Romoaldo de Souza

No Planalto, auxiliares do presidente Lula perguntam antes à secretária "como está o humor do chefe?"

OAB diz que Alexandre de Moraes não pode julgar e ser vítima ao mesmo tempo

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Romoaldo de Souza

Publicado em 01/06/2024 às 19:43
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BRASIL ESCOLHE O LADO DO HAMAS
Zero surpresa de quem, seriamente, acompanha a política internacional do governo do presidente Lula da Silva (PT) e suas posições quando o tema é o conflito de Israel contra o grupo terrorista Hamas: o lado do Brasil é o mais nefasto de todos.

Na assembleia da Organização Mundial da Saúde (OMS), a delegação brasileira votou contra um pedido de libertação de reféns mantidos pelos terroristas do Hamas. O Brasil se juntou à Rússia, Cuba, Nicarágua e Coreia do Norte, entre outros.

OAB QUESTIONA MORAES
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Beto Simonetti, encostou o Supremo Tribunal Federal (STF) no canto da parede: “Lei brasileira não permite que vítima julga o próprio caso”.

Na sexta-feira (31), o ministro Alexandre de Moraes ordenou as prisões de suspeitos de terem feito ameaças e seus familiares e ao próprio magistrado. Segundo Simonetti outro erro do STF é julgar pessoas que não detém foro privilegiado.

SAUDADES DE BOLSONARO
O PL vai recorrer ao STF para que o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, possa se encontrar com o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL). Os dois estão impedidos de se comunicarem, por decisão do ministro Alexandre de Moraes. As conversas são sempre intermediadas pelos filhos de Bolsonaro ou pelo vice-presidente do partido, deputado federal Capitão Augusto (SP).

NA LATA
Um ministro que tinha audiência com o presidente Lula, nessa conturbada semana passada, chegou para a secretária e perguntou baixinho: “como está o humor”? Há um receio no Planalto de que a qualquer momento o chefe saia distribuindo esporros por todo o 3º andar do prédio. Tá feia a coisa!

CONTRA ESCOLAS CÍVICO-MILITARES
O Psol, um dos recordistas de ações junto ao STF, agora quer impedir o governador de São Paulo, Tarcio Freitas (Republicanos), de implantar as escolas com gestão compartilhada com a Polícia Militar.

A alegação jurídica do Psol é de que o ato do governador paulista “agride a Constituição Federal” e a “Lei de Diretrizes e Bases da Educação”.

Ja a motivação política é de que essas escolas “já demonstraram ser um espaço de pouca criatividade e liberdade.”

O LIVRO DO MÊS
Faltando oito dias para a data que marca os 93 anos do baiano de Juazeiro, João Gilberto, recomendo para este fim de semana - e certamente para deixar você afiado para as comemorações - “Amoroso, uma biografia de João Gilberto”, Zuza Homem de Mello, Companhia das Letras.

Finalizado por Ercília Lobo, mulher de Zuza que morreu quatro dias antes de terminar a obra, Amoroso é um guia que ajuda a destrinchar equívocos atribuídos a João Gilberto, como sendo um homem temperamental. “João era um perfeccionista. Um artista completo”. Recomendo!

PENSE NISSO!
A primeira vez que ouvi a palavra bússola, ela foi pronunciada por um importante teólogo, bispo em Afogados da Ingazeira (PE), bem no Sertão do Pajeú.

Crítico de políticos preguiçosos, dom Francisco Austragésilo de Mesquita, disse, certa vez, que “boa parte da nossa casta de político é tão desorientada que em vez de relógio deveria usar uma bússola no braço”.

Hoje, com tanto satélite ao redor da terra, com tanto aplicativo com verdadeiros GPSs, e temos um governo que não se orienta. Ora é governo ora faz oposição a si próprio.

O episódio da taxação de compras até US$ 50 mostrou que o presidente Lula poderia seguir o exemplo do bispo sertanejo e trocar aquele caríssimo relógio por uma bússola. Quem sabe seu governo toma rumo.

Pesse nisso!

 

 

 

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