Romoaldo de Souza
Bolsonaro não se empenhou conforme devia para aprovar medidas para estabilizar preços dos combustíveis
Petrobras não pode tomar algumas decisões que estão na alçada do Congresso Nacional, como, por exemplo, a criação de um fundo de estabilização [já aprovado pelo Senado Federal] para ser usado toda vez que o combustível subisse
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O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, está deixando o comando da principal estatal do País não por incompetência, mas porque não aceitou transformar a empresa em cabo eleitoral do governo, como ocorreu em um passado recente, por exemplo, na gestão da petista Dilma Rousseff.
Agora, o presidente Jair Bolsonaro (PL), temendo que os constantes aumentos de preços dos combustíveis e do gás de cozinha respinguem na campanha rumo à reeleição, resolveu demitir o general, alegando que a empresa estaria se comunicando mal com a sociedade, principalmente quando o assunto é a alta dos combustíveis.
Que a Petrobras precisa rever a política que ela usa para corrigir o valor da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, isso ninguém duvida, mas ocorre que a empresa não pode tomar algumas decisões que estão na alçada do Congresso Nacional, como, por exemplo, a criação de um fundo de estabilização [já aprovado pelo Senado Federal] para ser usado toda vez que o combustível subisse.
Mas ocorre que na Câmara dos Deputados, a maioria parlamentar do governo é frágil e Bolsonaro não se empenhou conforme devia para aprovar as medidas. O presidente prefere fazer discursos para sua base de apoio, no cercadinho na porta do Palácio da Alvorada, quando prega que os governos estaduais zerem o ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços].
Ou seja, o simples fato de trocar o comando da Petrobras é apenas o que na linguagem popular costumamos chamar de “encheção de linguiça”. Ou um ditado bem usado pelo presidente: é conversa pra boi dormir.
Pense nisso!