Os bastidores da política nacional, com Romoaldo de Souza

Política em Brasília

Por Romoaldo de Souza
Romoaldo de Souza

Entrada de Cármen Lúcia no TSE vai dar mais leveza ao tribunal

Presidente eleita do México é fã de João Gilberto e de Marina Silva

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Romoaldo de Souza

Publicado em 03/06/2024 às 19:45
O TSE negou um recurso de anulação de condenação apresentado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho
O TSE negou um recurso de anulação de condenação apresentado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho -

MENOS METAL, MAIS SAMBA NO PÉ
A posse da ministra Cármen Lúcia, no comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), substituindo Alexandre de Moraes, é feito um desses eventos em que você tem vários palcos para escolher a sua atração. Alexandre de Moraes é tão agitado idêntico à banda de rock Sepultura. Cármen é como se fosse Alcione e seu samba mais tranquilo; igual um churrasco de fim de semana da família. Leveza!

DE MARINA A JOÃO GILBERTO
A presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, tem duas quedas pelo Brasil. Ela considera a ministra do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis, Mariana Silva, “uma fonte a se mirar”, quando o assunto é preservação ambiental. Já o cantor baiano toca constantemente na playlist da doutora Sheinbaum. Ela tem todos os discos de João Gilberto (1931-2019)

CONTRA A ARROZBRAS
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) ingressou nesta segunda-feira (3) com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir o leilão da compra de arroz, marcado para quinta-feira (6). A CNA entende que a ação do governo Lula está “criando instabilidade de preços” e, consequentemente, “prejudicando produtores locais”. O Planalto teme desabastecimento em função das enchentes no Rio Grande do Sul.

100 ANOS SEM KAFKA
No centenário da morte do escritor tcheco [3 de junho], Franz Kafka [1883-1924], autor de A Metamorfose bem faria se inspirasse o presidente Lula da Silva (PT) para conseguir metamorfosear o seu governo a ponto de cortar gastos, enxugar a máquina pública e apresentar um plano de ação para tirar o país do buraco econômico e social.

MAIS PIOVANI, MENOS NEYMAR
O ministro que cuida da articulação política do governo, Alexandre Padilha, disse que o presidente Lula “é contrário a qualquer programa” que trate de “privatização das praias”. Segundo o ministro, graças à “treta” da atriz Luana Piovani com Neymar Jr. o tema “ganhou visibilidade”. “O presidente é contrário a proposta porque ela cerceia o povo brasileiro”, disse Padilha.

JÁ É GONOCÍDIO?
Rogério Marinho ex-ministro do Desenvolvimento Regional na gestão de Jair Bolsonaro (PL) hoje é líder da oposição e pergunta se já pode chamar o governo Lula de genocida? Com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que mostram o Brasil sendo responsável por quase 90% dos casos de dengue no mundo, o senador Marinho (PL-RN) ironizou nas redes sociais: “já pode chamar o atual governo do PT de genocida? Ou apenas de incompetente?”, questionou.

PENSE NISSO!
Quando este Jornal do Commercio publicou, recentemente, perspectivas políticas para os próximos anos, eu escrevi que a tendência é de termos um Parlamento aquém do nível intelectual dos eleitores que mandam a Brasília, 513 deputados federais, de quatro em quatro anos e 81 senadores, de oito em oito.

Para corroborar [detesto essa palavra] com os argumentos do passado recente, escuto o discurso do deputado Coronel Ulysses (União Brasil-AC) anunciando que apresentou juntamente com seu colega o deputado Nicoletti (União-RR) projeto de lei que obriga deputados, senadores, ministros do Supremo Tribunal Federal, juízes e ministros de Estado a usarem câmeras corporais.

“Jesus amado!”, como diria minha vó, dona Joana Francisca da Conceição. “Esse povo não tem o que fazer, não?”, sempre questionava.

“Se buscamos a transparência em relação às ações de servidores públicos, por que os agentes políticos não dão o exemplo?, questiona o Coronel Ulysses.

Eu conto ou você conta? As câmeras nos uniformes de policiais, combatidas por alguns parlamentares ligados à Segurança Pública, visam a inibir a violência tanto do agente público como de quem é abordado.

Mais que isso, é “muita falta do que fazer.”

Pense nisso!



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