O tão esperado telefonema de Lula para Maduro ainda não aconteceu

Em Brasília, deputado se organizam para semana de esforço concentrado. A única de trabalho neste mês. Depois eles saem para campanhas eleitorais

Publicado em 12/08/2024 às 21:32

CAIU A FICHA
O ditador Nicolás Madura, da Venezuela, tem demonstrado disponibilidade zero para atender à chamada telefônica do seu “dileto amigo”, Lula da Silva (PT). O presidente brasileiro, juntamente com Gustavo Petro, da Colômbia e López Obrador do México, ficou de encontrar uma brecha na agenda para o tão esperado telefonema. A conversa deve girar em torno da situação no país vizinho, as atas com boletins de urnas nas eleições presidenciais de 28 de julho e as denúncias de fraudes eleitorais. Maduro não está nem aí.

- No mundo há muita manipulação e muita mentira. E tudo que circula nos meios de comunicação dominantes e hegemônicos no Brasil, na Colômbia e no México é manipulação, manipulação e manipulação. Mas só vou dizer isso: não é a 1ª vez que derrotamos a mentira, venha de onde venha e tenha o poder que tenha. Nós temos o poder para vencer a mentira”, declarou Maduro em vídeo divulgado nesta segunda-feira (12)

IN LOCO
Nesta quarta-feira (14), o chanceler, Mauro Vieira, viaja a Bogotá para uma reunião com o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo. A crise na Venezuela e “a construção de cenários,” caso sejam confirmadas as denúncias de fraude nas atas do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), serão os assuntos da pauta. O asilo político a Maduro não está descartado.

AGORA VAI
A Câmara dos Deputados vai aproveitar esses parcos três dias de trabalho dos 513 parlamentares, durante este mês, para votar um dos projetos que trata da regulamentação da reforma tributária. A urgência já está aprovada. Na pauta entra em análise a criação do Comitê Gestor que terá sete instâncias na sua organização. Uma delas é o conselho superior formado por 27 representantes de cada um dos Estados e o Distrito Federal e 27 membros indicados pelos municípios.

HONRA AO MÉRITO
Já está em Brasília o embaixador Breno Dias da Costa expulso da Nicarágua. O diplomata foi “punido” pela ditador Daniel Ortega após se ausentar dos festejos comemorando os 45 anos da Revolução Sandinista. Após ter se encontrado com o ministro Mauro Vieira, o embaixador recebeu cumprimentos da diplomacia e o Itamaraty resumiu a reunião como “audiência” para tratar das “relações bilitareis e dos últimos acontecimentos”. Em represália, o governo brasileiro expulsou de Brasília a embaixadora da Nicarágua, Fulvia Patrícia Matus.

DESAGRAVO
Depois de ter sido chamado pelo presidente Lula de um “político que pensa pequeno”, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), vai receber homenagem de integrantes da bancada catarinense no Congresso Nacional. O senador Jorge Seif (PL) disse que “ser chingando por Lula é a honra que todo gestor gostaria de receber”.

PENSE NISSO!
De quatro em quatro anos, o país realiza eleições para senador da República. Dependendo da eleição, como agora em 2022, é apenas de uma vaga. Daqui a dois anos serão duas cadeiras e, assim, alternadamente, o Senado Federal é composto por 81 senadores. Três por estado e o Distrito Federal.

Acorre que na hora em que o eleitor vota em um senador ele vai estar votando no pacote completo: e senador e seus dois suplentes. E, dependendo das condições políticas, o suplente quase sempre é um parente do titular ou o financiador de sua campanha.

Agora, com a proximidade das campanhas municipais, vários senadores pediram licença e seus suplentes não esperaram nem que o titular limpasse as gavetas. Resultado, dos 81 senadores, um terço dessa bancada é de suplementes que estão ocupando o cargo.

A política brasileira tem disso. Você vota em um nome para senador, mas quando se apercebe tem outro sentado na cadeira.

Pense nisso!

 

 

 

 

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