Opinião

Quem sabe a partir de 7 e 12 de setembro, as manhãs do Brasil sejam cheias de harmonia

Em Brasília, todo e qualquer compromisso político está sendo deixado para após o 7 de Setembro, quando milhares de brasileiros deverão seguir o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em sua saga pela destituição do Supremo Tribunal Federal (STF)

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Romoaldo de Souza

Publicado em 31/08/2021 às 6:59
Análise
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Nos idos de 1973, a cantora Vanusa (1947 - 2020) explodiu nas paradas de sucesso cantando Manhãs de Setembro, em parceria com o maestro Mário Campanha. “Eu quero sair. Eu quero falar. Eu quero ensinar o vizinho a cantar. Nas Manhãs de setembro.”

Em Brasília, quase meio século depois, todo e qualquer compromisso político está sendo deixado para após o 7 de Setembro, quando milhares de brasileiros deverão seguir o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em sua saga pela destituição do Supremo Tribunal Federal (STF).

No Congresso Nacional, votação importante somente após o 7 de Setembro, quando o Dia da Independência estará sendo negligenciado por causa de um projeto do presidente da República que tem dito que não sossega enquanto não ver criado o voto auditável.

Há quem diga que depois de 7 de Setembro, Bolsonaro será outro. “O presidente não vai mais tocar nesses assuntos espinhosos, após as manifestações”, garante um ministro da “cozinha” do Palácio da Alvorada. Que assim seja. Que logo depois das pacíficas - assim esperamos - manifestações dos apoiadores do presidente, o país volte à normalidade.

Acontece que no fim de semana seguinte, milhares de manifestantes contrários ao presidente prometem gritar um "Fora Bolsonaro!" pelas ruas do país. Quem sabe, a partir dessas duas datas, 7 e 12 de setembro, as manhãs do Brasil sejam cheias de harmonia.

Pense nisso!

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