Bancada federal mostra alinhamento com Raquel Lyra, mas socialistas evitam encontro com a governadora

Entre uma garfada e outra, seja no bife ou no frango grelhado, uma salada Cæsar, arrematando com pudim e um café, a governadora Raquel Lyra (PSDB) apresentou a deputados e senadores um detalhamento dos projetos do governo pernambucano, os desdobramentos das obras elencadas pelo governo federal no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e a necessidade de uma relação “mais estreita entre o Palácio Campo das Princesas e os gabinetes dos deputados e senadores”, em Brasília.

“Essa oportunidade de nossa bancada dialogar com a governadora é importante, porque de um lado ajuda a definir prioridades, de outro poderemos traçar um calendário para acompanhar a execução das obras em Pernambuco”, elogiou o deputado Carlos Veras (PT), um dos coordenadores da bancada. O outro é Augusto Coutinho (Republicanos).

… PERO, NO MUCHO!
Mas no PSB, somente Guilherme Uchoa Junior atendeu ao convite da governadora. Pedro Campos alegou que tinha outro compromisso e Lucas Ramos disse à coluna que os recursos que Raquel tem em caixa, foram garantidos pela gestão do socialista. “Paulo Câmara foi o grande responsável por sanar as contas do Governo do Estado, garantiu condições para viabilizar o empréstimo (CAPAG B), e a governadora Raquel Lyra ainda insiste em um discurso cansativo e repetitivo sobre a herança recebida da gestão anterior, apesar dos quase 8 meses de seu governo”.

ASSESSOR FAZ O QUÊ? ASSESSORA
O rumo dado pela Polícia Federal nas investigações sobre joias presenteadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro o tenente-coronel Mauro Cid troca de advogado. Agora, o criminalista Cezar Bitencourt afasta qualquer possibilidade de delação premiada pelo militar, “não há a menor possibilidade”, e deixa claro que o ex-ajudante de ordens não fazia mais do que cumprir ordens, “como bem diz o nome”.

“Assessor, assessora. Não é isso? Ele é um militar, mas ele é um assessor. Assessor cumpre ordens do chefe. Assessor militar com muito mais razão. O civil pode até se desviar, mas o militar tem por formação essa obediência hierárquica. Então, alguém mandou, alguém determinou. Ele é só o assessor. Assessor faz o quê? Assessora, cumpre ordens”, ressaltou o jurista.

MAIS QUE COINCIDÊNCIA
O sisudo João Pedro Stédile, líder máximo do Movimento do Sem Terra, e o histriônico (no sentido de impulsivo) deputado Ricardo Salles (PL-SP) estão em polos diametralmente opostos na CPI do MST, mas quando o sapato aperta, ambos recorrem ao mesmo advogado. O criminalista Roberto Podoval, que acompanhou o depoimento de Stédile, na CPI, disse que não vê conflito de interresse.

QUASE R$ 1MI DE MULTA
O ex-presidente Bolsonaro informou ter depositado, em juízo, R$ 913,3 mil para pagar multas por ter deixado de usar máscara durante a pandemia da covid-19 no Estado de São Paulo. Então presidente da República, Bolsonaro foi multado ao menos 7 vezes por não usar equipamento de proteção em meio à crise do coronavírus.

CORAÇÃO EM FOCO
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) realiza debate sobre desafios e ações para reduzir a morte cardiovascular no Brasil. A iniciativa quer “trazer luz aos desafios e ações na promoção da saúde cardiovascular.”

Serão discutidos também, temas como o papel que tem o Poder Legislativo “na formulação de políticas públicas de prevenção e cuidado”, os cuidados com a doença “desde a infância até a atenção terciária”. A SBC tem importante meta que é responder a perguntas como se possível reduzir a mortalidade no país?