INFRAESTRUTURA

Concessão pública da BR-232 leva Estado a pedir fim de convênio

A possível concessão pública da BR-232 faz parte de um pacote de 5.348 quilômetros de rodovias federais, que cortam 11 Estados

Roberta Soares Roberta Soares
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Roberta Soares
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Publicado em 25/10/2020 às 8:59 | Atualizado em 25/10/2020 às 20:28
BRENDA ALCÂNTARA/JC IMAGEM
Assim como foi na BR-101, o principal alerta é em relação ao pavimento. E a recomendação é de que ele seja o chamado pavimento rígido, ou seja, de concreto, para suportar o volume de tráfego e de cargas - FOTO: BRENDA ALCÂNTARA/JC IMAGEM

A transformação da BR-232 em uma rodovia pedagiada vem ganhando força e, por isso, o cidadão já deve esperar a mudança em poucos anos. A decisão do governo federal de incluir o eixo pernambucano no pacote de rodovias que serão estudadas para concessão pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), numa parceria com o Ministério da Infraestrutura, provocou, inclusive, o pedido de antecipação do fim do convênio de delegação da BR pelo governo de Pernambuco, previsto para acabar apenas em 2027.



Embora os estudos ainda estejam em fase inicial, com perspectiva de, havendo viabilidade econômica, a concessão do trecho entre Recife e Caruaru ser licitada apenas em 2022, o fim do convênio com Pernambuco é fundamental para dar legalidade administrativa ao processo, contratado pelo governo federal. O Ministério da Infraestrutura informou, por email, que está sendo estudada, sim, a dissolução antecipada do convênio em comum acordo com o governo de Pernambuco. Assim, o controle voltaria para as mãos do Dnit e a futura restauração seria comandada pelo órgão.

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Duplicação da BR-232 foi concluída em 2004 e custou R$ 400 milhões, recursos da venda da Celpe - BRENDA ALCÂNTARA/JC IMAGEM

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Os números da BR - Thiago Lucas/ Artes JC

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As causas mais frequentes dos registros - Thiago Lucas/ Artes JC

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Os quilômetros da rodovia que mais registraram colisões e atropelamentos - Thiago Lucas/ Artes JC

Segundo o Ministério, o Estado alegou não mais “subsistir conveniência administrativa para mantê-lo”. Disse não ter recursos para a implantação do sistema de gestão do pavimento na rodovia e, ao mesmo tempo, fazer a recuperação estrutural e funcional da malha viária estadual por causa da recessão econômica provocada pela pandemia da covid-19. O fato de a concessão administrativa da rodovia não ter avançado nesses 18 anos de convênio também teria complicado a situação. Segundo informações repassadas pela assessoria de imprensa, o Ministério da Infraestrutura está analisando as condições da via e as obrigações de cada parte no convênio para viabilizar o encerramento.

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Estrada já não tem mais placas de sinalização entre Recife e Caruaru - BRENDA ALCÂNTARA/JC IMAGEM


A possível concessão pública da BR-232 faz parte de um pacote de 5.348 quilômetros de rodovias federais, que cortam 11 Estados. A previsão é que os estudos do BNDES sejam concluídos no terceiro semestre de 2021 e que os leilões aconteçam em 2022. O governo federal acredita que o pacote de concessões resulte em R$ 30 bilhões em investimentos.

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Segundo o Ministério, o Estado alegou não mais "subsistir conveniência administrativa para mantê-lo" - BRENDA ALCÂNTARA/JC IMAGEM

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O Ministério da Infraestrutura informou, por email, que está sendo estudada, sim, a dissolução antecipada do convênio em comum acordo com o governo de Pernambuco - BRENDA ALCÂNTARA/JC IMAGEM

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