O ARMISTÍCIO DE LIRA
É de Pernambuco um dos poucos políticos que chega para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e diz o que a maioria dos deputados tem receio de falar.
Atuando como uma espécie de “ombudsman”, o político chegou-se ao ouvidos de Lira, em tom de advertência:
- Meu presidente, não repercutiu bem suas estocadas no ministro [Alexandre] Padilha. Já quero dizer ao senhor que estamos ‘mexendo os pauzinhos’ para reconstruir essa ponte.
Lira parou o que estava fazendo, olhou no horizonte da Esplanada e viu naquele puxão de orelhas mais de 20 mil cargos comissionados; sorriu e pediu uma xícara de café ao garçom do gabinete.
QUAL É O LULA VERDADEIRO?
Relembrar, não ofende: Lula da Silva (PT) em campanha, quando perguntado sobre decisões do então presidente, Jair Bolsonaro (PL), que tinha colocado sigilos a agendas no Planalto de visitas dos filhos.
- Qualquer trambique que aconteça no governo [Bolsonaro] é sigilo de 100 anos. Por isso é que digo que vai ter um revogaço no meu primeiro dia de governo. Vou revogar todos os decretos de sigilo de 100 anos.
Não foi de um século, mas o governo Lula colocou em sigilo, pelos próximos cinco anos, a lista de pessoas que ocuparam 57 quartos de luxo no hotel JW Marriott, em Londres, quando da coroação do rei Charles 3º, em maio de 2023.
SÓ LOVE
Uma amiga próxima, ex-secretária parlamentar na Câmara, telefonou para a ex-primeira dama e foi direto ao assunto:
- Mulher, vi aqui que você e o seu Jair estão em quartos separados no Rio [de Janeiro]?
Michelle Bolsonaro se apressou em contar a amiga que se tratava apenas de uma “estratégia de segurança”.
NUDEZ COM DINHEIRO PÚBLICO
É o que acusa o vereador Nelson Hossri (PSD) que denunciou a colega Paolla Miguel (PT) de ter destinado recursos do orçamento do município de Campinas (SP) à “Festa Bicuda”. Nas redes sociais, participantes do encontro cultural aparecem simulando sexo no palco do evento.
“Uma armadilha foi colocada contra nosso mandato para que a extrema-direita tivesse a fagulha necessária para atacarem nossa reputação, que até aqui tem sido de trabalho pelo povo”, disse a petista que recebeu manifestos de solidariedade da direção do Partido dos Trabalhadores e de integrantes de grupos LGBT.
DORY CAYMMI DE DISCO NOVO — “Prosa & papo”, da gravadora Biscoito Fino. Pronto, pensei! Certamente, tem tudo para ser um grande trabalho. Quando comecei a escutar os primeiros versos de Paulo Cesar Pinheiro “Uma coisa é prosa, outra coisa é papo (…) Jenipapo é fruto geringonça é trapo” eu parei nas primeiras metáforas, e fui fazer um café. Era para celebrada aquele momento com um café excepcional.
Peguei o moedor, regulei nos 18 cliques - moagem fina, própria para café coado, escolhi o “Paranoá”, os grãos do Café & Conversa, do Cerrado de Minas Gerais. Sabor de baunilha e jaboticaba; acidez cítrica e suave. Não há quem não goste.
A xícara fumegando e Dori Caymmi solta a voz em “Canto para Mercedes Sosa”. “Era voz de sangue quente. Era voz que só queria. Libertar o continente. Ser a voz de quem sofria.” Parecia que eu estava sobrevoando de asa delta a Cordilheira dos Andes. A brisa das alturas, o cheiro intenso do café, a marcação do bumbo.
Após 34 minutos, o álbum chega ao fim. Assim como o Paranoá, que é marcado por uma finalização longa e doce, a voz de Dori Caymmi ainda ecoa entre as notas do café: “Vá ver se estou na esquina, se eu estiver, não me chame. Não toque alto a buzina, que é para não dar vexame”.
PENSE NISSO!
Vendo imagens do ex-presidente Jair Bolsonaro com a camisa do Santa Cruz, eu fiquei imaginando se o desgaste - se é que ele existe - vale a pena.
O clube ganha ou perde quando uma autoridade política aparece com a camisa do time? Se bem que dos ex-presidente, somente Bolsonaro é mais dado a roupas esportivas. Não imagino a ex-presidente Dilma Rousseff vestindo a camisa do Náutico ou ostentando o “manto” rubro-negro.
Em todo caso, eu seria mais comedido com os presentes.
Pense nisso!