Guedes pediu para que os empresários do setor de supermercados congelem os preços dos produtos até 2023
O ministro da Economia deve andar saudoso dos anos de 1986. Foi nessa época que inventaram uma figura semi-pública, os fiscais do Sarney
O ministro da Economia, Paulo Guedes, deve andar saudoso dos anos de 1986. Um ano após assumir o Palácio do Planalto, o então presidente José Sarney lançava o Plano Cruzado, com o objetivo de por um fim na inflação galopante.
- Com Bolsonaro, Mourão e Arthur Lira viajando com dinheiro do contribuinte, Pacheco deve assumir Presidência
- Nos Estados Unidos, Bolsonaro deve assinar manifesto em favor da democracia apenas para não fazer feio
- Simone Tebet e Tasso Jereissati devem arregaçar as mangas e partir para o corpo a corpo com o eleitorado
Foi nessa época que inventaram uma figura semi-pública, os fiscais do Sarney. Eles tinham o poder de tentar convencer os donos de supermercados a baixarem o preço dos produtos da cesta básica. Em uma cena marcante, o pequeno empresário Omar Marczinsky [Curitiba-PR] mostra uma série de produtos, como o café e a maionese, que tinham subido de preço duas vezes, no mesmo dia, e resolve, em nome do presidente da República, fechar o supermercado.
Não se assuste, você que todo dia me acompanha aqui no JC, se em breve um grupo de lunáticos sair fechando os estabelecimentos comerciais em nome do presidente ou do ministro da Fazenda.
Enquanto participava do Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, Paulo Guedes pediu que os empresários do setor de supermercados congelem os preços dos produtos até 2023. “Nova tabela de preços, só em 2023. Trava os preços. Vamos parar de aumentar os preços aí, dois, três meses. Nós estamos em uma hora decisiva para o Brasil”, pregou o ministro, que acompanha o discurso do presidente. Bolsonaro tinha sugerido aos empresário "menor lucro possível", na venda dos produtos da cesta básica.
Um governo no desespero é capaz de tudo, mesmo sabendo que a consequência será ainda pior do que o atual cenário.
Pense nisso!