Já ficou muito claro para todos que o trânsito só vai melhorar se o transporte público tiver um padrão aceitável. Nada mais justo que o transporte individual financie o coletivo", Elias Vaz, vereador de Goiânia e autor do projeto que virou leiA lei foi publicada no Diário Oficial e já está vigorando. “Vivemos um debate sobre fontes de financiamento para o transporte público. A solução não pode ser o aumento da tarifa. Nada mais justo que o transporte individual financie o transporte público. Este modelo inclusive já é adotado em algumas das principais cidades do mundo”, defendeu o autor do projeto, vereador Elias Vaz (PSB), à imprensa local, segundo informações divulgadas pela Câmara de Vereadores de Goiânia. A medida aprimora a lei que previa a instalação de parquímetros na cidade, aprovada em 2003. Com a alteração, é definido que os recursos terão que ser destinados ao fundo. “Já ficou muito claro para todos que o trânsito só vai melhorar se o transporte público tiver um padrão aceitável. Nada mais justo que o transporte individual financie o coletivo”, afirmou o vereador. Pelos números divulgados pela Secretaria Municipal de Trânsito de Goiânia (SMT), foram arrecadados R$ 1,1 milhão entre janeiro e julho deste ano. Em 2015, o estacionamento rotativo gerou R$ 1,8 milhão. Na prática, entretanto, o que existe até agora em Goiânia é uma lei. O fundo foi criado, mas ainda é cedo para garantir que ele receberá, de fato, os recursos, tão cobiçados em qualquer gestão pública. É tanto que a Secretaria Municipal de Trânsito de Goiânia (SMT) afirmou não haver previsão para que a prefeitura regulamente o fundo. Mas na visão do parlamentar responsável pelo projeto, será uma forma de evitar que a arrecadação seja destinada para cobrir outras despesas. “É a garantia de que o dinheiro do cidadão terá destino certo”, avaliou em declaração ao portal O Hoje.
Mobilidade
Por Roberta SoaresNotícias e análises sobre transporte público, transporte individual, micromobilidade e soluções para a mobilidade urbana