Pode até ser que a equipe do Ministério da Saúde, comandada interinamente pelo general Eduardo Pazuello e uma “esquadra” formada por dezenas de militares tenham informações que a maior parte dos cientistas do mundo desconhece, mas o governo brasileiro vai manter a indicação do uso da cloroquina no enfrentamento do coronavírus, mesmo após a Organização Mundial da Saúde (OMS) determinar a suspensão dos testes usando o medicamento.
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A decisão da OMS está fundamentada no estudo publicado na revista científica The Lancet feita com 96 mil pacientes. Os cientistas chegaram à conclusão que “não houve eficácia da cloroquina no enfrentamento do coronavírus”. O estudo aponta, ainda, que “o uso do medicamento pode provocar arritmia cardíaca nos pacientes”.
A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro disse que a pesquisa divulgada na revista sobre o uso da cloroquina “não tem uma metodologia aceitável” e que “o governo brasileiro não vai usar o trabalho científico como referência”.
E mais, para a secretária do Ministério da Saúde o estudo publicado na Revista Lancet não passa de um amontoado de informações coletadas em vários países. Foi com base nesse estudo que a Organização Mundial da Saúde tomou a decisão contra a cloroquina.
Pode até ser — eu não duvido disso — mas a posição do governo brasileiro em favor da hidroxicloroquina é questão de dogma. E ai de quem dele duvidar.
Pense nisso!
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