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COLUNA MEU PET

Saiba tudo sobre a dermatite em cães

Se o animal não for tratado, a doença pode comprometer a qualidade de vida

Amanda Rainheri
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Amanda Rainheri
Publicado em 10/12/2020 às 13:04
Foto: Pixabay
A dermatite crônica atinge 15% dos cães - FOTO: Foto: Pixabay

A dermatite atópica é uma doença alérgica crônica, que não tem cura, acometendo 15% dos cães. A doença ocorre pelo estímulo do sistema imune dos animais predispostos a partir de agentes alérgenos presentes naturalmente no ambiente. Quando o sistema imune é ativado, libera substâncias que causam os sintomas observáveis, como a pele vermelha (inflamação) e a coceira (prurido). Com isso, a qualidade de vida do animal fica comprometida se não for tratado.

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SINTOMAS

A coceira excessiva é o principal sintoma da doença e ela pode ser tão intensa a ponto de o animal se auto traumatizar, causando a vermelhidão e descamação da pele. Segundo o veterinário Ricardo Cabral, o sintoma é uma situação de aflição para toda a família, que sofre junto com o pet quando não consegue ajudá-lo. “Com o tratamento realizado corretamente, a coceira e a inflamação tendem a ficar controladas. Mas determinadas situações, como expor o animal a algum fator alérgeno, como ácaros de poeira ou pulgas, podem fazer com que esse sintoma se agrave novamente.”

Outro sintoma frequente é a inflamação, que pode ser percebida como eritema, ou pele avermelhada. Perda de pelo, lambidas e mordidas frequentes no local afetado, pele seca e escamosa são outras manifestações que a doença desperta no cão.

DIAGNÓSTICO

Para chegar ao diagnóstico é preciso primeiro eliminar as outras possibilidades de doenças que também causam coceira, como sarnas, infecções de pele e outras alergias, como à picada de pulga ou alimentar. “Para isso, é sempre necessária a avaliação de um médico veterinário, que irá proceder com os exames e condutas necessárias para chegar ao diagnóstico correto. É fundamental nessa fase um comprometimento total dos tutores do animal, pois o caminho do diagnóstico pode ser longo e dificultoso”, enfatiza Ricardo. Uma vez diagnosticado no cão a dermatite atópica, os tutores precisam estar cientes de que se trata de uma condição para a vida toda e que o tratamento se tornará uma rotina, sendo fundamental o comprometimento.

TRATAMENTO

O objetivo do tratamento é baseado no controle dos sintomas, já que a doença é considerada crônica. Neste caso, estar atendo é essencial, pois diferentes agentes alérgenos podem ser gatilhos para uma retomada de sintomas. Uma parte importante do tratamento consiste em oferecer elementos que ajudem na reconstituição da função de barreira da pele, como shampoos hidratantes e óleos essenciais. Mas Ricardo ressalta que é muito importante também o uso de medicamentos que diminuam a ação do sistema imune, geralmente hiper-responsivo nesses casos. Para isso, os corticoides são bastante utilizados, mas apesar de se mostrarem eficazes no alívio do prurido, causam fortes efeitos colaterais e doenças metabólicas a longo prazo.

“Como alternativa aos corticoides, recentemente a Virbac trouxe para o Brasil um tratamento amplamente utilizado na Europa, o Cyclavance. Trata-se do único medicamento veterinário do mercado à base de ciclosporina, considerado um princípio ativo de alta eficácia no tratamento da dermatite atópica canina,” explica. A substância tem sua eficácia recomendada pelo Comitê Internacional de Doenças Alérgicas dos Animais (ICADA). Apesar de também demandar um tratamento contínuo, ela permite melhora do prurido (coceira) e da inflamação em poucos dias. “Em 3 a 4 semanas, a aparência da pele e lesões também já melhoram, sendo possível, após esse controle inicial, uma redução na frequência de administração do medicamento, conforme a resposta de cada paciente”, complementa o veterinário.

AGRAVANTES DA DOENÇA

De acordo com Ricardo, o maior agravante da doença alérgica, em especial a dermatite atópica, é que ela é mais uma síndrome do que uma doença. Na prática, isso quer dizer que não existe um tratamento único e ele pode não ser o mesmo para todos os animais atópicos, cada paciente é único e por isso a orientação do médico veterinário é fundamental. “Podem ser necessários produtos tópicos no protocolo terapêutico, como shampoos hidratantes e pipetas para reposição da barreira cutânea; uso de corticoides tópicos ou mesmo associação de suplementos compostos por ácidos graxos essenciais; em alguns casos pode ser necessária a associação de diferentes medicamentos para o controle dos sintomas, consulte sempre um médico veterinário”, indica o profissional.

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