Durante 11 anos, a Obra de Maria, em parceria com a Canção Nova realizou o Congresso de Pentecostes em Jerusalém, sempre atraindo milhares de peregrinos e famosos religiosos-cantores. No ano passado, estive na Terra Santa, conferindo o enorme sucesso, inclusive com apresentação da Orquestra Criança Cidadã, num anfiteatro com cinco mil pessoas. A guerra entre Israel e o Hamas inviabilizou a 12ª edição, já com estrutura armada e milhares de inscrições de peregrinos.
DESAFIO
Gilberto Barbosa, o notável líder religioso fundador da “Obra de Maria”, afeito a grandes desafios, não desanimou. Um mês depois do início do conflito, ele anteviu que o evento não poderia acontecer em Jerusalém. Estudou vários locais e acabou optando por Assis, a cidade santa, de São Francisco de Assis, Santa Clara e do beato Carlo Acuri. Conseguiu o apoio dos principais líderes de peregrinações do Brasil e de outros países.
LOCAL
A cidade de Assis fica a 196 quilômetros de Roma, por uma magnífica rodovia. De carro, o percurso leva em torno 2h45 e também pode ser feito de três ou ônibus. Na verdade é dividida em duas partes: a antiga, toda medieval, com o trânsito de veículos limitado e cheia de lojinhas, restaurantes, cervejarias e pequenos hotéis, em prédios antigos adaptados. Foi lá que o Congresso começou, com as palestras. E na parte da planicie, onde ficam os hotéis maiores e o Teatro Lirik, belo espaço de eventos, com capacidade para duas mil pessoas. Assis tem 27 mil habitantes, praticamente todos voltados para o turismo.
A MÃE
Gilberto Barbosa preparou uma fantástica surpresa para o domingo de Pentecostes: a presença de Antônia Salzano, mãe de Carlo Acuri, um jovem que morreu aos 15 anos, vítima de leucemia fulminante e que tornou, em 2020, por ato do Papa Francisco, o mais jovem beato da Igreja Católica, pelo seu exemplo de vida e um milagre, a cura de uma criança no Mato Grosso do Sul, no Brasil. Depois, vieram muitos milagres. Ele é chamado de “Beato de Jeans”, pela sua juventude. Seu corpo permanece intacto e pode ser visto na Igreja de Santa Maria Maior. O depoimento da sua mãe foi um dos grandes momentos do Congresso.
PRESTÍGIO
O Congresso atraiu 1,8 mil pessoas, de todos os continentes, sendo 1,5 mil brasileiros, em peregrinações com os famosos padres Fábio de Melo, Reginaldo Manzotti e Bruno, os freis Gilson e Josué e a irmã Karla Patrícia. Foram dois dias de muita fé e também de felicidade, pois a Renovação Carismática, é marcada pela alegria dos seus cultos, especialmente nos shows dos padres cantores e da irmã Kelly Patrícia. Chamava a atenção, por exemplo, a alegria contagiante das muitas freiras nos eventos.
HOMENAGEM
Gilberto Barbosa, o fundador e criador da Obra de Maria, ganhou emocionantes homenagens de todos os líderes religiosos que se apresentaram no congresso, cujo sucesso se deve principalmente ao seu trabalho e à sua equipe na Obra de Maria. Ao lado da Canção Nova, com seus dirigentes Luzia Santiago e Wellington Silva Jardim, cofundadores da instituição, que transmitiu todos os eventos do congresso.
COLUNA
O padre Reginaldo Manzotti me revelou o drama que sofreu, sendo obrigado a ficar quatro meses usando cadeira de rodas. Para fazer o show em Assis, teve que tomar um remédio e confessou que estava desobedecendo seu médico, ao dar alguns passos no palco. E disse: “Eu sou um milagre de Deus.”
O BRINCO
O padre Fábio de Mello revelou que está passando por uma mudança de vida, passando a privilegiar o lado religioso. Quer que as pessoas o procurem em busca de fé e não apenas para tirar uma selfie para colocar no Instagram. E revelou uma curiosidade: durante muito tempo usou brincos e cabelos compridos
EMOÇÃO
Outro momento de emoção foi quando o frei Gilson deu depoimento, afirmando que o padre Fábio de Mello foi um dos que se inspirou para ser padre.
PERNAMBUCANOS
Vera Ogando comandou o grupo de jornalistas que a Obra de Maria levou para acompanhar o evento: Roberta Soares, Leusa Santos, Ana Dubeux e Márcio Bonfim e mais Marina Bonfim e Sheila Wanderley.
RELÍQUIA
Um grande evento na sede da Obra de Maria, em São Lourenço da Mata, vai marcar a colocação na Capela de Santo João Paulo II em São Lourenço da relíquia do beato Carlo Arcuri, doada pela sua mãe, Antônia Arcuri. É o mais jovem beatificado pela Igreja Católica, que faleceu aos 15 anos. Ela também confirmou a Gilberto Barbosa que virá para a comemoração dos 35 anos de Obra de Maria, em janeiro.