Romoaldo de Souza

Entenda por que agentes de saúde são fonte de discórdia entre prefeitos e o Congresso

Na quarta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou uma medida que vai alterar a Constituição Federal e criar o piso salarial dos agentes comunitários de saúde, bem como dos agentes de combate às endemias.

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Romoaldo de Souza

Publicado em 24/03/2022 às 8:59
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Sabe aquele agente de saúde que vai de casa em casa, revirando vasinho de planta, recomendando jogar fora aquele amontado de garrafas que só servem para hospedar o Aedes aegypt, também chamado de mosquito da dengue?

Você certamente vai se lembrar ter recibo ao menos uma vez a visita de um agente comunitário de saúde, principalmente no combate às endemias e agora, mais recentemente, no enfrentamento da pandemia da covid-19.

Esses importantíssimos profissionais de saúde são agora a fonte de discórdia de prefeitos e o Congresso Nacional.

Ontem, a Câmara dos Deputados aprovou uma medida que vai alterar a Constituição Federal e criar o piso salarial dos agentes comunitários de saúde, bem como dos agentes de combate às endemias. Todas as bancadas - exceto do partido Novo - orientaram a favor da medida, mas a questão que precisa ser respondida é por que essa proposta coloca deputados e senadores em confronto com os prefeitos?

A entidade que representa os gestores municipais [Confederação Nacional de Municípios - CNM] argumenta que o Congresso “é ágil em criar despesas, mas se esquece que as prefeituras não têm uma máquina de fazer dinheiro. De onde tirar, então?”, questiona a CNM.

Acontece que por mais importantes que sejam os agentes comunitários de saúde - e são -, deputados federais e senadores precisam colocar em campo a campanha eleitoral que se avizinha, e o País conta hoje com mais 300 mil desses profissionais. É um bom e qualificado quadro eleitoral.

Pense nisso!

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