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Veterinário explica quais cuidados tutores devem ter com gatos

Publicado em 17/10/2019 às 15:12 | Atualizado em 23/01/2020 às 18:49
Os gatinhos podem parecer independentes, mas precisam de cuidados tanto quanto os cães. Foto: Pixabay
FOTO: Os gatinhos podem parecer independentes, mas precisam de cuidados tanto quanto os cães. Foto: Pixabay
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Por mais independente que o gato aparente ser, ele precisa de cuidados especiais assim como qualquer outro pet. Mesmo que o comportamento seja diferente do comportamento de um cachorro, os felinos também precisam de atenção, carinho e responsabilidades com a sua saúde e bem-estar, afirma o veterinário Ricardo Cabral.

Entender as necessidades que a espécie felina tem é o primeiro passo para decidir se o indivíduo está apto para ter um gatinho ou não, explica o veterinário. Pensando nisso, Cabral elencou alguns dos cuidados básicos que são necessários ter com os gatos. Confira!

VACINAÇÃO

A vacinação deve ser a primeira preocupação dos tutores com a saúde de qualquer pet. Primeiro, é necessária uma avaliação com o veterinário para que ele consiga examinar o gatinho e se certifique de que ele está apto a ser vacinado. Animais com verminoses, malnutridos ou com alguma doença concomitante, não devem ser vacinados até que se resolva essa situação. Nos gatos, as vacinas consideradas essenciais são aquelas que protegem contra doenças graves e potencialmente fatais, como a panleucopenia e as viroses que causam o complexo respiratório felino, ou rinotraqueíte (herpesvírus e calicivírus). A vacina antirrábica também não deve ser esquecida.

ALIMENTAÇÃO

A alimentação para o gato deve ser pensada conforme sua idade, raça e porte físico. A ração deve preferencialmente ser deixada à vontade para o animal, disponível o dia todo, pois diferente dos cães, os gatos podem ter hábitos alimentares noturnos, por exemplo". Com relação à água, a dica é colocar o líquido em recipientes largos. Os felinos podem se incomodar com as vibrissas ("bigodes") tocando as bordas dos recipientes, já que esses são órgãos sensoriais muito sensíveis dos gatos. Cabral chama a atenção para o fato de que os gatos não são bons bebedores de água. Na natureza, os ancestrais dos gatos bebiam pouca água e dependiam mais do líquido presente na alimentação. Alguns gatos preferem água corrente, e para esses animais mais exigentes, estão disponíveis no mercado fontes e circuladores de água". Gatos que ingerem pouca água e só se alimentam de ração seca, podem desenvolver doenças urinárias como cálculos e doença renal crônica.

BANHO

Diferente dos cachorros, gatos não precisam de banhos tão frequentes, pois têm o hábito de se lamber para remover o excesso de pelos e sujidades. Os banhos podem ser mensais, ou a cada 3 meses, dependendo dos hábitos dos tutores e da aceitação do animal. Durante o banho, o correto é nunca utilizar produtos que não sejam específicos para a espécie. Quando produtos inadequados são utilizados, como shampoos e condicionadores para humanos, a chance de causar alergias e dermatites no felino são grandes.

ESCOVAÇÃO

Escovar o gato ajuda a manter o brilho e saúde da pelagem por mais tempo. Esse processo de escovação, além de criar um relacionamento afetivo com o felino, também auxilia na prevenção de bolas de pelo que os gatos costumam engolir enquanto se lambem e podem causar vômitos, diarreias, falta de apetite, entre outros sintomas. Uma sugestão é avaliar a periodicidade da escovação de acordo com o comprimento dos pelos. Se o pelo for curto, a escovação mensal é indicada. Para os gatos de pelo médio, a escovação pode ser necessária a cada 2 semanas. Já os gatos de pelos longos podem ser escovados dia sim, dia não.

HIGIENE DA CAIXA DE AREIA

Não é necessário ensinar um gato onde fazer suas necessidades fisiológicas, basta ter uma caixinha de areia na residência que o próprio animal, por instinto, enterrará sua sujeira. Esse instinto ocorre, pois, na natureza, um predador poderia localizá-lo mais facilmente pelo odor das fezes e urina. Por isso, ao enterrar, o gato reduz a chance de um cheiro característico denunciá-lo. O papel do tutor é deixar a caixinha de areia em um local de fácil acesso e limpá-la diariamente, com o intuito de deixar o ambiente melhor higienizado tanto para o pet quanto para os humanos que convivem com o animal. Outra dica é ter uma caixa de areia acima do número de gatos na casa. Por exemplo, se uma pessoa possui 3 gatos, o correto é ter 4 caixas de areia, pois os gatos não gostam de urinar ou defecar no território de outros animais. Muitos problemas de evacuação em local inapropriado podem ser solucionados aumentando o número de caixas de área disponíveis.

HIGIENE BUCAL

Assim como nós e os cachorros, os gatos também precisam ter uma rotina frequente de higiene bucal, com escovação feita com produtos específicos e uso de outras estratégias, como soluções orais que auxiliam nos mecanismos de defesa da boca. Manter uma saúde oral adequada previne o aparecimento de doenças causadas pelo acúmulo de placa bacteriana, como a doença periodontal. No mercado, é possível encontrar pastas de dentes para animais que previnem formação da placa bacteriana, do cálculo dentário (tártaro) e das doenças periodontais e sistêmicas secundárias. Ler a embalagem é fundamental para não adquirir produtos que contenham sabão na composição e causam mal-estar ao animal de estimação.

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