Óleo de soja sobe de preço e já ameaça mistura do biodiesel que a partir de março deverá ter 15 de óleo vegetal
Distribuidoras querem suspensão da mistura porque preço do óleo de soja pressiona inflação devido ao mercado de ônibus, caminhões e máquinas agrícolas

A partir de 1º março, o biodiesel vendido no Brasil que está em 14% da mistura do diesel deve passar a 15%. E, a partir de então, aumentar em 1 ponto porcentual por ano até 2030, conforme previsão em lei que fixa em até 20%. Essa foi uma conquista do setor produtor de óleo a partir de soja ainda no primeiro trimestre de 2023 quando o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira aprovou a proposta no Conselho Nacional de Política Energética.
Do ponto de vista ecológico, o aumento de 10% para 15%, em 2025 e 20%, em 2030 é um avanço. Embora a indústria automobilística o questione pelo simples fato de os motores dos caminhões e ônibus não terem sido desenhados para a mistura, o lobby dos produtores de óleo venceu.
Nova realidade
Entretanto, dois anos depois, a realidade se impôs com o alto preço do biodiesel que, em dezembro, superou o do combustível fóssil em R$2,70 por litro. Essa diferença ficou comumente acima dos R$2,30 ao longo do ano. Dito de outra forma: colocar 14% de óleo de soja no diesel puro está fazendo a mistura ficar muito mais cara. Em média, R$0,37 por litro.
E como o mercado não brinca em serviço, o Brasil começou a viver uma realidade paralela onde pequenas distribuidoras conhecidas como retalhistas que passaram a vender o diesel puro especialmente para empresas donas de caminhões mais novos e com maior tecnologia embarcada comprados para transportar soja e milho para exportação.
Diesel mais caro
Além do preço, o diesel puro também é ideal para as colheitadeiras e plantadeiras que custam entre R$2 milhões e R$5 milhões que rodam como motores que não preveem adição de biodiesel e que performam muito melhor.
O resultado desse novo mercado ficou tão grande que, esta semana, as grandes distribuidoras de combustíveis do país começaram a escrever um pedido à Agência Nacional do Petróleo, de “waiver”, que é uma espécie de dispensa temporária, do cumprimento da mistura obrigatória de biodiesel no diesel B vendido a varejistas. O pedido ainda não formalizado, mas deve ser feito pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom).

Óleo na panela
O motivo é que os preços do óleo de soja subiram muito acima do previsto. Porque o aumento de mais 5% no diesel puro provocou uma demanda por óleo de soja que encontrou o produto para o consumo humano em alat desequilibrando o mercado.
Há pouca chance da ANP atender o pedido pois ele significaria o fracasso do aumento da mistura ecologicamente correta. Mas deve acender o debate proposto pela indústria automobilística que acusa os produtores de óleo de soja de entregarem um produto que estraga os motores e obriga a adição de aditivos para equilibrar o desempenho dos motores. Especialmente os da linha Euro 6 que equipam exatamente os super caminhões que o agronegócio comprou para transportar sua produção.
Sem mistura
Na verdade, nas fazendas no interior e em cidades da região Centro Oeste e Sudeste e até na região do Matopiba, o consumo do diesel puro virou uma prática. Até porque a ANP não tem como acompanhar porque desde 2023 devido as restrições de orçamento para fiscalização.
As grandes distribuidoras defenderam a suspensão do mando de adição de óleo vegetal porque estão perdendo um mercado que é muito grande. E que está sendo ocupado pelos retalhistas que compram o diesel delas com a obrigação de fazer a mistura, o que não acontece.

Cana-de-açúcar
O cenário revela uma situação bem curiosa num país que se orgulha de ter uma disponibilidade de óleo e etanol para a mistura do diesel (15%) e na gasolina (27%) pela sua espetacular produção de soja. E, consequentemente, de óleo vegetal e de cana-de-açúcar e, mais recentemente, de milho para fazer etanol.
E, ao contrário da indústria de motores a etanol que o Brasil desenvolveu uma tecnologia flex de reconhecida eficiência, a adição de óleo de soja no diesel seja importado, seja da Petrobras não garante um desempenho melhor. Na verdade, a indústria de caminhões e ônibus não desenvolveu uma tecnologia específica como o fez para o etanol.
Quem fiscaliza?
No campo o que acontece é que um transportador que possa comprar diesel puro para sua frota ele tende a comprar o produto sem mistura porque o motor tem um desempenho melhor.
O que o governo não contava era com a elevação do preço do óleo de soja no mercado comestível que fez o mercado subir o preço, tanto para fazer biodiesel, como para alimentação. Assim, o preço está tornando a mistura de 15% no biodiesel cara a ponto de justificar a compra de diesel puro especialmente para uso do agronegócio longe da frágil fiscalização da ANP.

Governo de Pernambuco vai pedir novo empréstimo de R$ 1,5 bilhão com nova Capag B em 2025
O governo de Pernambuco está voltando ao mercado após readquirir a Capag B junto a Secretaria do Tesouro Nacional (STN). A informação é do secretário de Planejamento, Fabrício Marques, que revelou o início de tratativas para mais uma operação de crédito, ainda este ano.
Segundo ele, o Governo de Pernambuco ainda está finalizando um pacote de empréstimos que não puderam ser concluídos ano passado relacionados a quatro contratos do Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PEF) destinado a estados e municípios no total de 1,097 bilhão e um contrato no valor de R$ 1 bilhão com o Banco do Brasil este ainda amparado pela condição de Capag B que o estado de Pernambuco teve em 2023 e que permitiu ao governo de Pernambuco pedir aos bancos um total de R$ 3,4 bilhões, sua capacidade máxima autorizada pela STN.
Ação Preventiva
Para evitar que pendências que governo de Pernambuco tem junto ao Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (CADIN), a Procuradoria Geral do Estado deu entrada na última quinta-feira num pedido de liminar de um ação onde o estado é réu decorrente de um repasse de verbas do (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)) para a recuperação de estradas através de um Termo de Compromisso 820/2010-00, assinado em 2010 pelo então governador Eduardo Campos para obras em "decorrência das fortes chuvas havidas naquele ano na região da zona da Mata Sul do Estado de Pernambuco".
Em 2017, o Tribunal de Contas da União (TCU), na Tomada de Contas Especial TC 025.199/2017-0, considerou que parte do pagamento das obras foi feita em duplicidade pelo Estado de Pernambuco para a empresa contratada. Em 2014, já no governo João Lyra, o Estado reconheceu o pagamento em duplicidade para a empresa e ajuizou a ação de cobrança.

Restrições no Cadin
Esse processo que está na Justiça Federal e que tecnicamente impede o estado de obter todas as certidões necessárias para que os bancos liberem o crédito ainda no mês de março próximo quando a governadora Raquel Lyra pretende assinar os contratos.
Segundo o secretário da Fazenda, Wilson de Paula, atualmente não há nenhuma diligência por parte da STN relacionada aos processos de contratação de financiamentos de Pernambuco, de modo que a tramitação corre normalmente em função do Capag B readquirido em 2025.
Recuperação
Em 2022, na análise fiscal das contas de Pernambuco, a STN havia rebaixado a Capa de Pernambuco para a nota C. Com esse rebaixamento o Estado voltava a ter as limitava as operações de crédito com garantias da União, o que restringia a capacidade de financiamento para novos projetos.
Este ano, com uma classificação elevada, Pernambuco volta a ter a possibilidade de captar recursos com melhores condições, incluindo juros mais baixos e prazos mais longos, além de ampliar o acesso a parcerias e financiamentos de organismos nacionais e internacionais. O cenário ajuda a execução de projetos que contribuem para o crescimento e geração de empregos.
RioMar Kennedy
O Shopping RioMar Kennedy vai receber mais um empreendimento na sua área de influência no polo de lazer da Avenida Sargento Hermínio. A M.Lar Empreendimentos, uma empresa do Grupo Marquise está lançando o M Lar Kennedy num terreno com quase 10 mil m² com duas torres de 24 andares e diferenciais como piscina elevada, área fitness e apartamentos de até 62,42 m², incluindo opções com terraço privativo focado no público de jovens casais, famílias e investidores.

Vinhos de Garanhuns
Conhecida como a sede da bacia do leite de Pernambuco, a cidade de Garanhuns tem se consolidado também como um polo produtor de vinhos de qualidade, atraindo vinícolas como a Vale das Colinas e Mello. Estas vinícolas têm atraído não só turistas de diversas partes do Brasil, mas também de outros países. Com ajuda do deputado Felipe Carreras (PSB/PE) o prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino e o deputado estadual, Cayo Albino foram a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) pedir apoio para expandir a presença dos vinhos do Agreste pernambucano no mercado internacional.
O projeto de Garanhuns vem na esteira da criação de uma Frente Parlamentar em Defesa da Vitivinicultura e do Enoturismo que será instalada nesta quarta-feira (19) na Assembleia Legislativa. A iniciativa de reunir prefeitos da região do São Francisco é do deputado estadual Jarbas Filho.
Energia Limpa
Nesta quinta-feira (20) o presidente da Associação Pernambucana de Energias Renováveis (Aperenováveis), Rudinei Miranda, faz palestra no Sebrae Petrolina para mostrar oportunidades e desafios do setor no estado.
Voo do Carnaval
A movimentação no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre deve registrar um crescimento expressivo durante o período de carnaval, de acordo com dados da Aena, concessionária que administra o terminal. Entre sexta-feira (28) de janeiro a quarta-feira (5) de março é esperado um crescimento de 10,5% a mais de passageiros em relação a 2024.

Máquinas de cartões
As máquinas de cartões da vinculadas a Sicredi Recife movimentaram R$89,8 milhões em 2024, um crescimento de 7,6% em comparação ao ano anterior, superando os R$83,42 milhões registrados em 2023, refletindo o fortalecimento da instituição no competitivo setor de meios de pagamento. Atualmente, a instituição conta com mais de 400 credenciamentos ativos e 833 mil transações efetivadas.