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Eu tenho orgulho de ser do JC

Leia a coluna social desta quinta-feira no seu JC

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JC

Publicado em 01/02/2024 às 2:06 | Atualizado em 01/02/2024 às 2:12
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Hoje é um dia importante na minha vida. Importantíssimo. Chego ao Jornal do Commercio muito feliz e com o mesmo entusiasmo do início da carreira no jornalismo, acrescentado a experiência de tantos anos. Minha relação com o jornal começou quando eu editava um boletim da Associação Atlética Banco do Brasil e ia entregar a José de Sousa Alencar, o Alex, que era o colunista social e que divulgava as muitas festas que o clube promovia. Tornei-me amigo dele, com quem aprendi muito. Alex teve uma bela carreira no jornal e na literatura, chegando à Academia Pernambucana de Letras. Depois, em várias visitas a Orismar Rodrigues, que o substituiu e que tinha sido meu redator-substituto por 18 anos. Sempre fui recebido por Ivanildo Sampaio, um dos grandes amigos que fiz no jornalismo.

Antes, já tinha conhecido o senador Francisco Pessoa de Queiroz e Dona Lotinha e o filho Paulo Pessoa de Queiroz. Deles, sempre recebi os disputados convites para assistir aos programas “Você Faz o Show”, de Fernando Castelão, e “Noite de Black Tie”, de Luiz Geraldo, na TV Jornal, quando era obrigatório o uso de paletó e gravata. Estive também no Canal 2 para ser entrevistado por Alex no seu programa “Hora do Coquetel”, por Augusto Boudoux no “Bossa 2”, e como jurado nos programas de Jorge Chau, Waleska e Paulo Marques. E no “Bairro é o Maior”, apresentado por José Maria Marques, que foi ganho pelo Arruda.

Em 1987, quando João Carlos Paes Mendonça assumiu o Jornal do Commercio, depois de uma crise que havia suspendido a circulação do jornal por 40 dias, a relação ficou maior. Afinal, era um amigo de muitos e muitos anos e com relação corretíssima com minha situação de estar em outro jornal. Sergipanos, estamos unidos pela torcida pelo Confiança de Sergipe, clube do qual ele foi presidente e técnico. Em Pernambuco, dividimo-nos: ele foi para o Náutico, eu para o Sport. Já o conhecia de Aracaju, mas houve uma aproximação maior, quando fui para a inauguração do primeiro Bompreço do Recife, em Casa Amarela. Convidado por ele, estive em várias aberturas de lojas do Bompreço em vários estados, um deles São Paulo, e de shopping centers, na Bahia e no Ceará. Participei de todas as 35 confraternizações de final de ano com os jornalistas pernambucanos, que começaram no escritório dele, na Avenida Caxangá, quese tornaram grandes eventos. Depois de um hiato, em função da pandemia, o encontro foi retomado no ano passado. Também fui 22 vezes à festa de São Sebastião na Serra do Machado, sua terra natal, que tinha na programação sempre jantar no apartamento de Albano Franco.

Estou chegando hoje ao Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC)  com dupla sensação. De extrema felicidade e de enorme responsabilidade de substituir nomes que comandaram esta coluna. Todos, confesso com alegria, meus amigos: Altamiro Cunha, o pioneiro do colunismo social de Pernambuco, um gentleman na melhor acepção do termo, que encontrei muitas vezes em almoços no Hotel São Domingos e de quem recebi elogios e conselhos. Depois, Alex, com quem tive corretíssima concorrência por longos anos. Ele, ao lado de Fernando Machado e Sílvio Nicéas. Quando ele parou, o JC trouxe Orismar Rodrigues, uma figura querida que trabalhou comigo 18 anos e que, recordo, chorou quando veio me dar a notícia da sua ida, que me deixou triste pela perda e feliz pelo seu sucesso. Convivemos muito bem, até seu prematuro desaparecimento. Depois com Roberta Jungmann e Flávia de Gusmão.

E, agora, Mirella Martins, a quem tenho o enorme desafio de substituir num dos espaços mais respeitados do jornalismo pernambucano. Além da união pelo sobrenome Martins, amiga queridíssima, filha de Sarita Martins, médica famosa e maior “globe-trotter” que conheço, sempre dentro de avião pelo mundo, e casada com Leonardo Caribé. Comandou a coluna com os auxiliares Romero Rafael e Anneliese Pires e, ao lado da atual, Lara Calábria, que foi “albertete”, nome carinhoso como são chamadas as jovens jornalistas que começaram a carreira no meu blog. E também o fotógrafo Davyson Nunes, que permanece no Social 1. Lembro ainda de Danilo Marques, que assinava a coluna “Jovem Guarda”, quando eu fazia a “Nova Geração”, e de Antônio Azevedo e Moysés Kerstman, no "Diário da Noite”, uma espécie de edição vespertina do JC.

Quando recebi de João Carlos Paes Mendonça, no seu gabinete no JCPM Trade Center, a confirmação da ida de Mirella Martins para a diretoria de Marketing do SJCC e a missão de substituí-la, confesso que esses foi  um dos momentos mais felizes da minha vida. Felicidade que continuou quando fui apresentado aos diretores do grupo JCPM e quando cheguei ao prédio da Rua do Lima. Lá, ganhei muitas provas de carinho, de antigos companheiros de jornalismo, de outros que admirava e agora são meus colegas. Para ficar no lugar comum, no Jornal do Commercio estou me sentindo em casa. Extremamente entusiasmado e com toda a disposição para o desafio. Muito maior depois da consagradora divulgação da minha chegada, com chamada de primeira página e uma linda matéria, na edição do domingo passado.

Uma palavra de agradecimento ao Diario de Pernambuco, onde trabalhei por 60 anos, especialmente ao presidente Carlos Frederico Vital e à diretora de Jornalismo, Paula Losada, pela belíssima homenagem de despedida e pela publicação do artigo “João Alberto, um nome definitivo na história do jornalismo brasileiro”, do imortal Raimundo Carrero. E às milhares (confesso que fiquei feliz e surpreso com tantas) mensagens que recebi de parabéns pela chegada ao JC. Tentei agradecer a todas, mas não consegui ainda. De qualquer maneira deixo registrado o meu agradecimento nesta coluna de estreia.

As palavras de encerramento devem ser de agradecimento. A João Carlos Paes Mendonça, por me confiar  o maior missão que eu poderia receber. À maneira carinhosa como fui recebido pelos diretores Vladimir Melo, Laurindo Ferreira, Carlos Humberto, Mônica Carvalho, Marcelo Silva, Carla Seixas, Rafael Guimarães, Elton Ponce, Vagner Lins. Lúcia Pontes, Jaime de Queiroz Lima Filho. A Deus, que mais uma vez tem olhar carinhoso comigo. À minha família, especialmente Sheila Wanderley, uma peça fundamental no meu trabalho junto comigo, em todos os momentos, como fotógrafa e produtora dos meus programas na televisão. E ao meu maior patrimônio: o leitor que me acompanha há tantos anos e que passa a ter este café da manhã em novo endereço.

Nesta coluna de estreia me inspiro no “slogan” que João Carlos Paes Mendonça consagrou, “Orgulho de Ser Nordestino”. Eu tenho orgulho de ser do Jornal do Commercio.

Muito obrigado a todos.

 

 

 

 

 

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