Soluções para o comércio informal na Nova Conde da Boa Vista em discussão

Publicado em 10/04/2019 às 11:36 | Atualizado em 12/05/2020 às 12:22
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Prefeitura diz que haverá espaço para apenas 50 fiteiros na Nova Conde da Boa Vista. Categoria alega que mais de 300 ambulantes sobrevivem da avenida atualmente. Fotos: Felipe Ribeiro/JC Imagem

 

A recolocação do comércio informal – o ponto mais polêmico de todo o projeto de requalificação da Avenida Conde da Boa Vista, principal corredor de transporte coletivo não só do Recife, mas de toda a Região Metropolitana – será tema de um workshop aberto ao público e promovido pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Informal (Sintraci). O Workshop Nova Conde da Boa Vista e o Comércio Popular começa nesta quinta-feira (11/4) e segue até o sábado (13/4).

As inscrições para o Workshop Nova Conde da Boa Vista e o Comércio Popular podem ser feitas AQUI

O objetivo é discutir e identificar soluções para a recolocação dos ambulantes no projeto da Nova Conde da Boa Vista, como a Prefeitura do Recife tem chamado a intervenção que promete não só requalificar, mas principalmente humanizar a avenida, colocando o pedestre e o passageiro do transporte coletivo como atores principais. As promessas do município são muitas, mas passam pela retirada severa do comércio popular da via, especialmente nas imediações do Shopping Boa Vista e esquina da Conde da Boa Vista com a Rua Gervásio Pires.

CONFIRA

a Série de reportagens A Nova Conde da Boa Vista

As polêmicas do projeto de requalificação da Avenida Conde da Boa Vista  

 

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O secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, já afirmou e reafirmou que haverá lugar para apenas 50 unidades para o comércio informal e, mesmo assim, serão apenas fiteiros, ou seja, pequenas estruturas que ficarão instaladas ao longo do corredor e que não poderão comercializar alimentos, por exemplo. A prefeitura disse, ainda, que têm o cadastro de 79 profissionais e que tentará acomodar mais alguns em vias do entorno, como foi feito na Rua 7 de Setembro. Mas muitos ficarão de fora, já que o Sintraci afirmou, em diversas entrevistas à imprensa, ter mais de  300 ambulantes sobrevivendo da Conde da Boa Vista atualmente. Já falou, inclusive, em 500.

Por isso, a necessidade do workshop, que contaria com a participação de representantes da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), órgão que está à frente do projeto da Nova Conde da Boa Vista e iria apresentá-lo para discussão. A Emlurb, segundo os organizadores, chegou a dizer que participaria, mas depois voltou atrás. O workshop tem dois objetivos específicos: identificar, considerando o novo projeto, estratégias de desenho urbano que permitam acomodar um número maior do comércio popular sem prejudicar a circulação da população, e propor ações de educação cidadã para comerciantes, usuários e agentes do controle urbano.

 

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