Ministro Alexandre de Moraes prorroga inquérito das fake news

Defesa de militares que se envolveram na empreitada para dar um golpe de Estado pedem no STF que inquérito seja transferido para Justiça Militar

Publicado em 16/12/2024 às 20:50
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ESTICANDO A CORDA DAS FAKE NEWS
O processo que investiga notícias falsa, aberto em 2019 no Supremo Tribunal Federal (STF), ganhou vida nova após o ministro Alexandre de Moraes prorrogar o inquérito por mais seis meses, “com a finalidade de finalizar as investigações” de denúncias do “modus operandi do ‘Gabinete do Ódio’”, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Moraes escreveu que pretende ouvir, ainda, 20 pessoas investigadas.

AÇÚCAR NO CHIMARRÃO
Não convide para uma rodada de chimarrão um desavisado não-gaúcho que pensa que o “amargo” da bebida pode ser atenuado com uma colherada de açúcar. Ainda mais agora que a erva-mate está fora da tributação imposta pela reforma. Para comemorar essa isenção, o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) pegou uma cuia de chimarrão e comemorou: “para alegria da gauchada, a erva-mate está livre de impostos. Uma conquista que também valoriza a nossa cultura e tradição”, comemorou Heinze.

UMA ASSESSORA DESPACHADA
Atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e futuro presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) disse que confia “plenamente” na assessora Ana Paula Lima citada em relatório da Polícia Federal que investiga esquema de fraudes de licitações. Em entrevista à CNN, Alcolumbre afirmou: “Eu confio plenamente nela e reajo com indignação à tentativa de relacionarem seu nome a qualquer ilegalidade.”

LITIGÂNCIA PREDATÓRIA
Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, Francisco Loureiro relatou ter recebido uma mensagem de um escritório de advocacia “oferecendo cerca de R$ 700” com o objetivo de comprar o hipotético crédito que o jurista teria direito por atraso de um voo doméstico. “Isso é o que chamamos de empresas especializadas em litigância predatória”, disse.

JUSTIÇA CASTRENSE
Uma ação que chegou nesta segunda-feira (16) ao STF pede que o ministro Alexandre de Moraes “transfira para a Justiça Militar” as investigações de uma suposta tentativa de golpe de Estado. O advogado Jeffrey Chiquini argumenta que o processo envolve emprego de “conhecimento técnico-militar” e, como tal, deve ser analisado pelo Superior Tribunal Militar (STM).

CAIADO SEM TARCÍSIO
Inelegível pelos próximos oito anos, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), teria motivos para comemorar o anúncio feito pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de que não pretende concorrer à Presidência da República, em 2026. Tarcísio disse que seu candidato é o ex-presidente Jair Bolsonaro, outro inelegível.

A NÃO SER QUE...

Caiado aposta que derruba a decisão da juíza Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral de Goiânia (GO), mas reconhece que pelo fato da ação ter sido apresentada por Fred Rodrigues (PL), aliado de Bolsonaro, isso o distancia do ex-presidente. Contando na folinha do calendário, Ronaldo Caiado tem ao menos 400 dias pela frente para atrair o apoio do ex-presidente.

O DÓLAR DA BESTA-FERA
O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) criticou o presidente Lula da Silva (PT) pela subida do dólar em relação ao real. “Lula não vai parar até [o dólar] chegar em R$ 6,66”, disse o bolsonarista em sua conta no “X”. Ontem, chegou a R$ 6,09

PENSE NISSO
Acostumados a ver o presidente Jair Bolsonaro (PL) expondo seu “corpicho” dilacerado pelos bisturis das equipes médicas toda vez que era submetido a intervenções cirúrgicas, um líder partidário dizia ontem (16), no cafezinho da Câmara, que o presidente Lula da Silva (PT) “estava muito saudável após tudo o que passou.”

Foi aí que me recordei de uma nota de rodapé escrita a sua tradutora por Gabriel García Márquez (1927-2014), quando o colombiano menciona que um de seus personagens em Cem Anos de Solidão “parecia feliz, com a sua camisa de inválido”.

- Vi a foto e juro que a camisa parecia de inválido, mas não sei por que: era branca, de colarinho muito grande e talvez de um número maior que o seu. Como os pijamas que vestem nas pessoas nos hospitais. A tradutora manteve a referência.

O presidente [Lula] pareceu bem disposto. Andando sem os costumeiros solavancos, como se comportam pacientes em recuperação, usando um chapéu Panamá. “Eu pus um chapéu para vocês [jornalistas] não verem o curativo”. Nem precisava.

Às vezes os mistérios geram dúvidas.

Pense nisso!

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