Paulo Câmara diz que valor de R$ 2,15 para a tarifa única foi apenas um exemplo de campanha

Publicado em 19/01/2017 às 20:10 | Atualizado em 19/01/2017 às 20:12
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  Da Editoria de Política O governador Paulo Câmara (PSB) afirmou nesta quinta-feira (19/11), que o valor de R$ 2,15 para a tarifa única, promessa da campanha ao governo do Estado em 2014, foi apenas um exemplo porque era a quantia cobrada, na época, pelo anel A, utilizado por 85% dos passageiros do transporte por ônibus da Região Metropolitana do Recife.  O compromisso feito há pouco mais de dois anos foi resgatado nas redes sociais recentemente, após o reajuste das passagens de ônibus, definido às pressas pelo Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), na sexta-feira (13/01).
"R$ 2,15 era o exemplo na época da campanha em que todas as passagens seriam unificadas pelos R$ 2,15. A gente vai continuar essa busca", Paulo Câmara, governador de PE
"A gente tem o compromisso de fazer o bilhete único do Anel A. R$ 2,15 era o exemplo na época da campanha em que todas as passagens seriam unificadas pelos R$ 2,15. A gente vai continuar essa busca", disse Paulo Câmara, após empossar o vice-governador Raul Henry (PMDB) como secretário de Desenvolvimento Econômico. De acordo com Paulo Câmara, apesar do reajuste recente, o governo estadual trabalhou para aliviar o bolso dos usuários do transporte público de passageiros.  
  "A diferença entre os anéis já foi maior. Em breve, com a situação econômica melhorando, a gente espera subsidiar mais o transporte público. Hoje, infelizmente não está sobrando dinheiro para o subsídio. O que a gente está buscando é garantir as conquistas, como o Passe Livre. É um esforço que a gente faz todo ano para que os estudantes da rede pública de ensino tenham acesso aos ônibus sem pagar as tarifas. E vamos trabalhar para que, até o final de 2018, a gente tenha condições de implantar o bilhete único, com tarifa única", declarou. Desde que assumiu o governo estadual, Paulo Câmara foi alvo de críticas pelo aumento das passagens de ônibus. Em 2015, a tarifa A passou de R$ 2,15 para R$ 2,45. Em 2016, foi reajustada para R$ 2,80. Este ano, um novo reajuste, para R$ 3,20. No ano passado, o então secretário das Cidades, André de Paula, que hoje cumpre mandato de deputado federal pelo PSD, chegou a descartar a tarifa única a R$ 2,15 e explicou que a proposta de Paulo Câmara era de acordo com a tarifa A em vigência.  
  Agora, o órgão responsável por gerir o transporte público na Região Metropolitana não foi tão incisivo quanto a declaração de André de Paula, mas também não assegura o cumprimento da promessa. A PROMESSA Ao se verificar o discurso de Paulo Câmara e o texto utilizado na propaganda eleitoral gratuita, a referência à tarifa única é no valor de R$ 2,15 e não se fala em um valor genérico. LEIA MAIS Aumento das passagens: um jogo de cartas marcadas Prepare o bolso: passagens de ônibus da RMR sobem 14,26%. Anel A passa de R$ 2,80 para R$ 3,20 Aumento na tarifa de ônibus: um erro eternizado pelas redes sociais Após aumento de passagem, 467 ônibus devem ser renovados em 2017 Aumento da tarifa do metrô é descartado   "Hoje, no transporte coletivo da Região Metropolitana tem uma passagem a R$ 3,30 e outra a R$ 2,15. Vamos fazer com que toda passagem seja R$ 2,15", discursou Paulo em um ato de campanha no Córrego do Jenipapo (veja vídeo acima). A reportagem do JC questionou a assessoria do Grande Recife Consórcio de Transporte (GRCT) sobre a viabilidade de implantar a tarifa única até 2018. O órgão estadual informou que a medida já está sendo executada de acordo com a nota a seguir: "A integração temporal já é aplicada na Região Metropolitana do Recife, onde 64 linhas funcionam nesse sistema, das quais sete fazem integração às estações de metrô. Dessa maneira, o usuário pode pegar duas linhas pagando apenas uma única tarifa ou fazendo a complementação, caso elas sejam de valores distintos. O VEM deve ser utilizado no segundo ônibus em até duas horas após ter sido usado no primeiro. A ampliação da integração temporal deve passar por estudos, que ainda não estão finalizados".

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