O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está de namoro novo e o nome da vez é Alex Canziani (PTB-PR).
Quando eu falo de namoro novo é para usar uma expressão do próprio presidente. Ontem, quando telefonou para Canziani, Bolsonaro falou assim: “Oh, quero deixar claro que estamos iniciando um namoro. Se vai dar em casamento ou não é outra história. Por enquanto, nada de juras de amor eterno”.
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Ai você que me acompanha na Rádio Jornal e aqui no JC on-line, pode coçar a cabeça e perguntar: e é dessa forma que se escolhe um ministro da Educação?
Não deveria, mas Jair Bolsonaro tem um jeito peculiar de escolher seus assessores. Em todas as ocasiões ele trata as relações profissionais de trabalho como se fossem um namoro. “Primeiro a gente pega na mão, ‘tá ok’”, argumenta o presidente.
Até esta madrugada, nem o namoro evoluiu nem de ninguém da ala ideológica ou do clube de pastores que dão as cartas no governo, se escutou um grito de “pare o casamento” como vazia a cantora Wanderléa, na época da Jovem Guarda: “Por favor, pare agora. Senhor Juiz, pare agora! Senhor Juiz esse casamento. (“Pare o Casamento composição: Arthur Resnick e Kenny Young. Versão: Luiz Keller)
Contando ninguém acredita, mas no Brasil de Jair Bolsonaro nome de ministro da Educação tem de ser submetido primeiro a um grupo ideológico. Caso seja aprovado, a próxima etapa é ser sacramento pelos pastores e somente depois é que o presidente faz uma mínima sabatina para saber se o candidato tem aptidão com o emprego. Alex Canziani tem. Já presidiu a Frente Parlamentar em Defesa da Educação, na Câmara dos Deputados e é afilhado do “Centrão”. Um conglomerado de partidos políticos que aos poucos está estendendo os tentáculos na Esplanada dos Ministérios.
Jair Bolsonaro já está pegando na mão de Alex Canziani
Pense nisso!
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