seis.
Orçamento forte
No orçamento de quase R$10 bilhões (R$9,296 bilhões) da Prefeitura do Recife chama a atenção a distribuição de recursos para três grandes áreas. Educação com R$1,66 bilhão, Infraestrutura R$1, 45 bilhões e Saúde R$1,06 bilhão. O orçamento prevê ainda R$41,5 milhões para estruturação e manutenção dos centros comunitários da paz (COMPAZ).
Entre as receitas próprias tem R$764 milhões Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e R$1, 662 bilhão de arrecadação com o Imposto Sobre Serviços (ISS). Ou seja, o prefeito tem um mando sobre quase R$2,5 bilhões de receitas próprias.
CD Ferreira Costa
Ficou pronta a nova Central de Distribuição da rede de home centers Ferreira Costa no município do Cabo na rodovia BR-101. Mas a inauguração do novo complexo só será feita oficialmente em janeiro próximo. O projeto foi construído numa área total de 474.051,67 m2. Com 112.408 m2 de área construída.
Trambusti na Jeep
Tradicional fornecedor de peças automotivas no Brasil, o Grupo Trambusti, especialista na produção e fornecimento de forros, tapetes, isolamento térmico e acústico para automóveis e caminhões, entre outros itens está chegando ao Estado com investimentos de R$ 40 milhões, gerando mais de 100 empregos diretos no Pólo Automotivo de Goiana. A Trambusti atua no mercado automobilístico desde 1933 e é líder no segmento com plantas em São Paulo (Grande São Paulo e Interior) e Minas Gerais.
Eficiência
Com o objetivo de aumentar eficiência das obras, aprimorar processos e reduzir o desperdício de materiais utilizados em obras de construção imobiliária, a Moura Dubeux investiu R$ 300 mil no Centro de Distribuição de Kits em Pernambuco no Cabo de Santo Agostinho cuja função é o abastecimento de suas 21 obras em andamento em Pernambuco, com a produção em larga escala de mais de kits hidráulicos, elétricos e de gás, que já saem montados e prontos para instalação nos ambientes.
Edifício da Sudene
Um dos efeitos da nova política de investimento em projetos de inovação é o crescimento da categoria “crédito” demonstra um crescimento consistente ao longo dos anos, indicando um aumento na oferta de financiamento para projetos de pesquisa e desenvolvimento. Mas a FINEP oferece instrumentos financeiros para estimular a ciência, tecnologia e inovação, como as iniciativas como a implantação do Parque Tecnológico da Universidade Federal de Pernambuco que vai ser abrigado no antigo prédio da Sudene.
Até agora a Finep liberou R$8,8 milhões de R$9,6 milhões para a confecção do projeto que vai permitir à UFPE se habilitar a recursos para a reforma e adaptação do prédio, cujo valor será definido.
Solar fotovoltaica
A GreenYellow, multinacional francesa especialista em transição energética, implementou fazenda solar fotovoltaica na cidade de Milagres (BA) com capacidade equivalente ao abastecimento de mais de 6.200 casas, a usina fotovoltaica de Milagres produzirá, anualmente, 12,4 GWh, contendo uma potência máxima de 6,93 MWp.
Saúde mental
A partir de 2025 passa a vigorar a atualização da Norma Reguladora 1 (NR-1) promovida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que aumenta a responsabilidade das empresas com a saúde mental dos empregados. Com a mudança, as empresas deverão incluir no Programa de Gerenciamento de Risco (PGR) a identificação e o gerenciamento de riscos psicossociais.