Venha andar no VLT Carioca - uma mudança de cultura no transporte urbano

Publicado em 29/11/2016 às 9:23 | Atualizado em 13/07/2018 às 10:06
VLT Carioca. Fotos: Roberta Soares
FOTO: VLT Carioca. Fotos: Roberta Soares
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VLT Carioca. Fotos: Roberta Soares
cortada - VLT Carioca. Fotos: Roberta Soares
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  O VLT Carioca é um charme. E representa uma mudança de cultura no transporte urbano brasileiro. Por várias razões. A maior delas, talvez, seja a integração com a cidade que o modal - leve e sobre trilhos - permite, transformando completamente uma via pesada como a Avenida Rio Branco, no Centro do Rio de Janeiro. De avenida para carros e mais carros, e alguns ônibus, passou a uma ampla rua onde se caminha, se pedala, se interage com a cidade, com as pessoas. Um aprazível boulevard. É simbólico e vale a pena conhecer. Outra mudança proporcionada pelo VLT Carioca, em operação comercial desde junho, é cultural. Seja na hora em que obriga pedestres, ciclistas e condutores a conviverem com um equipamento tão silencioso que pode assustar os distraídos, ou quando faz o cidadão exercer a honestidade de forma individual. Isso porque o modelo de operação adotado pela concessionária VLT Carioca, que implantou e gerencia o sistema, confia o pagamento da tarifa  - R$ 3,80, a mesma dos ônibus - ao passageiro. Não há catracas para entrar no VLT Carioca. Apenas os validadores para que a passagem seja paga no interior do veículo.  
  Nas estações que estão operando na linha 1 (Rodoviária-Aeroporto Santos Dumont), há sempre uma máquina de venda dos cartões eletrônicos. Cabe ao usuário pagar a tarita, espontaneamente, ao entrar no VLT. "Sempre dizemos que o pagamento é voluntário, mas obrigatório. Quem não paga pode passar por constrangimentos. Existe uma lei municipal que multa em R$ 170 o passageiro que não paga a passagem e, no caso de reincidência, R$ 255. Temos uma equipe de fiscalização que está sempre nos veículos, conferindo, eletronicamente, se a tarifa foi paga. Guardas municipais estão ao lado e são eles que aplicam a multa pelo CPF da pessoa, também convidada a sair do VLT. E quem não paga a multa municipal pode restrições de crédito", explica o gerente de operações do VLT, Paulo Fernando. LEIA TAMBÉM Quando o transporte público é levado a sério  
O VLT Carioca é, de fato, uma mudança de cultura. É um transporte de qualidade. Poderia ser um pouco mais rápido, mas entendemos as razões para a baixa velocidade", Alan Barreto, passageiro
  cortada7   O Blog De Olho no Trânsito andou e conversou com passageiros e gestores do VLT Carioca durante o 17º Etransport, um dos maiores eventos de transporte urbano do País. Esqueça o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que opera entre Jaboatão dos Guararapes e o Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. Aquilo não segue a concepção de um VLT. Foi mais um dos inúmeros "arrumadinhos" feitos no transporte urbano de Pernambuco. O VLT Carioca atravessa toda a extensão da Avenida Rio Branco, ligando a Rodoviária ao Santos Dumont e passando pelas áreas reurbanizadas do Centro do Rio - Porto Maravilha. Interliga a região portuária ao centro financeiro da cidade e ao aeroporto. Atualmente está com 14 km de extensão e 19 paradas e estações, transportando 35 mil passageiros por dia. Quando estiver com a operação plena, terá 31 paradas e estações, nove pontos de integração com outros modais, 28 km de extensão e transportará 300 mil passageiros/dia. O VLT Carioca é uma PPP e tem custo de R$  1,1 bilhão (recursos federais e municipais).  

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