BLOQUEIOS NAS ESTRADAS

BLOQUEIOS NAS ESTRADAS: MPF vê prevaricação, violência política e pede que PF investigue chefe da PRF

Pedido foi para abertura urgente de inquérito sobre a conduta do diretor-geral nas Eleições 2022

Roberta Soares
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Roberta Soares
Publicado em 02/11/2022 às 18:19 | Atualizado em 02/11/2022 às 19:38
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF, é apoiador reconhecido do presidente Jair Bolsonaro - FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Do Estadão Conteúdo
O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta quarta-feira, 2, à Polícia Federal (PF) a abertura urgente de um inquérito sobre a conduta do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, nas Eleições de 2022.
O documento aponta indícios de prevaricação, violência política e omissão na desmobilização dos protestos que bloquearam estradas federais após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL). As interdições seguem após três dias em pelo menos 15 Estados.
A corporação vem repetindo que, desde que encontrou os primeiros bloqueios na estradas, "adotou todas as providências para o retorno da normalidade do tráfego de veículos".
O inquérito também deve investigar se as abordagens feitas no último domingo, 30, a ônibus e veículos, dentro do horário de votação e sobremaneira no Nordeste do País - onde predomina o eleitorado do presidente eleito Lula (PT) - afetaram o "livre exercício do direito de voto".
REPRODUÇÃO
Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF - REPRODUÇÃO
Mesmo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibir operações relacionadas ao transporte público de eleitores, a PRF fez ao menos 560 operações, com foco no Nordeste. Eleitores denunciaram abordagens irregulares e o PT encampou a narrativa de que a corporação foi usada politicamente para dificultar o voto na região, predominantemente lulista.
272 no Nordeste (49,5%)
59 no Norte (10,7%)
48 no Sudeste (8,74%
48 no Sul (8,74%)
A versão da Polícia Rodoviária Federal é a de que as operações tinham o objetivo de combater o transporte irregular de eleitores, com base no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
A investigação sobre o diretor-geral da PRF foi requisitada a pedido de membros da 2.ª e da 7.ª Câmaras da Procuradoria Geral da República (PGR), compostas por subprocuradores-gerais da República. Eles apontaram "má conduta" na gestão da corporação e possível desvio de finalidade visando "interferir no processo eleitoral".
Como mostrou o Estadão, Silvinei Vasques pediu votos para Bolsonaro nas redes sociais na véspera do segundo turno. A publicação foi apagada após a repercussão na imprensa.
COM A PALAVRA, O DIRETOR-GERAL DA PRF
A reportagem entrou em contato com a corporação e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação.
 
REPRODUÇÃO
O inquérito também deve investigar se as abordagens feitas no último domingo, 30, a ônibus e veículos, dentro do horário de votação e sobremaneira no Nordeste do País - onde predomina o eleitorado do presidente eleito Lula (PT) - afetaram o "livre exercício do direito de voto" - FOTO:REPRODUÇÃO

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