COLUNA MOBILIDADE

Aplicativos como aliados do trânsito

Mesmo com as ponderações e as limitações à metodologia dos levantamentos realizados, é impossível negar o quanto os aplicativos que têm base na geolocalização podem contribuir para a mobilidade urbana das cidades

Roberta Soares
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Roberta Soares
Publicado em 13/03/2022 às 0:00 | Atualizado em 14/03/2022 às 16:41
GUGA MATOS/JC IMAGEM
Das nove capitais brasileiras que integram o ranking anual Traffic Index da TomTom em 2021, o Recife foi a que teve o pior desempenho no Brasil, mesmo com o País apresentando melhorias em relação à circulação de 2019 - FOTO: GUGA MATOS/JC IMAGEM
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Mesmo com as ponderações e as limitações à metodologia dos levantamentos realizados, é impossível negar o quanto os aplicativos que têm base na geolocalização podem contribuir para a mobilidade urbana das cidades. Apresentam dados reais, em tempo real. O Recife, por exemplo, assim como muitas capitais, não calcula sequer o índice de congestionamento na cidade, mas poderia ter, ao menos, uma percepção aproximada e diária das retenções fazendo uso de dados disponibilizados por plataformas como Waze e TomTom. E tudo isso, vale ressaltar, de graça ou, no máximo, com um custo de ter uma equipe de profissionais capacitados para analisar as informações disponíveis.

Heber Cruz, um dos dez mil editores de mapas do Waze que atualmente estão ativos e é profissional da área de TI, é quem ensina. Morador do Recife, alerta que o trânsito da capital pernambucana tem problemas de congestionamentos que claramente seriam resolvidos com intervenções. E que muitos pontos de conflito viário da cidade - para sorte da população - ainda não chegaram ao patamar em que nem mesmo a tecnologia resolve. Ao contrário.

"O trânsito do Recife tem engarrafamentos que claramente precisam de intervenção. Que estão relacionados com tecnologia da informação. Os gestores deveriam usar os dados de engarrafamento e ter controle dos semáforos. Você passa por um sinal livre e pega vários outros fechados. São muitos trechos pequenos de retenção por causa dos cruzamentos. A camada de dados de engarrafamento que o Waze disponibiliza, por exemplo, ajudaria muito. É um desperdício ter tanta informação e ver o poder público ignorá-la em geral", lamenta.

A utilização dos dados de georreferenciamento pelo poder público, inclusive, é algo desejado e estimulado pelos aplicativos. O Waze, por exemplo, tem o projeto Waze for Cities, aberto aos órgãos e empresas públicas interessadas. É uma troca de dados totalmente gratuita e disponível.

Mas no Recife, no Brasil e no mundo, é quase regra o não aproveitamento dessas informações para a gestão do trânsito. "São informações que ajudam no planejamento das obras e das ações de trânsito em toda a cidade", explica Douglas Tokuno, coordenador de parcerias e do Waze Carpool para a América Latina.

 

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OOs congestionamentos custam R$ 267 bilhões por ano ao País, o equivalente a 4% do Produto Interno Bruto (PIB) - FOTO:BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
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Coluna de Mobilidade - Roberta Soares - FOTO:JC IMAGEM
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Cenário - FOTO:ARTES: THIAGO LUCAS/ ARTES JC - FOTOS: GUGA MATOS/ JC IMAGEM

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