Lula vai REGULAMENTAR Uber, iFood ou Rappi? Trabalhadores terão direitos da CLT? Entenda o que pode mudar
O presidente da república vai discutir a implementação da regulamentação de atividades remuneradas realizadas por aplicativos
O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), irá se reunir nesta quarta-feira (18), com lideranças sindicais para tratar sobre vários temas trabalhistas.
O encontro, que vai acontecer no Palácio do Planalto, vai ter como pauta o reajuste do salário-mínimo e a regulamentação de atividades trabalhistas via aplicativos.
PARALISAÇÃO DOS ENTREGADORES DE APLICATIVOS É CANCELADA APÓS REUNIÃO
Na última terça-feira (17), entregadores de aplicativos decidiram cancelar a greve que iria acontecer na próxima semana após reunião com o secretário de Economia Solidária, Gilberto Carvalho.
A autoridade garantiu aos líderes da mobilização que a regulamentação dos aplicativos é uma das suas principais pautas, tornando assim as exigências da categoria algo a ser considerado na reunião.
As principais pautas do momento da categoria que devem ser debatidas são as seguintes:
- Melhorias nas condições de trabalho;
- Aumento da taxa de entrega;
- O fim das entregas duplas e triplas dentro de um mesmo trajeto;
- Criação de um fundo social para a proteção de trabalhadores, entre outras.
CLT É VANTAGEM PARA MOTORISTAS DE APLICATIVO?
De acordo com o presidente da Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (AMASP), Eduardo Lima de Souza, em fala ao UOL Carros, comentou sobre o assunto.
Segundo o mandatário, a regulamentação dos aplicativos levaria a perda de autonomia dos motoristas e levaria a insegurança os trabalhadores da categoria:
“A CLT nos obrigando a cumprir horários e a fazer toda e qualquer corrida, mesmo sem nos sentir confortáveis. As plataformas e o governo não nos oferecem segurança para trabalhar dessa maneira”.
“O que nós queremos é ter direitos previdenciários, mas preservando nossa autonomia", afirma o presidente da AMASP”, pontuou.
O assunto está sendo pautado desde o governo de transição encabeçado por Clemente Ganz Lúcio que, desde 2017, é um crítico ferrenho da reforma trabalhista criada e aprovada por Michel Temer.
Com a reunião, o debate entrou de vez nas principais pautas do governo que visa conceder benefícios como jornada de trabalho, descanso semanal remunerado, aposentadoria e seguro desemprego.