Greve de ônibus: paralisação dos motoristas de ônibus de São Paulo dá início à temporada de greves no transporte público do País
Isso porque, quase toda a categoria rodoviária tem nesse período - meses de maio a julho - a discussão de reajuste salarial com os empresários
A greve dos motoristas de ônibus de São Paulo programada para a próxima sexta-feira (7/6) marca o início da temporada de paralisações no transporte público brasileiro. Isso porque, quase toda a categoria rodoviária tem nesse período - meses de maio a julho - a discussão de reajuste salarial com os empresários.
São Paulo dá mais visibilidade à questão pela dimensão do que representa o transporte público coletivo da maior capital do País e uma das maiores do mundo, inclusive puxando um movimento de paralisação também no metrô paulistano.
São Paulo tem uma frota de quase 12 mil ônibus, que operam 1.300 linhas e transportam, em média, 2,5 milhões de pessoas por dia. Já o metrô paulistano transporta 4 milhões de passageiros diariamente em seis linhas, duas delas privatizadas.
SITUAÇÃO DO TRANSPORTE PÚBLICO NO GRANDE RECIFE
Outras cidades já iniciaram o mesmo processo, algumas com greves previstas e outras com movimentos já descartados. Na Região Metropolitana do Recife, por exemplo, não é diferente. Os rodoviários já começaram a trabalhar internamente para a campanha e, em breve, a população deve começar a ter notícias do movimento, inclusive com protestos e paralisações nos principais corredores viários da área central do Recife.
No caso do Grande Recife, a expectativa é de que a discussão entre rodoviários e empresários de ônibus seja ainda mais pesada porque a categoria alega estar numa situação ainda mais difícil do que em outros anos, com motoristas trabalhando no limite, em dupla função e sendo agredidos fisicamente por passageiros e vândalos.
A PARALISAÇÃO DE MOTORISTAS EM SÃO PAULO
Em São Paulo, motoristas de ônibus urbanos, cobradores e técnicos de manutenção aprovaram, na tarde desta segunda-feira (3/6) em assembleia da categoria, iniciar uma paralisação a partir da próxima sexta-feira no município de São Paulo.
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A greve pode afetar todas as linhas da cidade.O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas-SP) pede reajuste inflacionário de 3,69%, mais 5% de aumento real, além de reposição das perdas salariais decorrentes da pandemia, de 2,46%, apuradas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A categoria, entretanto, diz estar aberta, até a próxima quinta-feira (6), a receber uma nova proposta salarial das empresas. De acordo com o SindMotoristas, "os patrões acenaram com apenas 2,77% e composição da diferença pelo Salariômetro (índice medido pela FIPE)", mas a proposta já havia sido rejeitada em assembleia no mês de setembro.
A decisão dos trabalhadores foi tomada nesta segunda porque precisa respeitar o prazo legal de 72 horas de antecedência para o início da greve.