SÉRIE JC NAS ESTRADAS

Estrada da Curcurana, no Grande Recife, precisa ter sentido único para reduzir perigo, apontam especialistas

Com a mão única seria possível implantar calçada e ciclovia nos trechos mais adensados

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Roberta Soares

Publicado em 05/05/2021 às 11:37 | Atualizado em 05/05/2021 às 11:40
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JC nas Estradas

A Coluna Mobilidade está percorrendo alguns dos principais eixos rodoviários da Região Metropolitana do Recife na série de reportagens JC nas Estradas. A proposta é mostrar os gargalos viários, o impacto da transformação de muitas dessas estradas em avenidas urbanas para a população, e dentro do possível, fazer sugestões que possam melhorar a infraestrutura.

Para validar as visitas, conta com a parceria de engenheiros do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-PE). Na Estrada da Curcurana, a participação foi do vice-presidente do Crea-PE, Stênio Cuentro, e do consultor em pavimentação e professor do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Sidiclei Magalhães.

ARTES JC SOBRE IMAGEM DO GOOGLE MAPS
Localização da Estrada da Curcurana - ARTES JC SOBRE IMAGEM DO GOOGLE MAPS

MÃO ÚNICA PODE RESGATAR SEGURANÇA VIÁRIA

Estreita e perigosa, a única solução para reduzir a insegurança viária da Estrada da Curcurana, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, é transformá-la em sentido único. Essa é a solução apontada pelos engenheiros que acompanharam a reportagem do JC na visita à rodovia.

A Estrada da Curcurana liga o litoral de Jaboatão ao município do Cabo de Santo Agostinho, com acesso à “antiga” BR-101 Sul, em Pontezinha. São 10 mil veículos circulando diariamente e muitos deles são caminhões que usam a rota para evitar o pagamento da via pedagiada que também conecta as duas cidades pelo litoral.

FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
Estradas da região metropolitana no Recife apresentam diversos problemas com falta de manutenção. (ESTRADA DA CURCURANA) - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

Confira a série de reportagens JC NAS ESTRADAS

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Duplicar a Estrada da Curcurana seria algo difícil sob vários aspectos. Ela corta uma área de mangue e custaria caro porque exigiria desapropriações. A solução seria transformá-la em mão única e jogar o tráfego contrário por outras vias do entorno, que precisariam ser pavimentadas”,
sugere o vice-presidente do Crea-PE, Stênio Cuentro

FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
Stênio Cuentro, vice-presidente do Crea-PE - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

A questão é que a Curcurana é uma uma via simples, com uma largura que nem lhe permite ser definida como rodovia - tem duas faixas com menos de três metros, quando o mínimo para a classificação são 3,5 metros por faixa. Não há acostamento, calçada nem qualquer espaço para circulação de ciclistas. Com o sentido único seria possível implantar calçada e ciclovia nos trechos mais adensados.

“Duplicar a Estrada da Curcurana seria algo difícil sob vários aspectos. Ela corta uma área de mangue e custaria caro porque exigiria desapropriações. A solução seria transformá-la em mão única e jogar o tráfego contrário por outras vias do entorno, que precisariam ser pavimentadas”, sugere o vice-presidente do Crea-PE, Stênio Cuentro. Segundo o engenheiro, não seria necessário o sentido único em toda a via, mas apenas em metade da extensão.

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Curcurana segue como uma via simples, com uma largura que nem lhe permite ser definida como rodovia - tem duas faixas com menos de três metros, quando o mínimo para a classificação são 3,5 metros por faixa - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
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Estradas da região metropolitana no Recife apresentam diversos problemas com falta de manutenção. (ESTRADA DA CURCURANA) - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
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Estradas da região metropolitana no Recife apresentam diversos problemas com falta de manutenção. (ESTRADA DA CURCURANA) - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
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Estradas da região metropolitana no Recife apresentam diversos problemas com falta de manutenção. (ESTRADA DA CURCURANA) - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
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Engenheiros que acompanharam o JC na visita à Estrada da Curcurana - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

“A Estrada da Curcurana tem quase 6 metros de largura (5,96 metros). Com um sentido único, o poder público poderia criar uma ciclovia bidirecional de 1,5 metro, uma calçada de 2 metros e deixar uma faixa de rolamento para os veículos de 3,5 metros”, diz. O engenheiro Sidiclei Magalhães, consultor em pavimentação e professor do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), lembra que é fundamental pavimentar e implementar vias no entorno da Curcurana. “Só assim vamos criar uma capilaridade com as ruas de terra do entorno. A estrada é uma rota importante de entrada e saída Sul do Grande Recife”, pontua.

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Duplicar a Estrada da Curcurana seria algo difícil sob vários aspectos. Ela corta uma área de mangue e custaria caro porque exigiria desapropriações. A solução seria transformá-la em mão &uacu

sugere o vice-presidente do Crea-PE, Stênio Cuentro

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