Entenda por que agentes de saúde são fonte de discórdia entre prefeitos e o Congresso
Na quarta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou uma medida que vai alterar a Constituição Federal e criar o piso salarial dos agentes comunitários de saúde, bem como dos agentes de combate às endemias.
Sabe aquele agente de saúde que vai de casa em casa, revirando vasinho de planta, recomendando jogar fora aquele amontado de garrafas que só servem para hospedar o Aedes aegypt, também chamado de mosquito da dengue?
Você certamente vai se lembrar ter recibo ao menos uma vez a visita de um agente comunitário de saúde, principalmente no combate às endemias e agora, mais recentemente, no enfrentamento da pandemia da covid-19.
Esses importantíssimos profissionais de saúde são agora a fonte de discórdia de prefeitos e o Congresso Nacional.
Ontem, a Câmara dos Deputados aprovou uma medida que vai alterar a Constituição Federal e criar o piso salarial dos agentes comunitários de saúde, bem como dos agentes de combate às endemias. Todas as bancadas - exceto do partido Novo - orientaram a favor da medida, mas a questão que precisa ser respondida é por que essa proposta coloca deputados e senadores em confronto com os prefeitos?
A entidade que representa os gestores municipais [Confederação Nacional de Municípios - CNM] argumenta que o Congresso “é ágil em criar despesas, mas se esquece que as prefeituras não têm uma máquina de fazer dinheiro. De onde tirar, então?”, questiona a CNM.
Acontece que por mais importantes que sejam os agentes comunitários de saúde - e são -, deputados federais e senadores precisam colocar em campo a campanha eleitoral que se avizinha, e o País conta hoje com mais 300 mil desses profissionais. É um bom e qualificado quadro eleitoral.
Pense nisso!