Nada como a proximidade de uma eleição para mudar a ideia de Bolsonaro sobre programas sociais
Os programas sociais, ao contrário do que Jair Bolsonaro pensava lá atrás, não são um celeiro de "formação de vagabundos". É uma oportunidade que deve ser bem gerenciada para que sirva de sustento para quem não tem de onde tirar a comida da família
O presidente da República não vai mais poder responsabilizar o Congresso Nacional de não deixá-lo governar como vem fazendo ultimamente.
Jair Bolsonaro (PL) comemorou a aprovação de uma proposta que altera a Constituição Federal e cria benefícios em ano eleitoral, aumenta o valor de programas sociais e ainda lhe dar o poder de usar a condição de estado de emergência para tomar medidas que passem por cima de regras importantes como a legislação eleitoral e o limite dos gastos públicos. Como se diz na linguagem popular: o presidente “fez barba, cabelo e bigode”.
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Estimado em R$ 40 bilhões, o “pacote de bondades” vai azeitar a máquina da economia, assim como deve vitaminar a campanha eleitoral, mas como reconheceu Bolsonaro, “tudo isso só foi possível pela compreensão dos congressistas, de que o país poderia entrar numa crise [econômica e financeira] sem precedentes”, como disse o presidente.
E pensar que, no passado, o presidente Jair Bolsonaro tinha uma opinião divergente daquilo que pensa hoje sobre programas sociais como o Auxílio Brasil e o vale-gás.
"O Bolsa Família é uma mentira, você não consegue uma pessoa no Nordeste para trabalhar na sua casa. Porque se for trabalhar, perde o Bolsa Família", afirmou em entrevista em 2012.
Nada como as proximidades de uma eleição para converter o presidente Jair Bolsonaro de que os programas sociais, ao contrário do que ele pensava lá atrás, não são um celeiro de “formação de vagabundos”. É uma oportunidade que deve ser bem gerenciada para que sirva de sustento para quem não tem de onde tirar a comida da família.
Pense nisso!