Romoaldo de Souza | Notícia

Presidente do STF diz que Judiciário não é responsável pela crise fiscal

Presidente da Câmara diz que "não procede" informações de líderes partidários de que só haverá votações quando emendas forem liberadas

Por Romoaldo de Souza Publicado em 10/12/2024 às 20:26 | Atualizado em 11/12/2024 às 9:13

NÃO É COMIGO
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que o Poder Judiciário “não é responsável pela crise fiscal no Brasil”; reclamou da sobrecarga de trabalho, mostrando que no Brasil há juízes que despacham mais de 4 mil processos por ano; mas, que, “como tal, é importante arrecadador”. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), enquanto o Judiciário arrecada R$ 68,7 bilhões, o Poder custa ao contribuinte R$ 132,8 bilhões anuais.

MADE IN BRAZIL
Com o carimbo de “segredo de Justiça”, o CNJ aposentou compulsoriamente a desembargadora Sandra Inês Rusciolelli Azevedo, do Tribunal de Justiça da Bahia. “Ficou confirmada a existência de um esquema de ‘rachadinha’, em que ela cobrava parte da remuneração dos servidores nomeados” em seu gabinete. Segundo o processo, a desembargadora “cobrava” até 75% de “rachadinha”. Agora está aposentada, com vencimentos proporcionais por tempo de serviço.

‘BEM QUE AVISEI’
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reafirmou aquilo que até as dezenas de carpas do espelho d’água do Palácio da Alvorada já sabem: “o governo não tem votos para aprovar o pacote fiscal” e segundo ele, temas como mudanças no BPC (Benefício de Prestação Continuada) e correção menor no salário mínimo “são alguns dos empecílhos que as medidas estão enfrentando” entre os deputados.

NADA A VER
Lira rechaçou “veementemente” que a demora na votação do pacote tenha a ver com a demora na liberação de emendas parlamentares. “Isso é totalmente fantasioso”, afirmou.

QUEM QUER DINHEIRO?
Os “aviõezinhos” do programa de Silvio Santos (1930-2024), que se materializavam em novas de R$ 20, R$ 50, aos gritos de “quem quer dinheiro”!, ontem sobrevoaram uma famosa avenida em Campo Formoso (BA). Alvo da operação Overclean da Policia Federal, o vereador Francisco Nascimento (União Brasil) “tentou se livrar de dinheiro em espécie” e jogou uma sacola com notas de R$ 100 pela janela. Foi preso, do mesmo jeito.

CRÍTICAS À LEI ROUANET
Enquanto diz esperar a operação pente-fino que o governo Lula vem prometendo realizar nos critérios de quem recebe o BPC (Benefício de Prestação Continuada), o presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, Joaquim Passarinho (PL-PA), cobrou do Congresso Nacional “imediata revisão da Lei Rouanet que, em vez de beneficiar pequenos produtores culturais” acaba sendo “carreada para projetos de grandes artistas”.

REZANDO NO CATECISMO
O pacote de medidas de ajuste fiscal mostrou que o governo do presidente Lula da Silva (PT) nem de longe tem intensão de cortar gastos para equilibrar as contas públicas. Se o Executivo não faz o dever de casa, novos indicados do Palácio do Planalto para três diretorias do Banco Central - Nilton David, Política Monetária; Izabela Correa, Gilneu Vivan, Regulação; e, Izabela Correa, Relacionamento Institucional - não esconderam o jogo: “ou o governo corta gastas” ou a “elevação de juros torna-se imprescindível”. Vem encrenca pela frente.

PENSE NISSO!
Entre tantas as propostas apresentadas na Assembleia Nacional Constituinte, houve uma delas que regulamentava a transferência de cargo no Poder Executivo quando o titular tirasse período de férias, por licença médica ou viagem ao exterior.

Acabou ficando no texto constitucional que em viagens ao exterior, o substituto imediato, seja do presidente da República, do governador de Estado ou do prefeito, assume automaticamente.

No caso de um procedimento cirúrgico que requeira a anestesia geral, o ideal era que o titular - sabendo que vai ficar “apagado” por horas - deveria transferir o cargo. Não foi o que fez Lula da Silva. O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), cumprirá algumas agendas do presidente, mas não como se estivesse em exercício.

Mesmo grogue, o chefe do Executivo continua com “plenos poderes” o que, convenhamos, é uma anomalia.

Pense nisso!

 

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